Leia:
Jardim do Brasil
Você já ouviu falar na Cadeia do
Espinhaço? Também chamada de “cordilheira brasileira”, é uma cadeia de
montanhas com mais de 1.000 quilômetros de extensão, ligando a região central
de Minas Gerais ao norte da Bahia. Por sua grande importância biológica,
histórica, geológica e cultural, esta região é reconhecida internacionalmente
como uma Reserva da Biosfera. Vários trechos estão protegidos em áreas de
preservação como o Parque Nacional da Serra do Cipó.
A história da Serra do Cipó começou com a
formação da Cadeia do Espinhaço, cerca de 2 bilhões de anos atrás. A presença
humana veio muito depois: há uns 10 mil anos, chegaram ali povos que viviam da
caça e da coleta de frutos e de outros alimentos. Esqueletos e pinturas
rupestres encontrados nesta região estão entre os mais antigos registros da
humanidade na América do Sul.
Já no século 18, as montanhas da
Serra do Cipó foram desbravadas pelos bandeirantes à procura de ouro e pedras
preciosas. Estradas, trilhas e antigas fazendas ainda persistem na região como
heranças daquela época. Um pouco mais tarde, no século 19, foi a vez de os
naturalistas europeus explorarem a Serra do Cipó atraídos por outra de suas
muitas riquezas – a biodiversidade.
A Serra do Cipó, assim como toda a Cadeia do
Espinhaço, sempre chamou a atenção por sua paisagem única, formada
predominantemente pelos campos rupestres. Neles, uma enorme diversidade de
plantas divide espaço com os afloramentos rochosos, conjuntos de pedras
pontiagudas que parecem brotar do solo, apontando geralmente para uma mesma
direção. Mas o que mais chama a atenção dos pesquisadores na Serra do Cipó é o
seu grande número de espécies endêmicas, ou seja, que são encontradas apenas
nesta região.
Em relação à fauna, cerca de 20 espécies,
entre anfíbios, lagartos, aves e insetos são exclusivas da Serra do Cipó. […]
Mas as grandes estrelas da Serra do Cipó são as plantas. Certa vez, um
famoso artista plástico e paisagista chamado Roberto Burle Marx, encantado com
a beleza e diversidade de plantas ali encontradas, se referiu à região como “o
jardim do Brasil”. […] Mais de 70 espécies, entre orquídeas, bromélias,
sempre-vivas, cactos e algas, são endêmicas da Serra do Cipó. Um jardim
exclusivo e protegido nas montanhas de Minas Gerais.
Vinícius São Pedro.
Interpretação do texto
Questão 1 – Identifique a definição do autor para a Cadeia do
Espinhaço:
R:
Questão 2 – De acordo com o texto, a Cadeia do Espinhaço é uma
região “reconhecida internacionalmente como uma Reserva da Biosfera”. Por quê?
R:
Questão 3 – Relacione os fatos, que marcaram a história da
Serra do Cipó, aos períodos em que ocorreram, numerando conforme a indicação:
- “cerca de 2 milhões de anos atrás”
- “há uns 10 mil anos”
- “no século 18”
- “no século 19”
( ) O desbravamento das
montanhas da Serra do Cipó.
( ) A exploração da
biodiversidade presente na Serra do Cipó.
( ) A chegada de povos à
Serra do Cipó.
( ) O início da história da
Serra do Cipó.
Questão 4 – Segundo o texto, o que mais atrai a atenção dos
pesquisadores na Serra do Cipó é:
a) ( ) “[…] a sua paisagem única,
formada predominantemente pelos campos rupestres.”
b) (
) “[…] uma enorme diversidade de plantas divide espaço com os afloramentos
rochosos […]”
c) (
) “[…] o seu grande número de espécies endêmicas […]”
d) (
) “[…] a fauna com cerca de 20 espécies exclusivas da Serra do Cipó.”
Questão 5 – O autor destaca que o famoso artista plástico e
paisagista, Roberto Burle Marx, se referiu à Serra do Cipó como “o jardim do
Brasil”. Por quê?
R:
Questão 6 – O autor informa que “Mais de 70 espécies, entre
orquídeas, bromélias, sempre-vivas, cactos e algas, são endêmicas da Serra do
Cipó”. Explique, com base no texto, o que é uma espécie endêmica:
R:
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