terça-feira, 1 de setembro de 2020

6º Anos: A.B.C (Clayton - Português)



COMO É FEITO O CHICLETE?

Primeiro se faz uma mistura de vários tipos de borracha, que é chamada de goma base. Depois são incluídos resinas e óleos vegetais, que amaciam a massa, substâncias minerais, que encorpam a mistura, e açúcar, corantes, aromas e ácidos, que dão o sabor. Em seguida, essa massa é esticada, cortada e são acrescentados um xarope de açúcar e essências que formam a casquinha crocante do chiclete. Aí é só embrulhar.

Recreio, n. 516, p. 5.

A finalidade desse texto é

(A) informar como o chiclete é feito.
(B) descrever as características do chiclete.
(C) enumerar os produtos de que é feito o chiclete.
(D) apresentar os ingredientes do chiclete.

QUESTÃO 13: Leia o texto a seguir.

UM SACO PLÁSTICO COM ÁGUA REALMENTE AFASTA MOSCAS?

Afasta sim. Na verdade, um saco cheio de água funciona como um excelente repelente não apenas para moscas, mas contra qualquer inseto que voe. Isso acontece porque os bichinhos percebem o objeto como se fosse um espelho e mudam a trajetória de seu voo. Ao entrar em um lugar qualquer e topar com o saco cheio de água, a mosca vê sua imagem refletida no líquido. Aí, por instinto ou mesmo por susto, ela para e sai do ambiente. [...]
A comprovação científica desse antigo hábito popular surgiu quando alguns pesquisadores da USP notaram o costume de bares e restaurantes usarem o tal saco d’água para afugentar os insetos. Intrigados, eles decidiram fazer vários testes com a mosca doméstica (Musca domestica) para comprovar se havia ou não fundamento naquela prática. Não deu outra: depois de uma série de medições, os cientistas publicaram trabalhos em revistas acadêmicas especializadas validando a receita do povão, cerca de seis anos atrás.

Mundo estranho, n. 21. Editora Abril.

A questão central tratada no texto é:

(A) cientistas fabricam repelentes com saco plástico.
(B) saco plástico com água afasta moscas.
(C) moscas não gostam de espelhos.
(D) moscas se assustam com sacos plásticos.

QUESTÃO 14: Leia o texto a seguir.

Seu corpo é uma máquina extremamente complexa e regulada com precisão. É necessário um bocado de atenção para que ele funcione sem problemas 24 horas por dia, 365 dias por ano, durante cerca de 70 anos (normalmente) sem parar! Dois terços do corpo são compostos de água. Esta é eliminada (alguns copos por dia) pelo suor e por idas ao banheiro, precisando ser reposta regularmente. Na realidade, é possível sobreviver sem comida por semanas, mas sem água você duraria apenas alguns dias. A água também colabora para que você tenha um aspecto saudável e é extremamente benéfica para o organismo, pois em sua passagem pelo corpo ela carrega todos os venenos (toxinas) consigo, que são eliminados com a água pelo suor e pela urina. Procure beber diversos copos de água por dia.

RUGEN, Samanta. Coisas que toda garota deve saber. São Paulo: Melhoramentos, 2005, p. 8.

Segundo o texto

(A) a água colabora para a pessoa ter uma aparência saudável e para a eliminação de toxinas.
(B) é necessário que a pessoa tome pelo menos 2 litros de água por dia.
(C) o corpo humano é comparado a uma máquina, por isso precisa de água.
(D) é possível sobreviver sem comida, mas não é possível sobreviver sem água.

QUESTÃO 15: Leia o poema a seguir.

IRENE NO CÉU

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

BANDEIRA, Manuel. In: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

No poema, há um verbo que indica ordem. Esse verbo é

(A) precisa.
(B) imagino.
(C) entra.
(D) pedir.

QUESTÃO 16: Leia o poema a seguir.

Lá vai São Francisco
Pelo caminho
Levando ao colo
Jesuscristinho
Fazendo festa
No menininho
Contando histórias
Pros passarinhos.

MORARES, Vinicius de. São Francisco. In: A arca de Noé: poemas infantis. São Paulo: Cia das letras, 1991, p. 14.

As palavras destacadas no poema estão no grau diminutivo. O uso desses diminutivos expressa

(A) uma ideia de desprezo.
(B) uma chateação.
(C) uma ideia de carinho.
(D) a qualidade de ser pequeno.

QUESTÃO 17
: Leia o texto a seguir.

Um homem apaixonado pelo céu andava o tempo todo de rosto para cima, a contemplar as mutáveis configurações das nuvens e o brilho distante das estrelas.
Nesse embevecimento, não viu uma trave contra a qual topou violentamente com a testa. Um amigo zombou da sua distração, dizendo que quem só quer ver estrelas acaba vendo as estrelas que não quer.
Espírito previdente, esse amigo vivia de olhos postos no chão, atento a cada acidente do caminho. Por isso não pôde ter sequer um vislumbre da maravilhosa fulguração do meteoro que um dia lhe esmagou a cabeça.

PAES, José Paulo. Altos e baixos. Socráticas. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 64.

O tipo de sequência predominante no texto lido é

(A) descritiva.
(B) narrativa.
(C) conversacional.
(D) dissertativa.

QUESTÃO 18: Leia o texto a seguir.

Era uma vez três porquinhos que vinham de muito longe à procura de um bonito lugar onde pudessem construir suas casinhas.
- Meu nome é Gomes, sou esperto e brincalhão, faço meus irmãos rirem o tempo de montão.
- Meu nome é Hugo, sou arteiro e guloso, adoro docinhos... hum! Para mim, valem mais que ouro!
- Meu nome é Oto, sou muito corajoso e trabalhador, quando faço alguma coisa, faço sempre com amor.
Chegando num lindo bosque, decidiram que ali era o lugar ideal para construírem suas casas.


Este texto é

(A) jornalístico.
(B) literário.
(C) informativo.
(D) publicitário.

2ºA (Clayton - Português)




Versos, rimas e estrofes (continuação)

          A estrutura de um poema é composta por versos e estrofes, sendo a rima opcional.
          O verso está representado em cada linha separada de um poema. São apresentados como uma ou mais palavras que seguem um tipo de rítmica. Entre os tipos de verso, pode-se destacar quatro: os versos métricos (sílabas breves ou longas); os versos silábicos (segundo o número de sílabas); os versos rítmicos (segundo a acentuação); os versos livres ou irregulares (sem padrão definido).

          É importante observar que as sílabas poéticas são diferentes das sílabas gramaticais, obedecendo, especificamente, a musicalidade do texto, uma vez que os poemas são escritos para serem recitados.
          Entre os poemas de forma fixa, destaca-se o soneto, que possui sempre quatorze versos, como no exemplo a seguir:

          Soneto de Fidelidade (Vinícius de Moraes)

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

          Em relação ao número de sílabas, os versos variam entre os monossílabos (uma sílaba) até os dodecassílabos (doze sílabas). Os versos com mais de doze sílabas, são conhecidos como “versos bárbaros”.
          A estrofe, por sua vez, é o conjunto de versos em um poema. No caso do soneto, exemplificado acima, observam-se dois quartetos (estrofes com quatro versos) e dois tercetos (estrofes com três versos).
Rimas

          No que tange à rima, trata-se do resultado de sons iguais ou semelhantes entre as palavras, tanto no final como no meio dos versos (rima interna). As rimas podem ser classificadas quanto à fonética, ao valor, à acentuação, à posição no verso e na estrofe.
          No primeiro caso (fonética), existem dois tipos:
  • Rima perfeita ou consoante: em que há correspondência total de sons, ex.: cantado/falado.
  • Rima imperfeita: em que há correspondência parcial dos sons. Pode ser: assonante (em que há apenas repetição dos sons vocálicos, ex.: boca/moça) ou aliterante (em que há apenas repetição dos sons consonantais, ex.: faz/fez).
          No segundo caso (valor), existem três tipos:
  • Rima pobre: com palavras pertencentes à mesma classe gramatical, ex.: gato/rato).
  • Rima rica: com palavras pertencentes a classes gramaticais diferentes, ex.: manhã/vã.
  • Rima rara ou preciosa: com terminações incomuns, ex.: mandala/dá-la.
          No terceiro caso (acentuação), existem três tipos:
  • Rima aguda ou masculina: entre palavras oxítonas: coração/intenção.
  • Rima grave ou feminina: entre palavras paroxítonas, ex.: adoro/moro.
  • Rima esdrúxula: entre palavras proparoxítonas: gênero/efêmero.
          No quarto caso (posição no verso), existem dois tipos:
  • Rima externa: ocorre no fim do verso, ex.: “E em louvor hei de espalhar meu canto / E rir meu riso e derramar meu pranto” (Vinícius de Moraes);
  • Rima interna: que ocorre no interior do verso, ex.: “A bela bola do Raul / Bola amarela” (Cecília Meireles).
          No quinto caso (posição na estrofe), existem seis tipos:
  • Rimas alternadas ou cruzadas: combinam-se seguindo o esquema ABAB, ex.: “O meu amor não tem / importância nenhuma. Não tem o peso nem de uma rosa de espuma!” (Cecília Meireles).
  • Rimas emparelhadas ou paralelas: combinam-se de duas em duas, seguindo o esquema AABB, ex.: “Vagueio campos noturnos / Muros soturnos / Paredes de solidão / Sufocam minha canção” (Ferreira Gullar).
  • Rimas interpoladas ou intercaladas: combinam-se em ordem oposta a anterior, com esquema ABBA, ex.: “De tudo, ao meu amor serei atento / Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto / Que mesmo em face do maior encanto / Dele se encante mais meu pensamento” (Vinícius de Moraes).
  • Rimas encadeadas: as palavras se situam no fim de um verso e no meio de outro, ex.: “Salve Bandeira do Brasil querida / Toda tecida de esperança e luz / Pálio sagrado sobre o qual palpita / A alma bendita do país da Cruz” (Francisco de Aquino Correia).
  • Rimas mistas ou misturadas: quando apresentam posições diversas sem seguir necessariamente um padrão, ex.: “Vou-me embora pra Pasárgada / Aqui eu não sou feliz / Lá a existência é uma aventura / De tal modo inconsequente / Que Joana a Louca de Espanha / Rainha e falsa demente / Vem a ser contraparente / Da nora que nunca tive” (Manuel Bandeira).
  • Versos brancos ou soltos: nos quais não há rima, ex.: “Uma palavra caída
    das montanhas dos instantes / desmancha todos os mares /
    e une as terras mais distantes…” (Cecília Meireles).