quarta-feira, 6 de maio de 2020

Sociologia 2°Anos/todos (ADRIANO) Novo!! 07/05/2020


Componente Curricular Sociologia
CMSP – Aula 06/05/2020




Tema: Diversidade nacional

Objetivos Gerais:
  •       I.    Buscar entender o que é diversidade.
  •     II.        A que campo de pesquisa pertence o estudo da diversidade.
  •    III.        Método de pesquisa como objeto de análise (Quantitativo x Qualitativo).
  •   IV.        Apuração e observação de dados coletados (Pesquisa de campo).
  •     V.        Interpretação de dados.


DIVERSIDADE E DIFERENÇA

As temáticas diversidade e diferença não são novas. No entanto, ganharam atualidade e visibilidade nas duas últimas décadas do século XX e início do XXI, com o crescente acirramento das lutas identitárias, culturais, étnicas e raciais, bem como das políticas afirmativas no Brasil e no mundo. (LIMA, 2010, n/p). Concepções de gênero, etnia e situação socioeconômica têm sido discutidas como se fossem naturais na sociedade, sem que sejam problematizadas numa perspectiva histórica. Em muitos estudos os conflitos são ignorados, sem que se tente compreendê-los como fazendo parte do caminho para a solução de possíveis problemas. (Abramowicz, Levcovitz e Rodrigues, 2009, p. 182,183)
A diversidade e a diferença são concepções amplamente discutidas na modernidade, mas cujo significado ganha diferentes versões de acordo com os sentidos que se quer atribuir a elas. São conceitos que mudam a partir do contexto e dos interesses sociais, políticos e históricos do momento. A sociedade adota, historicamente, “tipos ideais” de ser humano com parâmetros físicos, psicológicos e de atitude a serem seguidos e exercitados.
Fonte: Trechos retirados do artigo (SILVA, Lacouth Motta. “DIVERSIDADE E DIFERENÇA: UM DESAFIO NA EDUCAÇÃO INFANTIL”, USP).

ALÉM DA DIVERSIDADE

De forma geral, a diversidade além de retratar a “variedade genética” dentro das espécies/populações apresenta-se como uma das características essenciais da própria natureza, pois possibilita diretamente o equilíbrio dos ecossistemas. A categoria denominada seres humanos, do ponto de vista biológico, apenas representa mais uma das espécies animais do planeta, cuja semelhança entre humanos é tão imensa, que não poderia sequer dividi-las em raças” (Cardoso, 2011).
A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência. As características físicas, sob o ponto de vista cultural e social, são consideradas como diferenciais (a exemplo de cor da pele, cabelo, texturas, formas, etc.) não apresentam praticamente nenhuma importância genética. Assim, com a mesma importância pela qual se deve tratar a preservação da biodiversidade para a manutenção do equilíbrio da natureza, faz-se necessário também a valorização da diversidade humana diante da saúde e riqueza da sociedade moderna. Compreender, e acima de tudo respeitar a diversidade humana são fatores iniciais e essenciais para resguardar os direitos humanos, tanto àqueles que se encontram destinados ao cumprimento de penas privativas de liberdade, quanto daqueles que devem desempenhar as devidas atribuições para sua realização.

Fonte: Trechos retirados do artigo (Campanha Educativa: Diversidade Humana. Governo do Estado de São Paulo), link: http://www.eap.sp.gov.br/cecad/pdf/Compendio_Diversidade_Humana_Outubro.pdf


QUAIS SÃO AS CIÊNCIAS RESPONSÁVEIS POR ESTUDAR, ANALISAR E PROBLEMATIZAR OS CONCEITOS DE DIVERSIDADE E DIFERENÇA?

1.     A História através da historiografia (Escrita da história), da qual já conhecemos, pois se faz presente em nossos estudos cotidianos. Busca entender através de fontes documentais/orais, como surgiu a diversidade, qual período histórico, quem eram seus atores, em que espaço (região), etc.
2.     A Sociologia, através de pesquisas macroestruturas inerentes à organização da sociedade, como raça ou etnicidade, classe e gênero, além de instituições como a família; processos sociais que representam divergência, ou desarranjos, nestas estruturas, inclusive crime e divórcio; e microprocessos como relações interpessoais.
3.     E a Antropologia que é um ramo das ciências sociais que estuda o ser humano e a sua origem de maneira abrangente. Por meio de estudos sobre as características físicas, a cultura, a linguagem e as construções do ser humano. Busca determinar, com base em grupos sociais específicos, como se formaram os seres humanos a ponto de tornarem-se o que são em suas comunidades.

PESQUISAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS

Surgida inicialmente no selo da Antropologia e da Sociologia, estes tipos de pesquisas ganharam espaço em áreas como a Psicologia, a Educação, e a Administração de Empresas.
Pesquisa Qualitativa: - Enquanto os estudos quantitativos geralmente procuram seguir com rigor, um plano previsível estabelecido a pesquisa qualitativa costuma ser direcionada ao longo de seu desenvolvimento, além disso não busca enumerar ou medir eventos e geralmente não emprega instrumento estatístico de dados. Nas pesquisas qualitativas, é frequente que o pesquisador procure entender os fenômenos segundo a perspectiva do participante, e assim busca interpretar estes fenômenos. Embora essa abordagem proporcione uma compreensão mais detalhada das perguntas da pesquisa, ela dificulta a análise dos resultados.

Características:

A)    Característica descritiva;
B)    Não abrange um número grande de entrevistados;
C)    Enfoque indutivo;
D)    Não gera dados estatísticos;
E)    Não busca apenas medir um tema, mas descreve-lo.

Pesquisa Quantitativa: - Dados quantitativos visam coletar fatos concretos: números. São estruturados e estatísticos, eles formam a base para tirar conclusões gerais da sua pesquisa. Utiliza diferentes técnicas estatísticas para quantificar opiniões e informações para um determinado estudo. Ela é realizada para compreender e enfatizar o raciocínio lógico e todas as informações que se possam mensurar sobre as experiências humanas.
Neste tipo de pesquisa, os meios de coleta de dados são estruturados através de questionários de múltipla escolha, entrevistas individuais e outros recursos que tenham perguntas claras e objetivas. E estes devem ser aplicados com rigor para que se obtenha a confiabilidade necessária para os resultados.

Características:

A)   Tem como objetivo medir (mensurar através de dados numéricos) algo;
B)   Não há espaço para ambiguidades;
C)   Análise de respostas objetivas (dados numéricos, por exemplo);
D)   Uso de questionários de múltipla escolha, entrevistas individuais;

EXEMPLO DE PESQUISA QUANTITATIVA

As pesquisas de intenção de voto (comuns durante o período eleitoral) e alguns dos estudos censitários feitos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ou IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) são exemplos de pesquisas quantitativas.

Fonte:
IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e Estatística). Link https://www.ibge.gov.br/
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Link https://www.ipea.gov.br/
NEVES, Jose Luís. “Pesquisa qualitativa. Características, usos e possibilidades”. FEA-USP. São Paulo, v1, n°3, 2°SEM./1996.

Analisemos o gráfico:

Fonte: IBGE (Estatística sociais da população – Tabua completa de mortalidade. 2018).


ATLAS DA VIOLÊNCIA 2019 POR MUNICÍPIOS (IPEA) 
TAXA DE HOMICÍDIOS NAS CAPITAIS  EM 2017



O Atlas da Violência 2019 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra as taxas de homicídios em cada um dos 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Embora tenha sido divulgado em 2019, a taxa de assassinatos foi calculada com dados de 2017.


Ø  Podemos, portanto, observar que:

v  Através da pesquisa efetuada pelo IGBE, podemos analisar quantidade e expectativa de mortalidade/vida dos jovens brasileiro em idade de 15 a 18 anos em âmbito nacional;
v  Quanto maior a idade, menor a probabilidade de atingir a média de 60 anos;
v  Observe que os óbitos quase dobram entre a faixa de 15 anos em comparativo com a faixa de 18 anos.;
v  Quando observado o mapa do IPEA percebemos a escalada da violência no Nordeste;
v  A tendencia a diminuição da violência na Região Centro-Oeste;
v  Comparado com os dos do IBGE, pode de se verificar que a uma tendência maior de violência em escala crescente de pessoas de 0-20 anos nas regiões Norte e Sudeste;





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