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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

EBAAAA , ÚLTIMA LIÇÃO DO ANO?! PORTUGUÊS revisão Simbolismo.

SIMBOLISMO 

O Simbolismo no Brasil (1893-1902) é representado, principalmente, pelos autores Cruz e Sousa (1861-1898) e Alphonsus de Guimaraens (1870-1921). Cruz e Sousa, um dos poucos autores negros do século XIX, é identificado pela sua profundidade filosófica, angústia metafísica e obsessão pela cor branca. Já Alphonsus de Guimaraens possui uma poesia marcada pela forte religiosidade e morbidez.

O Simbolismo surgiu na França, com a publicação do livro As flores do mal (1857), de Charles Baudelaire (1821-1867). De maneira geral, possui as seguintes características: misticismo, musicalidade, rigor formal, uso de reticências, valorização do mistério, maiúscula alegorizante e sinestesia. Seus autores duvidavam da razão e da realidade concreta; por isso, buscavam, por meio dos sentidos, atingir o plano das essências.

Na segunda metade do século XIX, o capitalismo europeu deixava evidente a disparidade social entre a elite econômica e o proletariado. Se, de um lado, a burguesia enriquecia, de outro, os trabalhadores viviam uma realidade de miséria. Diante dessa situação, o movimento operário ganhou força e o conflito de classes tornou-se mais evidente, enquanto as grandes potências realizavam a expansão imperialista, na Ásia e na África, e empreendiam, estimuladas pelo progresso científico, uma corrida armamentista.

No Brasil, o Simbolismo surgiu após a Abolição da Escravatura (1888) e a Proclamação da República (1889). Nesse contexto, havia a miséria dos escravos libertos, um problema social e étnico que se estenderia pelas gerações afora, além dos conflitos políticos ocasionados pela ditadura empreendida por Floriano Peixoto (1839-1895), que durou de 1891 a 1894. Além do mais, no Nordeste, os problemas sociais relacionados à seca levaram à Guerra de Canudos (1896-1897).

Assim, os artistas recorreram novamente à fuga da realidade. A vida como ela é já não interessava mais a esses artistas, nem a um povo cansado de tão dura realidade. Assim sendo, as obras de caráter realista, segundo aqueles mais sensíveis, deveriam ser substituídas pela fantasia.



A pintura impressionista dialoga com o Simbolismo ao criar imagens menos nítidas, como em Vétheuil no verão (1880), de Claude Monet (1840-1926).

O Simbolismo apresenta as seguintes características:

  • Falta de confiança na realidade, que seria ilusória;
  • Oposição ao objetivismo parnasiano e realista;
  • Valorização do não racional, ou seja, do mistério;
  • Apreço pelo não consciente, pelo espiritual e imaterial;
  • Crença na existência de um mundo ideal;
  • Relação entre o mundo visível e o mundo das essências (ou ideal);
  • Misticismo, sondagem do eu e valorização da intuição;
  • Musicalidade das palavras;
  • Alienação social;
  • Rigor formal: metrificação e rimas;
  • Visão contrária ao otimismo científico;
  • Destaque para o abstrato, o impalpável;
  • Uso de reticências para sugerir imprecisão;
  • Poder de sugestão, em oposição à objetividade;
  • Maiúscula alegorizante: palavra escrita com inicial maiúscula;
  • Estímulo dos sentidos humanos, a partir da sinestesia;
  • As palavras com maiúscula alegorizante e as sensações são símbolos capazes de levar o leitor a ter contato com o plano das essências.

Autores Brasileiros Simbolistas

Cruz e Sousa (1861-1898)

Considerado o precursor do simbolismo no Brasil, João da Cruz e Sousa foi um poeta brasileiro nascido em Florianópolis.

Sua obra é marcada pela musicalidade e espiritualidade com temáticas individualistas, satânicas, sensuais. Suas principais obras: Missal (1893), Broquéis (1893), Tropos e fantasias (1885), Faróis (1900) e Últimos Sonetos (1905).

Alphonsus de Guimarães (1870-1921)

Um dos principais poetas simbolistas do Brasil, Afonso Henrique da Costa Guimarães, possui uma obra marcada pela sensibilidade, espiritualidade, misticismo, religiosidade. Sua temática é a morte, a solidão, o sofrimento e o amor.

Sua produção literária apresenta características neo-romântico, árcades e simbolistas. Suas.principais obras: Setenário das dores de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Kyriale (1902), Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923).

Augusto dos Anjos (1884-1914)

Augusto dos Anjos foi um dos grandes poetas brasileiros simbolistas, embora, muitas vezes, sua obra apresente características pré-modernas.

Patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras, publicou um livro intitulado "Eu", e foi chamado de "Poeta da morte". Isso porque seus poemas exploram temas sombrios.

JÁ EM PORTUGAL FORAM:

O marco inicial do Simbolismo em Portugal foi a publicação da obra "Oaristos", de Eugênio de Castro (1869-1944) em 1890.

Os poetas simbolistas portugueses que merecem destaque são: Camilo Pessanha (1867-1926), Eugênio de Castro (1869-1944), Augusto Gil (1873-1929), Raul Brandão (1867-1930) e Antônio Nobre (1867-1900).

DICA:

Simbolismo fez na literatura o que o Impressionismo estava fazendo na música e na pintura, isto é, promoveu a diluição da figura, a perda dos contornos, a percepção individual da realidade, a influência da luz, o sonho, as imagens etéreas, o subjetivo, o momento, o conhecimento intuitivo.


Vídeo de apoio:





https://www.todamateria.com.br/simbolismo-no-brasil/
https://www.blogger.com/u/3/blog/post/edit/8443020417524550026/7841669529842082001
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/o-simbolismo-no-brasil.htm


Prêmio PodCast 2020 - 2°A, 2°B, 2°D.

 


Será presenteado com uma lembrança surpresa, o responsável pela melhor gravação. 
Ocorrerá dentre os alunos participantes das turmas (2°A,B,D) em que são ministradas a mesma disciplina (Tecnologia) pela professora Tali. Sendo apenas um colocado entre as 3 turmas e não de cada turma.

Boa sorte a todos os participantes.
Prof Tali.

Obs- Aula desse tema foi enviado 24/09.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

2°B,C,D - Bem vindo ao Simbolismo

 Simbolismo

O Simbolismo é a escola literária que, no Brasil, compreende o período entre 1893 e 1910. Surgindo depois do Realismo e antes do Pré-Modernismo, tem origem na França, como reação ao materialismo e ao cientificismo. Assim, o Simbolismo caracteriza-se pelos ideais espiritualistas e oposição à objetividade.

Contexto histórico


A força do Simbolismo está no arrefecimento das correntes materialistas e cientificistas. É o auge da evolução burguesa, com a disputa das grandes potências pela diversificação de mercados, de consumidores e matéria-prima.

O processo industrial é alavancado pela unificação da Alemanha, em 1870, e da Itália, no ano seguinte. É o momento do neocolonialismo que fragmenta a África e a Ásia para as grandes potências mundiais.

Ou seja os simbolistas questionaram as conclusões racionalistas e mecânicas em voga na época, pois elas não davam espaço à existência do sujeito, servindo apenas como combustível para a ascensão da burguesia industrial. Buscavam algo além do materialismo e além do empirismo: um sentido de universalidade, que seria recuperado por meio da linguagem poética. Buscavam, ao contrário da impessoalidade numérica e tecnológica, os valores transcendentais — o Bom, o Verdadeiro, o Belo.

Também esse é o momento em que se projetam os fatores que irão desencadear a Primeira Guerra Mundial.

Nas artes, a projeção é de frustração, medo e desilusão, e o Simbolismo surge como uma forma de negar a realidade objetiva. Renascem, assim, os ideais espiritualistas.

O Simbolismo passa a ser a rejeição ao mecanicismo, por meio do sonho, da tendência cósmica e do absoluto. Abrange a camada da sociedade que está à margem do processo de avanço tecnológico e científico, promovido pelo capitalismo.

O movimento é marcado pela busca do homem pelo sacro e de um sentimento de totalidade, que faz da poesia uma espécie de religião.

As 9 principais características do Simbolismo

1. Oposição da realidade objetiva
Os temas abordados pelos autores simbolistas são subjetivos; fogem da realidade e do questionamento social.

2. Subjetivismo
O “eu” é valorizado. Assim, acredita-se que a verdade é encontrada na consciência, ao contrário do objetivismo.

3. Linguagem vaga
O Simbolismo apresenta uma linguagem muito particular, envolta em mistério e expressividade, elementos que proporcionam às suas obras os seus ideais imateriais e psíquicos.

4. Abuso de metáforas, aliterações, comparações e sinestesias


A presença dessas figuras nas obras do Simbolismo indicam que mais importante do que o significado real das palavras, está a sua sonoridade e o sentido poético.

5. Uso do soneto
O Simbolismo encontra a sua expressão na poesia, e não na prosa. Isso porque as obras simbolistas envolvem-se em lirismo.

6. Misticismo e espiritualidade
O poeta simbolista foge da realidade. As palavras utilizadas nos seus poemas reforçam essa característica, na medida que encontramos nas obras simbolistas o vocabulário litúrgico (arcanjo, catedral, incenso).

7. Religiosidade
Na poesia simbolista podemos identificar a presença de uma visão cristã aliada ao desejo da fuga da realidade.

8. Retomada de elementos românticos
O Simbolismo, tal como o Romantismo, exprime o desgosto com a racionalidade e, assim, almeja ir além do aspecto palpável das coisas.

9. Valorização da simbologia, em oposição ao cientificismo
As ideias são apresentadas de maneira simbólica, na qual se acredita estar o verdadeiro sentido de tudo.

Simbolismo no Brasil

O Simbolismo surgiu no Brasil em 1893 através das seguintes obras de Cruz e Sousa: Missal e Broquéis.

Missal é uma obra em que constam poemas escritos em prosa, enquanto Broquéis apresenta 54 poemas, dentre os quais 47 são sonetos.

O Simbolismo no Brasil compreendeu o período entre 1893 e 1910, quando deu lugar ao Pré-Modernismo.

Simbolismo em Portugal

Em Portugal, o Simbolismo surgiu em meio à crise da monarquia e foi inaugurado por Oaristos, de Eugênio de Castro, em 1890.

Oaristos é uma coletânea de poemas que foi escrita após o regresso do seu autor da França, onde teve contacto com poetas simbolistas, cujo movimento já influenciava a literatura portuguesa

O Simbolismo em Portugal compreendeu o período entre 1890 e 1915, quando teve início o Modernismo.

Principais autores do Simbolismo

Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens foram os principais representantes do Simbolismo no Brasil.

Em Portugal, Eugênio de Castro foi o responsável por inaugurar a nova escola literária.

Cruz e Sousa

João da Cruz e Sousa (1861-1898) apresenta na sua obra o vocabulário litúrgico e a obsessão pela cor branca.

São suas obras: Broquéis (1893), Missal (1893), Evocações (1898), Faróis (1900), Últimos Sonetos (1905).

Alphonsus de Guimaraens

Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) tratou de apenas uma temática nos seus poemas: a morte da amada. 

São suas obras: Septenário das Dores de Nossa Senhora (1899), Dona Mística (1899), Kyriale (1902), Pauvre Lyre (1921), Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte (1923).

Eugênio de Castro

Eugênio de Castro (1869-1944) tem a sua obra dividida em duas fases: simbolista e neoclassicista.

São suas obras: Oaristos (1890), Horas (1891), Interlúnio (1894), Salomé e Outros Poemas (1896), Saudades do Céu (1899).







quinta-feira, 5 de novembro de 2020

VÍDEO APOIO PARNASIANISMO 2°B,C,D



 

2°B, C, D - PARNASIANISMO "A ARTE PELA ARTE"

 PARNASIANISMO                         FAZER NO CADERNO



parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França no final do século XIX, tendo como principal bandeira a oposição ao realismo e ao naturalismo, movimentos que ocorriam nesse contexto. No Brasil, esse movimento opunha-se principalmente ao romantismo, já que, apesar dos ideais românticos terem dado lugar ao realismo e ao naturalismo na prosa, ainda eram fortes suas características na poesia. Assim, os poetas parnasianos incorporaram em suas produções poéticas traços que se opunham diretamente à poesia romântica.

Em 1882, Fanfarras, de Teófilo Dias, é a obra que inaugura o parnasianismo brasileiro, movimento que se prolonga até a Semana de Arte Moderna, em 1922.

De postura anti-romântica, o Parnasianismo é baseado no culto da forma, na impassibilidade e impessoalidade, na poesia universalista e no racionalismo.

Os autores parnasianos criticavam a simplicidade da linguagem, a valorização da paisagem nacional e o sentimentalismo. Para eles, essa era uma forma de subjugar os valores da poesia.

A proposta inovadora era de uma poesia de linguagem rebuscada, racional e perfeita do ponto de vista formal. Acreditavam que, se estivessem apoiados no modelo clássico poderiam contrapor os exageros e a fantasia típica do movimento literário Romantismo.

Ao Parnasianismo, seguiu-se o Simbolismo, movimento que exalta a realidade subjetiva e que nega a razão explorada pelos parnasianos.

Características do Parnasianismo

Os parnasianos são esteticamente detalhistas. Ao se preocupar com a forma, valorizam o vocabulário culto, os sonetos, bem como as rimas raras.

Também de forma marcante, os temas da antiguidade clássica são observados nessa escola literária, cujos autores são realistas e objetivos e mostram as coisas como elas se apresentam, ou seja, de forma descritiva e sem lirismo, ou com exaltação de sentimentos muita vaga. Isso porque entendem que a arte já seja bela, de modo que não precisa ser explicada, pois ela vale por si.

Muitas características do Parnasianismo encontram-se presentes no Realismo. Observe, no entanto que, no Parnasianismo foram criadas apenas poesias, não existe prosa parnasiana.

Em resumo, as características do Parnasianismo são:

  • Idealização da arte pela arte
  • Busca da perfeição formal
  • Preferência pelo soneto
  • Preferência pela descrição
  • Rimas raras
  • Vocabulário culto
  • Objetivismo
  • Racionalismo
  • Universalismo
  • Apego à tradição clássica
  • Gosto pela mitologia greco-latina
  • Rejeição do lirismo

Contexto histórico

O fato dos parnasianos interpretarem o mundo de forma cientificista e positivista resulta do período em que esteve inserido, época de muitas invenções e avanços que traziam mudanças não só à economia, mas que transformavam a mentalidade das pessoas.

Isso porque, a valorização da ciência rompe com o subjetivismo, marca da escola literária anterior, o Romantismo.

Parnasianismo no Brasil

parnasianismo brasileiro começou a ser difundido no país a partir de 1870, pois, no final dessa década, criou-se uma polêmica no jornal Diário do Rio de Janeiro, que reuniu, de um lado, os adeptos do romantismo e, de outro, os adeptos do realismo e do parnasianismo. Como resultado dessa querela literária, desenvolvida em artigos, conhecida como “Batalha do Parnaso”, houve uma difusão das ideias e das características do parnasianismo nos meios artísticos e intelectuais.

Autores do Parnasianismo no Brasil

Os principais autores do Parnasianismo no Brasil foram Olavo Bilac (1865- 1918), Raimundo Corrêa (1859-1911) e Alberto de Oliveira (1857-1937). Os três formavam a chamada tríade parnasiana.

Além deles, outros autores também merecem destaque: Augusto de Lima (1859-1937), Bernardino Lopes (1859-1916), Fontoura Xavier (1856-1922), Francisca Júlia (1871-1920) e Múcio Teixeira (1857-1926).


Olavo Bilac (1865-1918): Foi jornalista, inspetor de ensino e poeta. Foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Publicou as seguintes obras: Poesias (1888), Crônicas e novelas (1894), Sagres (1898), Crítica e fantasia (1904), Poesias infantis (1904), Conferências literárias (1906), Tratado de versificação (com Guimarães Passos) (1910), Dicionário de rimas (1913), Ironia e piedade (1916), Tarde (1919). 

Hino à Bandeira do Brasil

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Apresentado no ano de 1906, o Hino à Bandeira do Brasil foi uma encomenda de Francisco Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro, ao poeta parnasiano. Posteriormente, a letra foi musicada por Francisco Braga e visiva apresentar a nova bandeira nacional ao povo brasileiro.

Assim, aparenta ser uma declaração de amor ao país, transmitindo uma mensagem positiva e solar de esperança, paz e grandeza. Fazendo referência às cores e aos elementos da bandeira, a composição fala de um povo que ama a sua terra e tem mantém a fé num futuro risonho, num Brasil "poderoso" e "feliz".

 






https://www.todamateria.com.br/parnasianismo-caracteristicas-e-contexto-historico/

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/parnasianismo.htm

2°B, C ,D ADVERBIO , LOCUÇÃO ADVERBIAL, LOCUÇÃO VERBAL

Advérbio                      FAZER NO CADERNO

 Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. São flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.

Classificação dos Advérbios

De acordo com a circunstância que os advérbios exprimem nas frases, eles podem ser:

Advérbio de Modo

Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, debalde e grande parte das palavras que terminam em "-mente": cuidadosamente, calmamente, tristemente, dentre outros.

Exemplos:

  • Fui bem na prova.
  • Estava andando depressa por causa da chuva.

Advérbio de Intensidade

Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, demais, mais, menos, quanto, quase, tanto, assaz, tudo, nada, todo.

Exemplos:

  • Comeu demasiado naquele almoço.
  • Ela gosta bastante dele.

Advérbio de Lugar

Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, defronte, atrás, detrás , atrás, além, aquém, antes, algures, nenhures, alhures, aonde, longe, perto.

Exemplos:

  • Minha casa é ali.
  • O livro está embaixo da mesa.

Advérbio de Tempo

Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim, entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente.

Exemplos:

  • Ontem estivemos numa reunião de trabalho.
  • Sempre estamos juntos.

Advérbio de Negação

Não, nem, tampouco, nunca, jamais.

Exemplos:

  • Jamais reatarei meu namoro com ele.
  • Não saiu de casa naquela tarde.

Advérbio de Afirmação

Sim, deveras, indubitavelmente, decididamente, certamente, realmente, decerto, certo, efetivamente.

Exemplos:

  • Certamente passearemos nesse domingo.
  • Ele gostou deveras do presente de aniversário.

Advérbio de Dúvida

Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez, casualmente.

Exemplos:

  • Provavelmente irei ao banco.
  • Quiçá chova hoje.

Flexão dos Advérbios

Os advérbios são consideradas palavras invariáveis pois não sofrem flexão de número (singular e plural) e gênero (masculino, feminino); porém, são flexionadas nos graus comparativo e superlativo.

Grau Comparativo

No Grau Comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou superioridade.

  1. Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim é tão baixo quanto Pedro.
  2. Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Joana é menos alta que Sílvia.
  3. Superioridade:
  • analítico: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana é mais alta que Carolina.
  • sintético: formado por "melhor ou pior que" (do que), por exemplo: Paula tirou nota melhor que Júlia na prova.

Grau Superlativo

No Grau Superlativo, o advérbio pode ser:

  1. Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo.
  2. Sintético: quando é formado por sufixos, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.



Locução Adverbial

Locução adverbial é uma expressão formada por uma ou mais palavras que, juntas, têm a função de advérbio. É dessa forma que alteram o sentido de um verbo, de um adjetivo ou mesmo de um advérbio.

As preposições iniciam a maior parte das locuções adverbiais, que também podem ser formadas pela união a um substantivo, adjetivo ou advérbio.

Exemplos:

Preposição + substantivo - com certeza

O incentivo chegará com certeza

Preposição + adjetivo - em breve

Choverá em breve

Preposição +advérbio - por ali

O caminho é por ali

Classificação

As locuções adverbiais podem ser classificadas em:

  • Locução adverbial de lugara distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, por aqui.
  • Locução adverbial de tempoàs vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, às vezes, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, hoje em dia.
  • Locução adverbial de modode cor, em vão, em geral, de soslaio, frente a frente, de viva voz.
  • Locução adverbial de quantidadeem excesso, de todo, de muito, por completo.
  • Locução adverbial de afirmaçãosem dúvida, de fato, por certo, com certeza.
  • Locução adverbial de negaçãode modo algum, de forma alguma, de jeito nenhum, de forma nenhuma.
  • Locução adverbial de intensidadede muito, de pouco, de todo, em excesso.
  • Locução adverbial de dúvidacom certeza, quem sabe, por certo.
  • Locução adverbial de inclusãoalém disso.

Locução Verbal

As locuções verbais, também chamadas de perífrases verbais, desempenham o papel equivalente a um verbo único na frase.

São compostas por um verbo principal em um das suas formas nominais + um verbo auxiliar.

Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, sempre é empregado em uma das formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares.

Exemplos:

  • Nenhuma pessoa poderá sair após o fechamento dos portões.
  • Está havendo uma revolução silenciosa.
  • É provável que ele seja convocado para a Copa.
  • Começou a gritar sem nenhuma explicação.

Principais Verbos Auxiliares

O verbo auxiliar exerce a função de ampliar o significado do verbo principal. Os verbos auxiliares mais utilizados são: ser, estar, ter e haver.

Exemplos:

  • Estamos saindo.
  • Havia saído.

Saiba mais em Verbo Haver.

Gerúndio na Locução Verbal

gerúndio combina-se com os verbos auxiliares estar, andar, ir e vir como forma de marcar diferentes aspectos no processo verbal.

Verbo Estar

O verbo estar seguido de gerúndio indica uma ação que dura em um rigoroso espaço de tempo. Exemplo:

  • As coisas estão mudando por lá.
  • A violência está adquirindo novas formas.

O verbo andar seguido de gerúndio indica uma ação em que predomina a ideia.

Exemplo:

  • Andei pensando em mudar de faculdade.
  • A imprensa anda publicando os fatos após checar os documentos.

Verbo Ir

O verbo ir seguido de gerúndio expressa uma ação que vai acontecendo de maneira progressiva ou por etapas.

Exemplo:

  • Ia passando, passando pelas lembranças.
  • Irei fazendo a medida que puder.

O verbo vir seguido de gerúndio expressa uma ação que se desenvolve à época ou lugar em que nos encontramos.

Exemplo:

  • Vinha, entre nuvens, o luar nascendo. (Olavo Bilac)
  • Vinha telefonando, mas nunca me atendia


https://www.todamateria.com.br/adverbio/Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

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