segunda-feira, 31 de agosto de 2020

SOCIOLOGIA - ADRIANO ATIVIDADE II 3°BIMESTRE

Sociologia: 3° Bimestre (ATIVIDADE II)

Orientações:

1.    Efetuar a leitura do texto;
2.    Executar as atividades conforme orientação do professor;
3.    Encaminhar as atividades através do email: adrlaurentino@gmail.com
4.    Data de entrega: 04/09/2020



RACISMO ESTRUTURAL: A BANALIZAÇÃO DA EXPRESSÃO NAS REDES SOCIAIS

   Por: Ricardo Corrêa, enviado para o portal Geledés


Os debates nas redes sociais sobre política, esportes, músicas, reality shows, entre outros assuntos, têm sido bastante calorosos e um campo abundante para o envolvimento das questões raciais. Em partes é muito interessante, já que nos deparamos com inúmeros pontos de vista que podem ajudar a formar nossas próprias opiniões. 
Nesses últimos tempos, o racismo tem ganhado maior dimensão, escancarando a influência no modo de vida social. Por exemplo, a visibilidade das ocorrências de manifestações racistas nos estádios de futebol. Na música e no cinema observamos artistas negros sendo objetificados e hipersexualizados. Em programas de TV, estigmas e estereótipos continuam nos atingindo. Nos espaços de poder, a ausência de pessoas negras segue demonstrando a farsa da “democracia racial”. Portanto, existem diversas questões que demandam de reflexões profundas para combater a normalização e reprodução das práticas racistas. No entanto, percebemos a banalização da expressão racismo estrutural em vários contextos. Qualquer notícia de casos de ofensa a uma pessoa negra, ou comentário racista dentro de um reality show, é o suficiente para essa expressão ser colocada em exaustão.
Não tenho dúvidas sobre a importância de discutirmos o racismo como elemento estrutural e estruturante na sociedade. Se não fosse a sua existência não teríamos milhares de pessoas negras sobrevivendo na marginalização e com chances mínimas de superação. Mas o racismo estrutural carrega demasiada complexidade para ser aplicado de maneira simplificada. A cientista política Iris Marion Young elaborou uma metáfora bastante didática acerca dessa expressão: 

“Se alguém pensa em racismo examinando apenas um fio da gaiola ou apenas uma forma de desvantagem, é difícil entender como e por que o pássaro está preso.  Somente um grande número de fios dispostos de uma maneira específica e conectados um ao outro serve para envolver o pássaro e garantir que ele não possa escapar”.

Dessa metáfora, entendemos que o racismo estrutural contempla diversos mecanismos interligados, um arcabouço de obstáculos que mantém as cidadanias mutiladas, como diria o professor Milton Santos. Nesse sentido, a superação de qualquer um desses mecanismos não possibilita resolver a totalidade do problema racial. Devido a essa dimensão, a aplicação da expressão não pode ser resumida na ordem individual ou moral. O jurista e filósofo, Silvio Almeida, esclarece:

“Quando a gente fala de racismo estrutural, o adjetivo estrutural indica não ser apenas o resultado de atos voluntários, que se limitam ao plano individual. Ele é, na verdade, um processo. A gente só consegue entender como a raça configura as relações de poder em nível institucional e político se entendermos a força que o racismo tem na nossa vida”. 

Diante desses ângulos, devemos atuar com responsabilidade nos debates públicos, escaparmos do senso comum e ampliarmos o espectro na análise do problema. Não podemos sintetizar as análises jogando conceitos como se a raiz do problema estivesse evidente. Isso dificulta qualquer construção estratégica para o encaminhamento do combate ao racismo, seja dentro dos movimentos e organizações, seja por aqueles que de alguma maneira estão enfrentando a opressão racial. De nada adiantará discussões irreflexivas, como se as expressões que leem as nuances dos problemas sociais conseguirão mudar o que está colocado em nossas vidas. A luta contra a opressão racial é um ato político, e, como tal, deve acontecer radicalmente sem ceder ao espetáculo que se tornou as redes sociais.

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS

ALEXANDER, Michelle. A nova segregação: racismo e encarceramento em massa. São Paulo: Boitempo, 2018.
SANTOS, Milton. Cidadanias mutiladas. In: LERNER, Julio (Ed.). O preconceito. São Paulo: IMESP, 1996/1997, p. 133-144.
¹- O racismo estrutural no cotidiano do país, segundo este autor  Disponível em: < https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2019/02/12/O-racismo-estrutural-no-cotidiano-do-pa%C3%ADs-segundo-este-autor>. Acesso em: 22 abr.2020
 
PESQUISA PARA ENTREGAR

Vamos investigar como a população de sua comunidade ou bairro “encara” o preconceito e o racismo. Realize uma entrevista com 5 pessoas (podem ser familiares ou amigos) perguntando o que pensam sobre as reivindicações de alguns grupos étnicos brasileiros (como por exemplo, negros e indígenas). Descreva os resultados da pesquisa e compare com o texto acima.  Finalize descreva sua opinião (mínimo 15 linhas).

 



2ºA (Clayton - Português)



Versos
          Chamamos de versos as linhas que fazem parte de um poema. Elas podem se apresentar somente com uma palavra ou um segmento dela, apresentando ainda um ritmo. Podem ser sílabas longas ou breves, no caso de versos métricos, ou ainda de acordo com o número de sílabas, no caso dos versos silábicos, ou ainda segundo a acentuação, que são os versos rítmicos.
          Para os poetas, as sílabas nada mais são do que a forma de dar ritmo às palavras, e existem formas de fazer a contagem das sílabas. O primeiro passo é contar até a última sílaba tônica do verso. 

Por exemplo:

“ÉS/A/CLA/VE/DO/SOL,/ÉS/A/CHA/VE/DA/SOM/BRA
ÉS/A/POM/BA E O/COR/VO./ÉS/A/CA/PA/NA/FU/FA.”

          É importante observar também os encontros vocálicos, como no caso a seguir:

“À/MI/NHA/CA/BE/CEI/RA O/CRIS/TO/MO/RRE.”

          A partir disso, classificamos os versos de acordo com o número de sílabas que possuem. Com uma sílaba, são monossílabos; com duas sílabas, dissílabos; com três, trissílabos; com quatro, tetrassílabos; com cinco sílabas podem ser chamados de pentassílabos ou ainda redondilha menor; com seis sílabas, são denominados hexassílabos; com sete sílabas são chamados de heptassílabos ou redondilha maior; com oito, octossílabos; com nove, eneassílabos; com dez, decassílabos; com onze sílabas, hendecassílabos; com doze sílabas são dodecassílabos, ou ainda versos alexandrinos; e com mais de doze são denominados versos bárbaros.

Rimas

          As rimas, por sua vez, são justamente compostas pela sucessão de sons, que podem ser fortes ou fracos, e se repetem a partir de intervalos regulares ou variados. São classificadas a partir do valor e da combinação. A partir do valor, podem ser toantes, quando há presença de repetição de sons vocálicos; aliterantes, quando há repetição de sons consonantais; consoantes, quando há repetição de todas as letras e sons; agudas, quando há a rima de palavras oxítonas; esdrúxulas quando são compostas por palavras paroxítonas; ricas, quando compostas por palavras mais raras e de difícil aplicabilidade; e pobres quando são rimas com palavras mais comuns.
          Quanto às combinações, por sua vez, são emparelhadas quando estão de duas em duas (AABB); alternadas quando ocorrem de forma alternada (ABAB); interpoladas quando ocorrem de formas opostas (ABBA); ou ainda mistas, quando há um embaralhamento delas (ABACBACDA).

Estrofes

          As estrofes são conjuntos de versos, que podem ser classificados quanto à quantidade. São monósticos quando há apenas um verso; dísticos quando são dois; tercetos quando são três; quadras, quando são quatro; quintilha, quando são cinco versos; sextilha, quando são seis versos; septilhas, quando são compostos por sete versos; oitavas quando contêm oito versos, nonas quando contêm nove versos e, por fim, décimas quando contêm dez versos.

Referências

Novíssima Gramática da Língua Portuguesa
Por Natália Petrin

LÍNGUA PORTUGUESA 9ºA e 9ºB (31 DE AGOSTO a 04 DE SETEMBRO) - PROFª ELIZABETH


Leia o poema e responda às questões, e envie para o email elizabethaugusto@prof.educacao.sp.gov.br

ÓRION
A primeira namorada, tão alta
Que o beijo não alcançava,
O pescoço não alcançava,
Nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.

Luzia na janela do sobradão.
                                                ANDRADE, Carlos Drummond de.
             Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

QUESTÕES

1)Quantos versos e quantas estrofes tem o poema?

2)Órion é uma constelação de estrelas brilhantes e visíveis. Com base nessa relação, responda:

a) qual a comparação feita no poema?
b) quais os dois sentidos do termo “Luzia”?
c) interprete o seguinte verso “Luzia na janela do sobradão”
d) interprete o verso “Eram quilômetros de silêncio”