Leia o texto abaixo, assistam o vídeo sobre Variabilidade Genética e respondam as atividades propostas.
https://youtu.be/EkshmRC1Fzk
A atividade deverá ser postada no blogger e no e-mail do professor na data especificada. Período para realização das atividades à partir de (17/06/2020 à 24/06/2020).
Variação genética em procariontes
Mecanismos que geram a variação nas populações de procariontes. Transdução, transformação, conjugação, elementos transponíveis.
Pontos Principais:
- Em transformação, uma bactéria absorve um pedaço de DNA disperso no seu ambiente.
- Em transdução, o DNA é acidentalmente transportado de uma bactéria para outra por um vírus.
- Em conjugação, o DNA é transferido entre as bactérias através de um tubo entre as células.
- Elementos de transposição são pedaços de DNA que "saltam" de um lugar para outro. Eles podem mover genes de bactérias que dão às bactérias resistência a antibióticos ou as tornam causadoras de doenças.
Introdução
Quando você ouve a palavra "clone", sobre o que você pensa? Talvez você se lembre da ovelha Dolly ou de experimentos realizados em laboratórios de biologia molecular. Mas também é verdade que as bactérias ao seu redor —em sua pele, em seu intestino ou na pia da cozinha— estão "se clonando" o tempo todo!
As bactérias se reproduzem ao se dividirem em dois via fissão binária. A fissão binária faz clones, ou cópias geneticamente idênticas, da bactéria progenitora. Uma vez que as bactérias "filhas" são geneticamente idênticas à progenitora, a fissão binária não fornece uma oportunidade para a recombinação genética ou a diversidade genética (com exceção da mutação aleatória ocasional). Isto diverge da reprodução sexual.
De qualquer modo, a variação genética é essencial para a sobrevivência de uma espécie, permitindo que grupos se adaptem às mudanças no seu ambiente por seleção natural. Isso é verdade para as bactérias, bem como plantas e animais. Portanto, não é muito surpreendente que procariontes possam compartilhar genes por três outros mecanismos: conjugação, transformação e transdução.
Transformação
Na transformação, uma bactéria absorve o DNA do seu ambiente, geralmente DNA que foi perdido por outras bactérias. Em um laboratório, o DNA pode ser introduzido por cientistas (ver biotecnologia article). Se o DNA está sob a forma de um círculo chamado de plasmídeo, ele pode ser copiado na célula receptora e transferido para seus descendentes.
Por que isso seria importante? Imagine que uma bactéria inofensiva pegue o DNA de um gene da toxina de uma espécie patogênica (causadora de doenças) de bactéria. Se a célula receptora incorpora o novo DNA em seu próprio cromossomo (o que pode acontecer por um processo chamado recombinação homóloga), ela também pode se tornar patogênica.
Transdução
Na transdução, os vírus que infectam as bactérias transferem pequenos pedaços de DNA cromossômico de uma bactéria para outra "por acidente."
Sim, até mesmo bactérias podem pegar um vírus! Os vírus que infectam bactérias são chamados bacteriófagos. Os bacteriófagos, como outros vírus, são os piratas do mundo biológico — eles controlam os recursos da célula e os usam para fazer mais bacteriófagos.
No entanto, este processo pode ser um pouco descuidado. Às vezes, pedaços de DNA de células do hospedeiro ficam presos dentro dos novos bacteriófagos à medida que eles são feitos. Quando um destes bacteriófagos "defeituosos" infecta uma célula, ele transfere o DNA. Alguns bacteriófagos cortam o DNA de sua célula hospedeira em pedaços, fazendo com que este processo de transferência seja mais provávelstart superscript, 1, end superscript.
Archaea, o outro grupo de procariontes além das bactérias, não são infectados por bacteriófagos. No entanto, eles têm seus próprios vírus que transferem material genético de um indivíduo para outro.
Conjugação
Na conjugação, o DNA é transferido de uma bactéria para outra. Depois que a célula doadora se aproxima da bactéria receptora usando uma estrutura chamada de pilus, o DNA é transferido entre as células. Na maioria dos casos, este DNA está sob a forma de um plasmídeo.
As células doadoras normalmente agem como doadores porque elas têm uma região do DNA chamada de fator de fertilidade (ou fator F). Esta região de DNA codifica as proteínas que compõem o pilus sexual. Ela também contém uma região especial onde começa a transferência de DNA durante a conjugaçãosquared.
Se o fator F é transferido durante a conjugação, a célula receptora se transforma em uma doadora Fstart superscript, plus, end superscript que pode fazer o seu próprio pilus e transferir o DNA para outras células. Uma analogia seria: este processo é similar a como um vampiro pode transformar outras pessoas em vampiros ao mordê-las.
Elementos de transposição
Elementos de transposição também são importantes na genética bacterianacubed. Estes pedaços de DNA "saltam" de um lugar para outro dentro de um genoma, cortando e se colando ou inserindo cópias de si mesmo em novas regiões. Elementos de transposição são encontrados em muitos organismos (incluindo você e eu!), não apenas em bactérias.
Em bactérias, elementos de transposição às vezes carregam genes de resistência aos antibióticos e de patogenicidade (genes que tornam as bactérias causadoras de doenças)start superscript, 4, comma, 5, comma, 6, end superscript. Se um destes elementos de transposição "salta" do cromossomo para um plasmídeo, os genes que ele carrega podem ser facilmente passados para outras bactérias por transformação ou conjugação. Isso significa que os genes podem se espalhar rapidamente pela população.
Conclusão
Em bactérias, a reprodução pode ser muito rápida, com uma geração de um pouco mais de alguns minutos para algumas espécies. Este tempo de geração curto, juntamente com mutações aleatórias e os mecanismos de recombinação genética que vimos neste artigo, permitem às bactérias (e outros procariontes) evoluir muito rapidamente.
Isso é algo bom? Depende de sua perspectiva. A evolução rápida significa que bactérias podem se adaptar às mudanças ambientais, tais como a introdução de um antibiótico, muito rapidamente. Isso é bom para eles — mas é ruim para nós, quando nós somos aqueles com a infecção!
Teste seu conhecimento
1- (Cesgranrio) “TUBERCULOSE CONTRA-ATACA COM BACTÉRIA INDESTRUTÍVEL” Depois de
ter sido quase erradicada nos países ricos e controlada no Terceiro Mundo, a
doença volta a se espalhar, sob forma mais ameaçadora – uma variedade
resistente a drogas. Folha de São Paulo – 23/05/93. Essa variedade de bactéria
resistente é fruto da:
a) ação mutagênica de certos antibióticos.
b) ação direta de certos antibióticos sobre o
DNA bacteriano.
c) contínua exposição das bactérias a
determinados antibióticos que induzem a resistência.
d) seleção natural de bactérias acostumadas ao
antibiótico.
e) seleção de linhagens de bactérias mutantes,
resistentes aos antibióticos.
2-
(Fuvest) A bactéria Streptococcus iniae afeta o cérebro de peixes,
causando a “doença do peixe louco”. A partir de 1995, os criadores de trutas de
Israel começaram a vacinar seus peixes. Apesar disso, em 1997, ocorreu uma
epidemia causada por uma linhagem de bactéria resistente à vacina. Os
cientistas acreditam que essa linhagem surgiu por pressão evolutiva induzida
pela vacina, o que quer dizer que a vacina:
a) induziu mutações específicas nas bactérias,
tornando-as resistentes ao medicamento.
b) induziu mutações específicas nos peixes,
tornando-os suscetíveis à infecção pela outra linhagem de bactéria.
c) causou o enfraquecimento dos órgãos dos
peixes permitindo sua infecção pela outra linhagem de bactéria.
d) levou ao desenvolvimento de anticorpos
específicos que, ao se ligarem às bactérias, tornaram-nas mais
agressivas.
e) permitiu a proliferação de bactérias
mutantes resistentes, ao impedir o desenvolvimento das bactérias da linhagem
original.
3- Relacione cada tipo de
transferência de genes com a sua definição.