quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 3º Ano A e 3° Ano B - Biologia  - Profa Solange

Período para entrega: Até 02/12/2020

Unidade Temática: Intervenção Humana na Evolução/Processos de Seleção Animal e Vegetal. 


Instruções: 

1- Fazer a Leitura e Interpretação dos Textos. 

2- Responder o exercício de Fixação.

3- Postar no Blogger e enviar para o e-mail da professora: solangestandbyme@gmail.com 



Bactérias

As bactérias, seres unicelulares e procariontes, são consideradas os organismos mais bem-sucedidos do planeta.

As bactérias são organismos unicelulares com tamanho microscópico, medindo cerca de 0,2 a 1,5 μm de comprimento, sendo em média dez vezes menores do que uma célula eucarionte.

Estrutura das bactérias

Normalmente possuem uma rígida parede celular que envolve externamente a membrana plasmática, constituída por uma trama de peptídeos (proteínas) interligados a polissacarídeos (açúcares), formando um complexo denominado de pepdidoglicnas. Essa substância é responsável pela forma, proteção física e osmótica do organismo.

Algumas espécies de bactérias possuem uma cápsula uniforme, espessa e viscosa, atribuindo uma proteção extra contra a penetração de vírus (bacteriófagos), resistência à ofensiva dos glóbulos brancos (fagocitose), além de proporcionar adesão quando conjuntas em colônia.

Mapa Mental - Bactérias


Considerando o aspecto estrutural geral, uma bactéria é basicamente constituída por uma membrana plasmática, que pode sofrer invaginação, formando uma dobra (mesossomo) concentrada em enzimas respiratórias.

Mergulhados no hialoplasma existem: um único filamento de DNA circular com todas as informações (genes) necessárias ao funcionamento biológico bacteriano, vários ribossomos dispersos no hialoplasma, bem como grãos de glicogênio, utilizados como reservatório de nutrientes.

O material genético localiza-se normalmente em uma região chamada de nucleoide, havendo, em alguns casos, moléculas menores de DNA (os plasmídeos), contendo genes que desempenham funções diversas, como a resistência a antibióticos e ação tóxica injetada em bactérias competidoras, induzindo a degradação (morte).

Locomoção das bactérias

locomoção de muitas bactérias ocorre por batimento flagelar, longos filamentos formados por fibrila, um arranjo estrutural diferenciado dos flagelos de eucariotos. Outros anexos como os pelos ou fimbrias também podem auxiliar no deslocamento, intercâmbio (conjugação) de material genético entre bactérias ou até mesmo facilitar a aderência e infecção a um hospedeiro.

Classificação

De acordo com a forma e afinidade colonial das bactérias, elas podem ser classificadas em: cocos, bacilos, espirilo, vibriões, estafilococos, sarcina, estreptobacilos, diplococos ou estreptococos. Para saber mais sobre essa classificação, acesse: Classificação das Bactérias.


As bactérias podem ser classificadas de acordo com a forma e afinidade colonial das bactérias.
As bactérias podem ser classificadas de acordo com a forma e afinidade colonial das bactérias.

Células eucariontes

As células eucariontes apresentam núcleo definido e estão presentes em protozoários, fungos, animais e plantas.


As células eucariontes são aquelas que apresentam um núcleo delimitado por um envoltório nuclear. Nesse tipo celular, o material genético não está espalhado pelo citoplasma, como nas células procariontes, mas, sim, restritos à região do núcleo.


→ Quais são as principais características de uma célula eucarionte?

As células eucariontes são mais complexas do que as células procariontes. Uma das principais características é a presença de um núcleo delimitado por envoltório nuclear, o qual protege as moléculas de DNA existentes nessa região. É no interior do núcleo que ocorre a duplicação do DNA e a síntese de RNA (transcrição).

No interior do citoplasma da célula eucariótica estão mergulhadas diversas organelas membranosas que apresentam as mais diversas funções. Entre as principais organelas encontradas, podemos citar o retículo endoplasmático, o complexo golgiense, os lisossomos, as mitocôndrias, o peroxissomo, centríolos e cloroplastos (ausente em células animais).

A presença de ribossomos, organelas relacionadas com a síntese de proteínas, é observada tanto em eucariontes como em procariontes. Nos eucariontes, no entanto, essa organela apresenta-se livre no citoplasma ou, então, associada ao retículo endoplasmático, formando o retículo endoplasmático rugoso. Os ribossomos dos organismos eucariontes são maiores e mais complexos do que aqueles que ocorrem em procariontes.

Nas células eucariontes, a cadeia respiratória, uma das etapas da respiração celular, ocorre na membrana interna das mitocôndrias. É no processo de respiração celular que a célula consegue obter a energia necessária para as suas atividades.

Existe nas células eucariontes ainda a presença de um citoesqueleto, uma espécie de rede formada por vários filamentos proteicos. Por causa dessa característica, essas células são capazes de realizar endocitose e exocitose, dois processos relacionados com o transporte de substâncias. Na endocitose, a célula capta substâncias do meio extracelular para o intracelular e, na exocitose, ocorre o processo inverso. O citoesqueleto garante a movimentação das vesículas com substâncias em seu interior.

As células eucariontes são capazes de realizar dois importantes processos de divisão celular: a mitose e a meiose. Na mitose, uma célula diploide dá origem a duas células diploides iguais à célula-mãe e, na meiose, uma célula diploide origina quatro células haploides, ou seja, com metade do número de cromossomos da espécie.


→ Quais organismos possuem células eucariontes?

As células eucariontes estão presentes na maioria dos organismos vivos. Todos os fungos, protistas, animais e plantas apresentam esse tipo de organização celular.


→ Quais são as principais diferenças entre uma célula procarionte e uma célula eucarionte?

A principal diferença entre células procariontes e eucariontes é que nessas últimas observa-se a presença de um núcleo delimitado por um envoltório nuclear. Nas células eucariontes, é possível observar ainda a presença de citoesqueleto, organelas celulares membranosas e processos como endocitose, exocitose, mitose e meiose, os quais não ocorrem em células procariontes.


As células eucariontes são mais complexas que as células procariontes
As células eucariontes são mais complexas que as células procariontes

Referência: 

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-eucariontes.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.

Bacteriófagos

Os bacteriófagos são vírus que infectam bactérias para reproduzir-se. Como eles infectam apenas bactérias, podem ser utilizados no tratamento de bacterioses.

Bacteriófagos, também chamados de fagos, são vírus que apresentam a capacidade de infectar bactérias, as quais são utilizadas para o processo de replicação viral. O termo vem do grego e significa “comedor de bactérias”. Assim como todos os outros vírusos bacteriófagos não possuem células e são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que não possuem metabolismo próprio e precisam da célula hospedeira para reproduzir-se.

Os bacteriófagos são encontrados em diferentes locais na natureza e não são responsáveis por causar danos à saúde dos seres humanos. Por parasitarem bactérias, os bacteriófagos atuam nesses locais controlando as populações bacterianas.


→ Características dos bacteriófagos

Grande parte dos bacteriófagos apresenta DNA como material genético, mas existem tipos que apresentam RNA. Os bacteriófagos com DNA apresentam geralmente os seguintes componentes: cabeça, cauda e fibras da cauda. A cabeça é o local onde está o material genético, e a cauda e as fibras da cauda estão relacionadas com a penetração do material genético na célula hospedeira. Os bacteriófagos podem infectar diferentes bactérias, mas existem tipos muito específicos que são capazes de infectar apenas um tipo determinado de bactéria.

Observe as principais partes de um bacteriófago
Observe as principais partes de um bacteriófago


→ Ciclo de infecção dos bacteriófagos

Ao encontrar a célula hospedeira, o bacteriófago liga-se a ela. O vírus injeta seu material genético no interior da bactéria e começa a utilizar suas estruturas a fim de duplicá-lo e produzir novos capsídeos. Utilizando a maquinaria da bactéria, o bacteriófago é capaz de produzir novos vírus.

Os bacteriófagos podem ou não causar a lise (ruptura) da célula hospedeira. Os bacteriófagos que promovem a lise são chamados de líticos, e aqueles que não causam a morte da célula são chamados de temperados ou lisogênicos. Os bacteriófagos temperados fazem com que seu material genético seja incorporado ao genoma da célula e, à medida que a bactéria se divide, transmitem o material viral para seus descendentes. Nesse caso, os vírus assumem um estado de latência. De tempos em tempos, no entanto, o ciclo lisogênico pode ser interrompido e dar início ao ciclo lítico, que causa a liberação de bacteriófagos e a lise da célula.

Alguns tipos de bacteriófagos demoram de 20 a 60 minutos para completar sua multiplicação.


→ Fagoterapia

Os bacteriófagos, além de não causarem danos à nossa saúde, podem ser usados para tratar doenças causadas por bactérias. Essa técnica baseia-se na inserção de bacteriófagos no organismo a fim de que eles encontrem, parasitem as bactérias causadoras da doença e promovam a sua destruição (lise). A vantagem principal da fagoterapia é que os bacteriófagos atuam apenas nas bactérias, replicando-se apenas no interior dessas células.

Curiosidade: Você sabia que os bacteriófagos são provavelmente a forma de vida mais abundante do planeta?



Os bacteriófagos são vírus capazes de infectar bactérias
Os bacteriófagos são vírus capazes de infectar bactérias

Referência:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/bacteriofagos.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


Fagocitose

A fagocitose é um processo em que moléculas sólidas e grandes são capturadas e digeridas pela célula.

Diversas substâncias entram e saem da célula pelos processos de difusão e transporte ativo. Algumas partículas, no entanto, são muito grandes e necessitam de outros processos para que ocorra o transporte do meio extra para o intracelular e vice-versa.

A ingestão celular de partículas é um processo conhecido como endocitose. Esse processo tem por função garantir a nutrição, defesa e a manutenção das atividades celulares. O processo de endocitose divide-se em dois tipos: a fagocitose e a pinocitose. A fagocitose relaciona-se com o englobamento de partículas sólidas e grandes, enquanto a pinocitose relaciona-se com partículas líquidas e pequenas.

A fagocitose é realizada apenas por células que são capazes de movimentar-se, tais como as amebas, macrófagos e neutrófilos. Esse processo consiste no prolongamento citoplasmático com a formação de pseudópodes que englobam a partícula a ser ingerida. Após a captura, ocorre a formação de uma vesícula delimitada pela membrana plasmática da célula e com a partícula livre em seu interior. Essa bolsa recebe o nome de fagossomo.

Depois de formado, o fagossomo funde-se com lisossomos, e enzimas digestivas são lançadas no seu interior. Forma-se nesse momento um vacúolo digestório e inicia-se a digestão da partícula. O que não foi digerido recebe a denominação de corpos residuais e são posteriormente excretados pela célula. O acúmulo de resíduos na célula pode desencadear o envelhecimento dela.


Analise atentamente as etapas da fagocitose.


Resumidamente, podemos dividir a fagocitose em quatro etapas:

→ Adesão = Partículas que serão ingeridas são marcadas por anticorpos.

→ Englobamento = Ocorre a formação dos pseudópodes.

→ Fusão com vesículas ricas em enzimas = Fusão com lisossomos.

→ Degradação = Realização do processo de digestão intracelular.



O englobamento de partículas sólidas e grandes recebe o nome de fagocitose
O englobamento de partículas sólidas e grandes recebe o nome de fagocitose

Referência:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fagocitose.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


Bactérias presentes no corpo humano

As bactérias presentes no corpo humano formam a microbiota, que pode ser residente ou temporária.

Nosso corpo é formado por uma série de células, que formam tecidos e órgãos. Muitas vezes, no entanto, não percebemos que, além de nossas células típicas, outras nos fazem companhia: as bactérias. Isso mesmo! Nosso corpo apresenta uma grande quantidade de bactérias, sendo algumas benéficas e essenciais para o funcionamento adequado do organismo.

Os micro-organismos que crescem em nosso corpo formam a nossa microbiota, também chamada de flora e microflora. Estudos indicam que nossa microbiota é extremamente rica e que exista cerca de um quilo de bactérias no nosso corpo, um valor considerável, uma vez que essas bactérias são seres unicelulares e microscópicos. Alguns autores sugerem ainda que nosso corpo possui dez vezes mais micro-organismos que células humanas.

Nossa microbiota começa a se formar assim que nascemos, no momento do parto, quando recebemos uma grande variedade de bactérias de nossa mãe. À medida que crescemos, o número de bactérias aumenta e, com o tempo, torna-se estável.

→ Tipos de microbiota

A microbiota pode ser classificada em residente e transitória. A microbiota residente é formada por micro-organismos que são encontrados regularmente, em grande quantidade, em uma região anatômica determinada. Já a microbiota transitória é aquela em que micro-organismos estão presentes apenas por um curto período de tempo.

→ Onde essas bactérias estão localizadas?

Diversas partes do nosso corpo possuem bactérias, como o sistema respiratório, a pele, a boca, o estômago e o intestino. No intestino, por exemplo, encontramos bactérias que atuam na modulação do sistema imune, na produção de proteínas e vitaminas, na degradação de certos produtos da dieta e na proteção do intestino de outras bactérias que possam causar infecções graves, como aquelas desencadeadas por Clostridium difficile. Como exemplo de bactérias que vivem no intestino, podemos citar os Lactobacillus Lactococcus.

Outro exemplo que pode ser citado são as bactérias encontradas na pele, que impedem que outras bactérias estabeleçam-se. Entretanto, apesar de essas bactérias serem benéficas, podem contaminar o ser humano caso ocorra alguma lesão e nosso sistema imunológico esteja comprometido. Como exemplo de bactérias que vivem na pele, podemos citar as do gênero Staphylococcus, Streptococcus Propionibacterium.

A boca também abriga bactérias importantes. Estima-se que existam mais de 500 espécies de bactérias vivendo em nossa mucosa bucal para evitar a proliferação de novas bactérias e fungos. Entre as bactérias que vivem na boca, podemos citar: Staphylococcus, Propionibacterium Streptococcus.


Existem bactérias em nosso corpo que atuam de forma benéfica
Existem bactérias em nosso corpo que atuam de forma benéfica

Referência:
https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/bacterias-presentes-no-corpo-humano.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


Resistência das bactérias aos antibióticos

Os antibióticos são compostos químicos de origem natural ou sintética (medicamentos), que atuam na falência de agentes patogênicos ao ser humano, ou também resultando na inibição do desenvolvimento dos mesmos, agindo seletivamente na população de micro-organismos, como por exemplo, das bactérias.

Contudo, algumas espécies podem manifestar resistência aos antimicrobianos, ocorrendo normalmente através de mutações que proporcionam a síntese de enzimas capazes de conferir a inativação de tais substâncias.

Essa tolerância, com princípio genético, se estabiliza a medida com que as alterações gênicas vão surgindo em benefício à sobrevivência e manutenção de uma linhagem bacteriana.

Nas bactérias, os genes que conferem resistência aos antibióticos encontram-se geralmente em pequenos filamentos de DNA extracromossômico (os plasmídeos), transferidos de um organismo ao outro (mesmo de espécies diferentes), durante a conjugação.

De geração em geração, essa característica é então repassada, proporcionalmente aumentando o número de bactérias que a possui, e reduzindo a concentração dos organismos não portadores desse incremento adaptativo.

Quando um processo infeccioso acomete o ser humano, e este faz uso de antibióticos, o potencial medicamentoso age sobre a parede celular do agente etiológico (das bactérias), eliminando as formas sensíveis (não resistentes).

Erroneamente dizemos que após um tratamento ineficaz, o processo infeccioso ainda persiste ou mesmo se intensifica. Isso ocorre por diversos fatores, na maioria dos casos por inobservância do indivíduo medicado quanto à periodicidade da prescrição, automedicação, ou muito raramente por prescrição indevida.

As bactérias nesse caso ficam parcialmente submetidas à eficácia do antibiótico, ou seu efeito em situações de uso correto apenas age sobre as bactérias não resistentes, persistindo as resistentes (selecionadas pela existência de um genótipo favorável) permanecendo a infecção.


Ação de antibióticos sobre as bactérias
Ação de antibióticos sobre as bactérias

Referência:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/resistencia-das-bacterias-aos-antibioticos.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


Classificação das bactérias

Existem várias formas de classificação das bactérias, destacando-se a classificação pela morfologia e pelas características da parede celular.

As bactérias são organismos procariontes agrupados, de acordo com a classificação de cinco reinos, no Reino Monera. Quando analisamos a classificação em três domínios, as bactérias pertencem ao domínio Eubactéria e Archea, sendo esse último composto por bactérias que vivem em ambientes extremos, com alta concentração de sal, ácidos e temperatura.

 

Principais formas de classificação das bactérias

As bactérias são organismos bastante simples que podem ser agrupados de diferentes formas. Analisando a forma e o arranjo das bactérias, temos as seguintes classificações:

 → Cocos: Bactérias com formato esférico ou oval. Exemplo: Staphylococcus e Streptococcu.

  • DiplococosDuas bactérias em formato de cocos unidas;
  • Tétrades: Quatro cocos agrupados;
  • Sarcina: Oito cocos unidos formando uma estrutura semelhante a um cubo;
  • Estreptococos: Cocos unidos como uma cadeia (veja figura do início deste texto);
  • Estafilococos: Cocos agrupados como um cacho de uvas.

 

 → Bacilos: Bactérias com formato cilíndrico ou em forma de bastão, que pode ser curto ou longo. Exemplo: Escherichia, Bacillus Clostridium.

  • DiplobacilosBacilos dispostos aos pares;
  • EstreptobacilosBacilos unidos formando uma cadeia.

 

→ Espiraladas: Bactérias com formato espiral. Exemplo: Vibrio cholerae e Leptospira.

  • EspirilosBactérias em forma de espiral que apresentam corpo rígido e locomovem-se com a ajuda de flagelos;
  • EspiroquetasBactérias em espiral que são mais flexíveis e locomovem-se por contrações citoplasmáticas;
  • VibriõesBactérias que apresentam corpo semelhante a uma vírgula.

 

Observe os diferentes formatos e arranjos das bactérias.
Observe os diferentes formatos e arranjos das bactérias.


Existem ainda bactérias que se apresentam como um bacilo extremamente pequeno. Elas são consideradas uma forma de transição entre cocos e bacilos e recebem a denominação de cocobacilo.

Além da classificação a partir da morfologia das bactérias, esses organismos podem ser classificados ainda em micoplasmas, gram-positivas e gram-negativas. Essa forma de classificação analisa a estrutura da parede celular das bactérias.

Recebem a denominação de micoplasmas aquelas bactérias que não possuem parede celular. As bactérias gram-positivas destacam-se pelas várias camadas de peptidoglicano em sua parede. Já a parede da bactéria gram-negativa é mais complexa e apresenta uma camada mais estreita de peptidoglicano, mas com uma membrana externa de lipopolissacarídeo e outras macromoléculas complexas. 

Coloração de Gram para diferenciar bactérias gram-positivas e gram-negativas

Para identificar se uma bactéria é gram-positiva ou gram-negativa, utiliza-se uma técnica conhecida como coloração de Gram. Nessa técnica, inicialmente, utiliza-se o corante violeta de cristal, submete-se a bactéria a uma solução de iodo, que aumenta a afinidade do corante com a célula, e, posteriormente, utiliza-se um solvente. As bactérias gram-negativas, após serem submetidas ao solventes, descoloram-se, mas isso não ocorre com a gram-positiva. Após descoloração, as bactérias são submetidas à fucsina ou safranina.

As bactérias gram-positivas, ao final do procedimento, ficam coradas de roxo em virtude da atuação do violeta de cristal. As gram-negativas, por sua vez, ficam coradas de vermelho por causa da fucsina. Essa coloração é uma forma importante para diferenciar bactérias e garantir a escolha adequada de um antibiótico em casos de doenças, por exemplo.

 


Observe as bactérias em formato de cocos
Observe as bactérias em formato de cocos

Referência:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/classificacao-das-bacterias.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


Doenças causadas por bactérias

Existem várias doenças causadas por bactérias, tais como tétano, sífilis e meningites. Elas geram sintomas variados e normalmente são tratadas com antibióticos.

As doenças causadas por bactérias são relativamente comuns e podem até mesmo causar a morte se não forem adequadamente tratadas. Estima-se que as bactérias causem cerca de metade de todas as doenças humanas. A seguir vamos conhecer um pouco a respeito das doenças bacterianas, seus sintomas, tratamentos e modos de prevenção.

→ Lista de doenças causadas por bactérias

Veja a seguir 10 doenças causadas por bactérias:

 

  • Botulismo: causado pela bactéria Clostridium botulinum.

  • Cólera: causada pela bactéria Vibrio cholerae.

  • Febre maculosa: é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii.

  • Gonorreia: doença sexualmente transmissível causada pela Neisseria gonorrhoeae.

  • Hanseníasecausada pelo Mycobacterium leprae.

  • Leptospirose: causada pela bactéria Leptospira interrogans.

  • Pneumonia bacteriana: um dos agentes etiológicos da pneumonia bacteriana é a Streptococcus pneumoniae.

  • SífilisO agente etiológico da sífilis é a bactéria Treponema pallidum.

  • TétanoClostridium tetani é o agente etiológico do tétano.

  • TuberculoseA bactéria causadora da tuberculose é o Mycobacterium tuberculosis.


*Agente etiológico é nome dado ao agente causador de uma doença.

    Algumas bactérias afetam o intestino humano, causando diarreia.
    Algumas bactérias afetam o intestino humano, causando diarreia.

    → Bactérias causadoras de doenças

    As bactérias são organismos formados por uma única célula (unicelulares), que se caracteriza pela ausência de um núcleo definido (procariontes). A organização celular desses seres é bastante simples, não sendo observadas organelas membranosas. As bactérias podem ser encontradas de forma isolada ou formando colônias.

    As bactérias são encontradas em vários ambientes, tais como água, solo e até nos seres vivos. São muito úteis para os seres humanos, apresentando importância ecológica, industrial e até mesmo médica. Entretanto, muitas também causam doenças.

    Geralmente, as bactérias causam doenças por meio da produção de toxinas, as quais podem ser endotoxinas ou exotoxinas.

    • Endotoxinas: estão localizadas na membrana externa de algumas bactérias. Essas bactérias liberam as endotoxinas apenas quando morrem e suas paredes celulares são desfeitas. Como exemplo de bactérias que possuem esse tipo de toxina, podemos citar a Salmonella typhi, responsável por causar a febre tifoide.

    • Exotoxinas: são produzidas e secretadas pelas bactérias. Um exemplo de bactéria que produz esse tipo de toxina é a Vibrio cholerae, responsável por causar a cólera.

    → Sintomas de doenças causadas por bactérias

    Os sintomas das doenças bacterianas são variados e dependem da bactéria causadora da doença. A seguir vamos mostrar alguns sintomas comuns em doenças bacterianas e também com qual doença o sintoma está relacionado.

    O sintoma de uma bacteriose depende da bactéria causadora.
    O sintoma de uma bacteriose depende da bactéria causadora.


    • Febre: um sintoma comum em diversas doenças, não só nas bacterianas. São exemplos de doenças bacterianas que causam febre: febre maculosa, tuberculose e coqueluche.

    • Tosse: algumas doenças bacterianas causam tosse, como é o caso da coqueluche, tuberculose e pneumonia.

    • Diarreia: são exemplos de doenças bacterianas que podem causar diarreia a cólera e a disenteria. Nesse ponto, é importante destacar que cerca de 2 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças diarreicas causadas por bactérias.

    • Vômitos: podem ser desencadeados por várias doenças bacterianas, como a cólera e a disenteria.

    • Espasmos musculares: o tétano é uma doença que pode causar fortes espasmos musculares.

    • Lesões na pele com alteração da sensibilidade: a hanseníase é uma doença bacteriana que causa diminuição da sensibilidade.

    • Ardência ao urinar: infeções urinárias podem desencadear ardência ao urinar. Além disso, a gonorreia é também responsável por causar esse sintoma.

    → Tratamento de doenças causadas por bactérias

    Grande parte das doenças bacterianas é tratada com uso de antibióticos, substâncias que atuam matando ou impedindo que as bactérias multipliquem-se. Apesar de o surgimento dos antibióticos ter mudado o rumo da medicina e salvado muitas vidas, se não usados corretamente, esses medicamentos podem ser responsáveis pela seleção de bactérias resistentes.

    O maio problema está no fato de que muitas pessoas interrompem o tratamento quando se sentem melhores, não utilizando o antibiótico por tempo suficiente. Inicialmente o antibiótico mata as bactérias mais frágeis e, com o tempo de uso, consegue eliminar as mais resistentes. Se o antibiótico é interrompido, as bactérias resistentes multiplicam-se e causam o retorno dos sintomas.

    O uso inadequado de antibióticos pode causar seleção de bactérias resistentes.
    O uso inadequado de antibióticos pode causar seleção de bactérias resistentes.


    Para evitar esse problema, é fundamental utilizar antibióticos apenas com recomendação médica e obedecer aos horários e ao tempo de tratamento. Além disso, é fundamental acondicionar o antibiótico em local adequado e não fazer uso do medicamento fora do prazo de validade.


    → Prevenção de doenças causadas por bactérias

    As doenças bacterianas podem ser adquiridas de diferentes formas. Algumas patologias são transmitidas por bactérias presentes na água; outras, por bactérias presentes nos alimentos, no ar e até mesmo por meio de relação sexual. Temos ainda aquelas transmitidas por outros organismos, como pulgas e carrapatos.

    Diante de tantas formas de transmissão, várias atitudes devem ser tomadas para evitar a contaminação por bactérias patogênicas. São formas de prevenção:

    • Beber água somente filtrada e tratada;

    • Lavar sempre bem os alimentos;

    • Lavar sempre as mãos;

    • Utilizar camisinha em todas as relações sexuais;

    • Tratar os doentes;

    • Vacinar-se.



    Referência:

    https://brasilescola.uol.com.br/biologia/resistencia-das-bacterias-aos-antibioticos.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.



    Importância das bactérias para a manutenção da vida

    Quando se fala em bactérias geralmente nos lembramos de doenças, já que alguns desses organismos são capazes de causá-las, sendo a penicilina, inclusive, considerada uma das maiores descobertas da área médica por combater muitas dessas doenças.

    Entretanto, esses seres procariontes foram e são essenciais para a manutenção da vida em nosso planeta, a começar pelo próprio fato de terem sido os primeiros organismos a aparecer na superfície terrestre, há cerca de 4,6 bilhões de anos. Disponibilizando oxigênio na atmosfera e reduzindo as concentrações de CO2, permitiram a colonização de novos organismos. Além disso, mitocôndrias e cloroplastos são derivados de bactérias endossimbiontes, ou seja: sem as bactérias, não existiriam células eucariontes e, tampouco, células vegetais.

    Bactérias decompositoras e saprófitas, juntamente com os fungos, são responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica oriunda de organismos mortos e resíduos, como fezes e urina, transformando-a em moléculas de composição mais simples: papel essencial para que os ciclos do nitrogênio e oxigênio sejam desempenhados.

    Quanto ao primeiro ciclo citado, bactérias do gênero Rhizobium, presentes em raízes de leguminosas, transformam o nitrogênio atmosférico em nutrientes, como nitritos e nitratos, para assimilação destes pelas plantas. Animais herbívoros, ao se alimentarem destas; e carnívoros, ao se alimentarem destes ou de outros carnívoros; também incorporarão tais substâncias ao longo da cadeia alimentar.

    Outra associação mutualística se refere à presença de determinadas espécies no sistema digestório de animais ruminantes e de seres humanos (Methanobacterium smithiiEscherichia coliLactobacillus acidophillus, e as do gênero Pseudomonas, Acinetobacter e Moraxella). Lá, auxiliam na quebra de determinadas substâncias, como a celulose; produção de vitaminas como a D, K e B12; e, ainda, evitam a proliferação de patógenos. Na pele, contribuem na degradação de células mortas e eliminação de resíduos.

    Cianobactérias, ainda, podem se associar a fungos, formando liquens. Estes, além de bioindicadores da qualidade ambiental, criam condições para que novas espécies colonizem determinados ambientes, podem fixar nitrogênio e, ainda, serem utilizados na fabricação de corantes.


    Rhizobium nas raízes de uma leguminosa

    Rhizobium nas raízes de uma leguminosa


    Referência:

    https://brasilescola.uol.com.br/biologia/importancia-bacterias.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.



    Bactérias na medicina, meio ambiente e alimentação

    Provavelmente você já ouviu falar no uso do botox, correto?

    O Botox® é o nome comercial dado à toxina botulítica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Tal substância é capaz de reduzir ou eliminar as contrações musculares e, por tal motivo, pode ser utilizada no tratamento de blefaroespasmos, estrabismos e distonias cervicais, ou mesmo para prevenir rugas e marcas de expressão.

    Bactérias também podem ser empregadas na produção de drogas terapêuticas, como antibióticos (Tirotricina, Bacitracina, Rifamicina, Neomicina, dentre outros), vitaminas, hormônio de crescimento e insulina; e na fabricação de determinadas enzimas e de alcoóis, como o metanol e etanol.

    Principalmente devido aos impactos causados pelas atividades humanas, estes procariontes vêm sendo, também, bastante considerados no que se diz respeito à qualidade ambiental.

    Na agricultura, por exemplo, está sendo comum a substituição de herbicidas por espécies que exercem papel de controladores biológicos, como a Bacillus thuringiensis, cujos cristais proteicos que libera são capazes de controlar populações de larvas, lagartas, brocas, moscas, mosquitos e cascudos. Alguns exemplares, ainda, são capazes de atuar em processos de degradação não só de resíduos orgânicos, mas também de herbicidas, pesticidas, óleo, PCB, DDT, plásticos, detergentes, mercúrio, nitritos, selênio, arsênico e urânio: grandes poluidores ambientais.

    As bactérias também são importantes na nossa alimentação. Espécies como a Streptococcus thermophilus, S. lactis e S. cremorisLactobacilos bulgaricus, L. casei, L. acidophillusL. yogurtii; e algumas dos gêneros Acetobacter, Corynebacterium e Acetobacter; são as responsáveis pela existência do vinagre, ácido glutâmico, chucrute, chocolate, pão, vinho, bebidas fermentadas, molho de soja e de determinados laticínios.

    Diante dessas informações, você consegue imaginar o nosso dia a dia sem as bactérias?
     


    Lactobacilos são requeridos para a fabricação de iogurtes
    Lactobacilos são requeridos para a fabricação de iogurtes
    Referência:

    https://brasilescola.uol.com.br/biologia/importancia-bacterias-2.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


    O perigo das superbactérias

    As superbactérias são capazes de resistir a uma grande quantidade de antibióticos, dificultando o tratamento e colocando em perigo a vida de pacientes em ambiente hospitalar.

    Um novo problema que coloca em risco a saúde da população mundial é o surgimento das chamadas superbactérias. Essas bactérias apresentam uma elevada capacidade de resistência aos antibióticos tradicionalmente usados para tratamento dessas infecções. Elas possuem a impressionante capacidade de inativar esses medicamentos.

    As superbactérias normalmente são encontradas em ambiente hospitalar, aumentando os riscos das chamadas infecções hospitalares. A transmissão pode ocorrer de um paciente para outro através dos profissionais e equipamentos do hospital, sendo essencial, portanto, um isolamento desses pacientes e o treinamento dos funcionários.

    Dentre as bactérias que mais apresentam casos de resistência, destaca-se a Staphylococcus aureus. MRSA é uma variante dessa bactéria que apresenta resistência ao antibiótico chamado de meticilina. Ela é considerada a mais disseminada em todo o mundo e geralmente é encontrada em UTI (Unidades de Terapia Intensiva). Esse fato representa um grave problema, uma vez que os pacientes nessas unidades apresentam-se bastante debilitados, dificultando ainda mais o tratamento.

    Algumas linhagens de MRSA, distintas das linhagens hospitalares, foram detectadas fora do ambiente hospitalar. Esse fator é extremamente preocupante, pois a contaminação por bactérias resistentes à meticilina pode ocorrer na comunidade e envolver indivíduos saudáveis. Além disso, alguns estudos revelaram que algumas linhagens comunitárias passaram a apresentar resistência também a outras drogas.

    Em abril de 2014, um estudo publicado no The New England Journal of Medicine alertou para uma nova superbactéria do tipo VRSA (Vancomycin Resistent Staphylococcus aureus), que ficou conhecida por BR-VRSA. 

    Ela foi identificada em um paciente que estava internado no Hospital das Clínicas de São Paulo em 2012. A bactéria chama a atenção, pois, além de ser resistente à grande parte dos antibióticos, apresenta um genoma diferente das já identificadas. Seu material genético é herdado de bactérias encontradas fora do ambiente hospitalar, o que pode gerar um grave problema de saúde pública.

    Outra superbactéria bastante conhecida é a KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemases), que possui uma enzima que torna ineficazes os antibióticos que possuem o anel betalactâmico, além de outros tipos. Geralmente, estabelece-se em pacientes que apresentam doenças graves e que estão com as defesas diminuídas, sendo causa de significativa mortalidade. Em 2010, essas bactérias foram responsáveis por um surto grave em nosso país.

    MDR-TB (Multi Drug Resistant Tuberculosis) é uma variável da Mycobacterium tuberculosis bastante resistente aos antibióticos usados no tratamento da tuberculose. Essa superbactéria, assim como as outras descritas, se não tratada precocemente e adequadamente, pode ser letal. A Organização Mundial de Saúde reconheceu essa bactéria como um grande problema de saúde pública e afirmou que o surgimento dessas bactérias resistentes é ocasionado pelo tratamento inadequado da tuberculose.

    Por serem extremamente difíceis de tratar, o ideal é prevenir esse tipo de infecção. Para que o surto de superbactérias diminua, é fundamental que a comercialização e o uso de antibióticos sejam controlados. A venda sem prescrição médica e a recomendação inadequada desses medicamentos são fortes aliadas no surgimento dessas bactérias resistentes. Além dessas medidas, é fundamental que se adotem programas cada vez mais eficazes de controle de infecções dentro dos hospitais, através do isolamento de pacientes e medidas de higiene.



    A bactéria Staphylococcus aureus apresenta várias linhagens resistentes a medicamentos
    A bactéria Staphylococcus aureus apresenta várias linhagens resistentes a medicamentos

    Referência:
    https://brasilescola.uol.com.br/biologia/o-perigo-das-superbacterias.htm. Acesso em 25 de novembro de 2020.


    Exercícios de Fixação

    1- As bactérias são seres vivos que na maioria das vezes são associados a doenças e decomposição da matéria orgânica, como de alimentos. Entretanto, sabemos que elas também são úteis aos seres humanos. A respeito da estrutura desses seres, marque a alternativa que NÃO indica uma característica presente em bactérias.

    a) Podem ser autotróficas e heterotróficas.
    b) Possuem DNA circular.
    c) Apresentam parede celular.
    d) São procariontes.
    e) Não possuem membrana plasmática.


    2- Sabemos que as bactérias possuem uma grande variedade de formas e modos de vida, sendo que algumas vivem solitárias e outras formam colônias. Podemos classificar as bactérias de acordo com seu formato e agrupamento. Marque a alternativa que contém apenas formas de bactérias.

    a) Cocos, espirilos e bacilos.
    b) Cocos, vibriões e bacteriófagos.
    c) Bacilos, cocos e flagelados.
    d) Flagelados, ciliados e sarcodíneos.
    e) Espirilos, radiolários e bacilos.


    3- Sabemos que, além do DNA cromossômico, a bactéria possui plasmídeos. Marque a alternativa que indica corretamente o que é um plasmídeo.

    a) Grandes moléculas de DNA ligadas às proteínas histonas.
    b) DNA presente no interior do núcleo.
    c) DNA encontrado nos cromossomos essencial para a vida da bactéria.
    d) Pequenas moléculas de DNA circular.


    4- (Fuvest-SP) A bactéria não possui:

    a) Membrana plasmática.
    b) Ribossomo.
    c) Parede celular.
    d) DNA.
    e) Carioteca.


    5- (Fatec-SP) Um organismo unicelular, sem núcleo diferenciado, causador de infecção em ratos, provavelmente será:

    a) uma bactéria.
    b) uma alga.
    c) um vírus.
    d) um fungo.
    e) um protozoário.



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