Equipe Gestora
2020
COMUNICADO - REMATRÍCULA – RECESSO ESCOLAR
A E.E. MARIA MONTESSORI, informa que não haverá plantão de dúvidas e nem atendimento presencial para rematrícula, entrega de material e recebimento de atividades na unidade escolar no dia 16/10/2020, devido ao decreto de ponto facultativo do dia dos professores para sexta-feira.
A rematrícula poderá ser feita através da Sed – Secretária Escolar Digital - online, autorização pelo formulário google forms, que se encontra no blogger e grupos de sala ou presencialmente na segunda-feira dia 19/10/2020 das 9:00 às 16:00h.
Equipe Gestora
2020
Correção da atividade de: quinta-feira, 8 de outubro de 2020 (2ª parte - questões 01 até 12)
ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: CONTO (6º ANOS:
A,B,C)
Leia o
texto abaixo e depois responda as questões:
O JUMENTO
Aluna Raylane Furtado de Sousa
Professor F. Maurício Araújo
Era uma vez, numa fazenda muito
distante da cidade, um fazendeiro que possuía um jumento que sabia falar. Esse
animal era muito sabido, tudo que o dono dele pedia, ele prontamente fazia.
Mas o pobre do animal, apesar da sua
capacidade de falar e entender o que seu dono dizia, não era valorizado,
alimentava-se da pior comida e dormia no relento da noite fria.
Certa vez, o fazendeiro precisava ir à cidade, uma viagem muito longa,
que demoraria dois dias para chegar. Levou consigo seu jumento para trazer as
mercadorias que compraria. Durante o percurso, o fazendeiro tropeçou e caiu
dentro de um buraco, mas logo conseguiu se levantar. O jumento começou a caçoar
do seu dono, rindo e relinchando sem parar.
O fazendeiro não se conteve e se
revoltou com o pobre, além de batê-lo, falava muitos palavrões com o desprovido
animal. Não demorou em chamar a atenção das pessoas que por ali transitavam. Um
camponês que passava por perto se admirou da sabedoria do animal em compreender
toda aquela situação e se encantou com o bicho. O fazendeiro, com muita raiva
do jumento, foi até onde estava aquele pobre camponês e disse:
__Você quer comprar este jumento?
__Quero, mas só tenho dez moedas.
Respondeu o homem.
__Tá bom, você leva o jumento e eu fico com suas dez moedas! Disse o
fazendeiro.
Assim, o fazendeiro vendeu seu
animal pelas míseras dez moedas de tão pouco valor que não davam para comprar
nem sequer um saco de milho. Retornou para sua casa e desistiu da sua viagem.
Dias depois, o fazendeiro estava
despreocupado, deitado em sua rede feliz, pois não precisava alimentar o
jumento, quando de repente chegou seu amigo, outro fazendeiro, e lhe apresentou
o jornal que destacava um camponês que possuía um jumento que sabia falar,
muito feliz e rico, pois o animal estava fazendo um sucesso tremendo na cidade.
__ Minha nossa senhora, olha onde está meu jumento!!! Admirou-se o
fazendeiro.
__ Como é que é seu jumento, se você o vendeu? Ponderou seu amigo.
O fazendeiro ficou pensativo ao
descobrir que o jumento foi parar no jornal. Então, quando na rua passava, as
pessoas perguntavam a razão de ter vendido seu animal, já que ele era diferente
e sabia falar. Mas nem ele compreendia a burrice que havia feito.
E assim o fazendeiro ficou sem o
jumento, na pobreza, todo o resto da sua vida. Não aproveitou a sabedoria do
bicho. Agora, dizem que o jumento vive comendo da melhor comida e bebendo do
melhor vinho.
De Sousa, Raylane Furtado. 6º ano de 2018. Escola
João Moreira Barroso.
São Gonçalo do Amarante. Adaptado pelo professor
Francisco Maurício Araújo
1ª) O
gênero do texto é
a)
crônica, porque apresenta fatos do cotidiano.
b)
conto, porque narra uma história ficcional, criada pela imaginação da autora.
c) lenda,
pois apresenta personagens místicos e enredo fantasioso.
d)
relato, porque o narrador apenas apresenta fatos vividos por ele.
2ª) O
acontecimento central do texto é
a) o
jumento que caçoou do homem numa viagem.
b) a
fazenda distante da cidade.
c)
um jumento que sabia falar e fazia o que o dono pedia.
d) a
venda do jumento por dez míseras moedas.
3ª)
Segundo o texto, o jumento
a) era
bem tratado na fazenda.
b) dormia
dentro de casa.
c) se
revoltou com seu dono.
d)
era bem alimentado pelo camponês.
4ª) O
jumento foi vendido porque
a) estava
dando muito prejuízo para o fazendeiro.
b)
caçoou do dono ao cair no buraco.
c) o
camponês ofereceu uma boa quantia pelo animal.
d)
relinchava todos os dias, fazendo um barulho ensurdecedor.
5ª) Há
uma opinião em
a) “O
fazendeiro não se conteve e se revoltou com o pobre...”.
b) “O
fazendeiro ficou pensativo ao descobrir que o jumento foi parar no jornal.”.
c)
“Esse animal era muito sabido...”.
d) “E
assim o fazendeiro ficou sem o jumento, na pobreza, todo o resto da sua vida.”.
6ª) A
finalidade do texto é
a)
informar algo ocorrido no passado.
b)
noticiar um fato inusitado sobre um jumento.
c)
entreter o leitor com uma história ficcional.
d)
criticar as pessoas que maltratam os animais.
7ª) O
trecho abaixo que apresenta uma linguagem informal é
a)
“__Tá bom, você leva o jumento...”.
b) “... o
fazendeiro precisava ir à cidade...”.
c) “Era
uma vez, numa fazenda muito distante da cidade...”.
d) “...o
fazendeiro tropeçou e caiu dentro de um buraco...”.
8ª) No
trecho: “... e eu fico com suas dez moedas...”, a palavra destaca se
refere
a)
ao fazendeiro.
b) ao
camponês.
c) ao
jumento.
d) ao
amigo do fazendeiro.
9ª) No fragmento:
“Esse animal era muito sabido...”, a palavra destacada estabelece ideia
de
a) tempo.
b) modo.
c)
intensidade.
d) lugar.
10ª) “__
Minha nossa senhora, olha onde está meu jumento!!!”, a repetição do ponto de
exclamação foi usado com intuito de
a) provocar
humor.
b)
tornar a admiração da personagem mais expressiva.
c)
advertir o leitor durante a leitura do texto.
d) mostrar a felicidade da personagem ao descobrir
o que aconteceu com seu jumento.
11ª) No
trecho: “... pois o animal estava fazendo um sucesso tremendo na
cidade.”, a palavra destacada tem o mesmo significado de
a)
importante.
b)
assustador.
c)
atemorizante.
d)
grandioso.
12ª) No
final do texto, percebe-se que
a) o
jumento continuava se alimentando da mesma comida que ganhava do fazendeiro.
b) o
fazendeiro ficou feliz quando descobriu o que o seu antigo animal ficou famoso.
c)
o jumento se alimentava melhor na casa do camponês.
d) o
fazendeiro ficou rico, bebendo do melhor vinho e comendo da melhor comida.
O Cortiço é uma obra brasileira naturalista escrita por Aluísio Azevedo e publicada em 1890. Nesse texto faremos um resumo da obra, apresentaremos os personagens principais e faremos uma rápida análise do que foi exposto. No final, você terá questões sobre O Cortiço esperando por você, então leia com atenção pois os vestibulares gostam desse livro.
Principais personagens de O Cortiço
Antes de fazer questões sobre O Cortiço, você conhecer seus personagens. São eles:
João Romão: Desonesto. Português que veio para o Brasil e conseguiu ascender explorando os outros.
Bertoleza: Escrava que morava com João Romão e que foi enganada por ele.
Miranda: Inimigo de João Romão, também português. Tinha mais status mais respeito.
Rita Baiana: Representação da mulher brasileira na concepção do autor. Promovia os sambas e se sensualizava.
Jerônimo: Trabalhador português que conseguiu emprego com João Romão.
Capoeira Firmo: Mulato interessado na Rita Baiana.
Arraia Miúda: Lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e por Alexandre, o policial.
Piedade: Mulher de Jerônimo, representação europeia.
Resumo de O Cortiço
Agora que conhece os personagens, leia esse pequeno resumo de como a história deles se desenrola para depois fazer as questões sobre O Cortiço.
Ascensão de João Romão
Logo de início somos apresentados ao protagonista, João Romão. Ele é um português que veio para o Brasil atrás de melhores condições de vida, e acaba por arrumar emprego em uma venda de outro português.
O problema era que ele ganhava pouco, normalmente recebia com atraso e vivia na miséria. A sua oportunidade chega quando o português que lhe empregou deixa o negócio para ele, já que ia retornar definitivamente a Portugal.
Porém, João não é o protagonista bom moço, muito pelo contrário. Ele começa a praticar desonestidades para ganhar dinheiro mais rápido e isso inclui enganar e se aproveitar da escrava Bertoleza.
O Cortiço que dá nome à obra surge mais à frente no livro. João engana Bertoleza fazendo-a acreditar que compraria sua alforria, então à convence a lhe dar todo o seu dinheiro.
Ele gasta o dinheiro que ela havia juntado junto com o dele para comprar uma área próxima a uma pedreira. Dessa pedreira ele tiraria os materiais para construir casas e alugá-las para pessoas pobres.
Todas as pessoas que iam morar no cortiço tinham um caráter no mínimo duvidoso, além do próprio lugar ser de bem baixa qualidade. Em determinado momento, João disputa o título de barão com um burguês chamado Miranda. Este tinha um palacete próximo ao Cortiço e derrota o nosso protagonista.
A resposta encontrada por João é tentar se casar com a filha de Miranda.
Para terminar o resumo, falemos sobre o final que levou a personagem Bertoleza (talvez a única personagem que passou o livro todo sem fazer nada de errado). Bertoleza por ser uma escrava e amante de João, posteriormente traria problemas para ele.
Assim, ele à denuncia e quando ela percebe que foi enganada, se suicida com a faca que usava para limpar peixes. Um bom exemplo da visão terrivelmente pessimista que Aluísio teve ao escrever.
Em sua obra, os personagens maus continuam sendo assim e os bons ou se corrompem, ou ficam sem conseguir o que querem. Pode-se dizer que é uma obra sem nenhum final feliz.
Análise do Cortiço
Vamos agora analisar as nuances mais profundas da obra. O contexto em que se passava e as técnicas narrativas utilizadas pelos autor.
Contexto histórico
A obra se passa no Rio de Janeiro do século XIX. Na época, o Rio era a cidade mais desenvolvida em questão de urbanização e a capital do império. O Cortiço se passa acompanhando o processo de modernização da cidade.
Zoomorfismo
Apesar de João Romão ser tratado como protagonista, a história tem um personagem principal ainda mais importante: o próprio Cortiço. O local constantemente recebe características humanas, criando um contraste com as pessoas que moram nele. Estas são animalizadas e zoomorfizadas.
Naturalismo
O naturalismo foi um movimento artístico que tinha como base a premissa de que o homem se torna o que o meio determina para ele. Esse movimento também defendia que a ciência é a melhor forma de obter conhecimento, criticava a burguesia e defendia o comunismo.
As técnicas naturalistas atribuídas à obra são principalmente:
· Narrador onisciente em 3ª pessoa.
· Descreve os moradores do Cortiço como vermes.
· Coletivo é tratado com mais importância que o individual.
Determinismo
Essa é uma teoria que determina que os seres viventes de um ambiente são influenciados por esse ambiente. Outros fatores determinantes são a raça e a história. Em O Cortiço, o autor coloca os portugueses como sérios, tristes e esforçados. Já os brasileiros são tratados como sensuais, preguiçosos e alegres.
Ele descreve o Brasil com exuberância rural, mas decadência urbana, como é o próprio Cortiço. Ele condenaria todos os seus moradores a se “abrasileirarem”, que podia ser entendido como decaírem como seres humanos.
O exemplo mais claro disso era Jerônimo, um português correto, mas que ao vir morar no Cortiço se apaixonou por uma mulher e se tornou um criminoso por causa dela. Ou seja, os maus continuam maus e os bons se corrompem ou nunca conseguem ascender.
Aluísio Azevedo valorizou bastante o contraste entre os portugueses e brasileiros. Ele coloca os portugueses como burgueses ambiciosos com ânsia pelo dinheiro. Os brasileiros são vistos como preguiçosos inferiores e cheios de vícios que os controlam. Azevedo deixa escrachados os defeitos de cada personagem.
TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 1 A 4
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados. Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca.
Aluísio Azevedo, O cortiço
1. (FUVEST, 2015) Em que pese a oposição programática do Naturalismo ao Romantismo, verifica-se no excerto – e na obra a que pertence – a presença de uma linha de continuidade entre o movimento romântico e a corrente naturalista brasileira, a saber, a
a) exaltação patriótica da mistura de raças.
b) necessidade de autodefinição nacional.
c) aversão ao cientificismo.
d) recusa dos modelos literários estrangeiros.
e) idealização das relações amorosas.
2. (FUVEST, 2015) Entre as características atribuídas, no texto, à natureza brasileira, sintetizada em Rita Baiana, aquela que corresponde, de modo mais completo, ao teor das transformações que o contato com essa mesma natureza provocará em Jerônimo é a que se expressa em:
a) “era o calor vermelho das sestas da fazenda”.
b) “era a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta”.
c) “era o veneno e era o açúcar gostoso”.
d) “era a cobra verde e traiçoeira”.
e) “[era] a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele”.
3. (FUVEST, 2015) O efeito expressivo do texto – bem como seu pertencimento ao Naturalismo em literatura – baseiam-se amplamente no procedimento de explorar de modo intensivo aspectos biológicos da natureza. Entre esses procedimentos empregados no texto, só NÃO se encontra a
a) representação do homem como ser vivo em interação constante com o ambiente.
b) exploração exaustiva dos receptores sensoriais humanos (audição, visão, olfação, gustação), bem como dos receptores mecânicos.
c) figuração variada tanto de plantas quanto de animais, inclusive observados em sua interação.
d) ênfase em processos naturais ligados à reprodução humana e à metamorfose em animais.
e) focalização dos processos de seleção natural como principal força direcionadora do processo evolutivo.
4. (FUVEST, 2015) Para entender as impressões de Jerônimo diante da natureza brasileira, é preciso ter como pressuposto que há
a) um contraste entre a experiência prévia da personagem e sua vivência da diversidade biológica do país em que agora se encontra.
b) uma continuidade na experiência de vida da personagem, posto que a diversidade biológica aqui e em seu local de origem são muito semelhantes.
c) uma ampliação no universo de conhecimento da personagem, que já tinha vivência de diversidade biológica semelhante, mas a expande aqui.
d) um equívoco na forma como a personagem percebe e vivencia a diversidade biológica local, que não comporta os organismos que ele julga ver.
e) um estreitamento na experiência de vida do personagem, que vem de um local com maior diversidade de ambientes e de organismos.
5. (FUVEST, 2013) Leia o seguinte texto. O autor pensava estar romanceando o processo brasileiro de guerra e acomodação entre as raças, em conformidade com as teorias racistas da época, mas, na verdade, conduzido pela lógica da ficção, mostrava um processo primitivo de exploração econômica e formação de classes, que se encaminhava de um modo passavelmente bárbaro e desmentia as ilusões do romancista. Roberto Schwarz. Adaptado. Esse texto crítico refere-se ao livro
a) Memórias de um sargento de milícias.
b) Til.
c) O cortiço.
d) Vidas secas.
e) Capitães da areia