sexta-feira, 3 de abril de 2020

Rodrigo Lança-Geografia 6° A,B,C, Leia o texto, assista aos videos e responda aos exercícios em seu caderno.

A Geografia, assim como várias outras ciências, utiliza-se de categorias para basear os seus estudos. Trata-se da elaboração e utilização de conceitos básicos que orientem o recorte e a análise de um determinado fenômeno a ser estudado. Por exemplo, um estudo geográfico sobre determinadas disputas geopolíticas pode ser realizado tendo como base o conceito de território, que seria uma categoria a ser utilizada como uma forma de se enxergar o estudo.
Atualmente, além do espaço geográfico – principal objeto de análise da Geografia –, existem quatro principais conceitos que se consolidaram como categorias geográficas: território, região, paisagem e lugar. A seguir, uma breve conceituação:
Paisagem: refere-se às configurações externas do espaço. Por muitas vezes, ela foi definida como “aquilo que a visão alcança”. Porém, essa definição desconsidera as chamadas “paisagens ocultas”, ou seja, aqueles processos e dinâmicas que são visíveis, mas que de alguma forma foram ocultados pela sociedade. Além disso, tal definição também peca por apenas considerar o sentido da visão como preceptora do espaço, cabendo a importância dos demais sentidos, com destaque para a audição e o olfato.
Dessa forma, podemos afirmar, de maneira simples e direta, que o conceito de paisagem refere-se às manifestações e fenômenos espaciais que podem ser apreendidos pelo ser humano através de seus sentidos.
Território: é classicamente definido como sendo um espaço delimitado. Tal delimitação se dá através de fronteiras, sejam elas definidas pelo homem ou pela natureza. Mas nem sempre essas fronteiras são visíveis ou muito bem definidas, pois a conformação de um território obedece a uma relação de poder, podendo ocorrer tanto em elevada abrangência (o território de um país, por exemplo) quanto em espaços menores (o território dos traficantes em uma favela, por exemplo).
Região: é uma área ou espaço que foi dividido obedecendo a um critério específico. Trata-se de uma elaboração racional humana para melhor compreender uma determinada área ou um aspecto dela. Assim, as regiões podem ser criadas para realizar estudos sobre as características gerais de um território (as regiões brasileiras, por exemplo) ou para entender determinados aspectos do espaço (as regiões geoeconômicas do Brasil para entender a economia brasileira). Eu posso criar minha própria região para a divisão de uma área a partir de suas práticas culturais ou por suas diferentes paisagens naturais, entre outros critérios.
Lugar: é uma categoria muito utilizada por aqueles pensadores que preferem construir uma concepção compreensiva da Geografia. Grosso modo, o lugar pode ser definido como o espaço percebido, ou seja, uma determinada área ou ponto do espaço da forma como são entendidos pela razão humana. Seu conceito também se liga ao espaço afetivo, aquele local em que uma determinada pessoa possui certa familiaridade ou intimidade, como uma rua, uma praça ou a própria casa.
É preciso lembrar, no entanto, que essas categorias e conceitos não são exclusivos da Geografia, podendo ter outros significados quando utilizados em outras ciências ou pelo senso comum. Além disso, essas não são necessariamente as únicas categorias dessa ciência, mas apenas as mais comumente adotadas pelos geógrafos em seus estudos.
Ao longo da história do pensamento geográfico, outras categorias predominaram, como a noção de “posição”, um importante conceito nos estudos de Friedrich Ratzel, e “gêneros de Vida”, termo utilizado por Vidal de La Blache.

Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia


A abordagem sobre o espaço geográfico varia conforme a categoria de análise escolhida
EXERCÍCIOS

 “Em várias áreas do conhecimento, o conceito de região é utilizado com diferentes propósitos ou objetivos. Na Literatura, por exemplo, esse conceito foi usado em obras literárias e traduz delimitações espaciais, expressas no regionalismo, como foi o caso de escritores nordestinos, como Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado, Ariano Suassuna, entre outros. Na Sociologia, também se pode encontrar esse mesmo recorte regionalista, como o elaborado por Gilberto Freyre. Para a Geografia, o conceito de região tem importante significado”.
(MARTINS, D.; et al. Geografia sociedade e cotidiano: fundamentos. Vol. 01. 3ª ed. São Paulo: Escala Educacional, 2013. p.36)
O conceito de região para a Geografia melhor se identifica em uma das afirmações a seguir. Assinale-a.
a) Organização do agrupamento das paisagens naturais da Terra.
b) Criação racional em que se divide uma área com base em critérios previamente estabelecidos.
c) Divisão social das práticas humanas que diz respeito aos processos de composição dos elementos urbanos.
d) Delimitação espacial realizada a partir da posse, soberania ou domínio sobre uma determinada área a partir de uma relação de poder.
e) Representação cognitiva dos elementos culturais humanos e das paisagens naturais.




 “De que me adianta viver na cidade, se a felicidade não me acompanhar? Adeus, paulistinha do meu coração, lá pro meu sertão, eu quero voltar. Ver a madrugada, quando a passarada, fazendo alvorada, começa a cantar. Com satisfação, arreio o burrão, cortando estradão, saio a galopar e vou escutando o gado berrando, sabiá cantando no jequitibá”.
(Saudades da minha Terra. Composição: Goiá e Belmonte)
As lembranças apresentadas pelo eu lírico do trecho acima, bem como a sua identificação com o sertão, são elementos que fazem com que o local citado possa ser classificado como:
a) uma morfologia da paisagem.
b) uma região geográfica.
c) um tipo de território bucólico.
d) um lugar de identificação cultural.
e) uma descrição do espaço regional. 

Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir os sentimentos de pertencimento; ela cria uma atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às comemorações”.
(CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado)).
No texto, é apresentada uma forma de integração da paisagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta uma dimensão
a) política de apropriação efetiva do espaço.
b) econômica de uso de recursos do espaço.
c) privada de limitação sobre a utilização do espaço.
d) natural de composição por elementos físicos do espaço.
e) simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o espaço.

Videos para auxílio


2° B, C ,D - REVISÃO CRONOLÓGICA PARA O ROMANTISMO

Opcional copiar 

Para adentrarmos no Romantismo , vamos fazer uma breve revisão nas escolas Literárias Brasileiras, respeitando sua ordem cronológica, segue:


Literatura de informação ano 1500 (Quinhentismo) 
Marco da literatura de transição vindo para o Brasil, temos como referência a carta de Pero Vaz de Caminha , escrevendo durante a viagem , conhecida como Literatura de informação , por ser escrita para informar cada passo durante a viagem para ser informada a realeza de Portugal. Também faz parte do Quinhentismo a Literatura Jesuítica ( chegada e permanência dos Jesuítas no Brasil e catequização)

Barroco 1601 a 1768  ( chegada a Literatura no Brasil , conflito entre religiosidade e materialidade) espírito x carne. O homem Teocêntrico e Antropocêntrico.

Arcadismo 1768 a 1808  Natureza , amor, paz, combate o exacerbamento do baroco ( razão) amor correspondido x objetividade

Romantismo Ápice do egocentrismo, suicídio de poetas, lirismo exacerbado, subjetividade, sentimentalismo verdadeiro( góticos) , eu no centro = Ego
___________________________________________________________
Pronto! Daremos sequencia e profundidade a partir do Romantismo.

um abraço a todos e boas férias.
Prof. Tali

2° B, C,D - PROF. TALI - ROMANTISMO NO BRASIL

ROMANTISMO NO BRASIL

ASSISTA AOS VÍDEOS E FAÇA UM BREVE RELATO NO SEU CADERNO, SOBRE O ROMANTISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS E SUAS 3 FASES.







2° B, C, D - PROF. TALI - PORT.- PRONOMES

IMPRIMA E COLE, OU COPIE NO SEU CADERNO:
Pronomes
Pronome é uma classe de palavras variável cuja finalidade é substituir ou determinar (acompanhar) um substantivo. Eles se classificam em razão dessas funções. Aquele que substitui o nome é chamado de pronome substantivo, e o que o determina (acompanha) é o pronome adjetivo. Além disso, são subclassificados em pessoais do caso reto, pessoais oblíquos tônicos e átonos, de tratamento, relativos, possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos.

Pronomes substantivos x pronomes adjetivos

Os pronomes substantivos, ao substituir o substantivo, exercem a mesma função sintática que este exerceria (núcleo do sujeito, do objeto direto ou indireto, do complemento nominal etc.). Veja:
João passou no vestibular.” (“João” é núcleo do sujeito)
Ele passou no vestibular.” (ao substituir “João” pelo pronome reto “ele”, este passa a ser núcleo do sujeito)
“Gosto de João.” (“João” é núcleo do objeto indireto)
“Gosto dele.” (ao substituir “João” pelo pronome oblíquo tônico “ele”, este passa a ser núcleo do objeto indireto)
Os pronomes adjetivos vêm sempre juntos ao substantivo a que se referem, por isso sempre exercem função sintática de adjunto adnominal. Veja:
Meus livros sumiram.” (o pronome possessivo “meus” é um pronome adjetivo e exerce função de adjunto adnominal do núcleo do sujeito “livros”)
“Assisti a este filme.” (o pronome demonstrativo “este” é um pronome adjetivo e exerce função de adjunto adnominal do núcleo do objeto indireto “filme”)

Classificação dos pronomes

São os pronomes que determinam a flexão de pessoa da oração.
1º pessoa: o ser que se manifesta (fala) no processo comunicativo; o enunciador; o locutor; o emissor.
2º pessoa: o ser que recebe a mensagem e decodifica-a; o receptor; o interlocutor.
3º pessoa: o ser sobre o qual se fala no processo comunicativo.
Eles se subdividem em pronomes pessoais do caso reto e em pronomes oblíquos átonos e tônicos. Veja:
⇒ Caso reto: são os pronomes pessoais que sempre exercem função de sujeito da oração (nunca exercem função de complemento). São eles:
1º pessoa do singular: EU
2º pessoa do singular: TU
3º pessoa do singular: ELE/ELA
1º pessoa do plural: NÓS
2º pessoa do plural: VÓS
3º pessoa do plural: ELES/ELAS
Exemplos:
Eu corri durante uma hora.
Tu correste durante uma hora.
Ele correu durante uma hora.
Nos exemplos acima, os pronomes eutu e ele exercem a função sintática de sujeito do verbo correr, o qual deve concordar em número e pessoa com seus sujeitos.
Assim sendo, construções como “eu vi ele” são equivocadas, visto que o pronome pessoal reto está sendo usado como objeto direto do verbo “ver”. Os pronomes retos jamais exercem função de objeto, sempre de sujeito.
⇒ Oblíquos átonos: todos os pronomes oblíquos exercem função de complemento, em especial de objeto direto ou indireto. Diferenciam-se dos tônicos, pois estes são sempre preposicionados e não se prendem ao verbo pela colocação pronominal (próclise, mesóclise e ênclise). São eles:
1º pessoa do singular: ME
2º pessoa do singular: TE
3º pessoa do singular: SE/O/A/LHE
1º pessoa do plural: NOS
2º pessoa do plural: VOS
3º pessoa do plural: SE/OS/AS/LHES
Exemplos:
“Deram-me o recado.” – O pronome em destaque é objeto indireto do verbo dar.
“Viram-me no estádio.” – O pronome em destaque é objeto direto do verbo ver.
-O, -A, -OS, -AS             X               -LHE, -LHES
Os demais pronomes oblíquos átonos podem exercer função de objeto direto ou indireto, indiscriminadamente, porém os pronomes -O,-A e suas variantes só podem exercer função de objeto direto, enquanto -lhe só pode exercer função de objeto indireto.
Exemplos:
”Eu amo.” – O verbo amar é transitivo direto e o pronome a exerce função de objeto direto.
“Eu lhe falei a verdade.” – O verbo falar é transitivo direto e indireto. Vale dizer que “a verdade” é objeto direto e que lhe é objeto indireto.
Seria um erro gramatical grave inverter o uso desses pronomes em um texto formal.
⇒ Oblíquos tônicos: assim como os átonos, exercem função de complementos (em especial, objeto direto e indireto), mas jamais de sujeito. Possuem posição livre na oração, por isso não se prendem ao verbo pela colocação pronominal. São eles:
1º pessoa do singular: MIM
2º pessoa do singular: TI
3º pessoa do singular: SI/ELE/ELA
1º pessoa do plural: NOS
2º pessoa do plural: VOS
3º pessoa do plural: SI/ELE/ELA

Veja:
“Gosto dele.”
“Falaram a verdade a mim.”
“Entregaram a encomenda a ti.”
Nos exemplos acima, os pronomes oblíquos tônicos em destaque exercem função de objeto indireto de seus respectivos verbos e estão todos preposicionados.
  • PARA MIM OU PARA EU?

- Se o pronome exerce a função de sujeito do verbo (no infinitivo), usa-se “para eu”.
“Trouxe o livro para eu estudar” – O pronome reto eu é sujeito do infinitivo estudar.
Nesse caso, nada de “Trouxe o livro para mim estudar”, pois mim é pronome oblíquo, por isso não exerce função de sujeito.
- Se o pronome não exerce função de sujeito (é complemento), usa-se “para mim”.
“Trouxeram este presente para mim.” – Nesse caso, mim é preposicionado e exerce função de objeto indireto do verbo trouxeram.
Estabelecem relação de posse entre um objeto e uma das três pessoas do discurso. São eles:
meu(s), minha(s)
teu(s), tua(s)
seu(s), sua(s)
nosso(s), nossa(s)
vosso(s), vossa(s)
seu(s), sua(s)
Os pronomes relativos, ao mesmo tempo, retomam o nome imediatamente anterior e substituem-no dentro de uma oração subordinada adjetiva (uma oração que “caracteriza”, “define”, “particulariza” esse nome).
São exemplos de pronomes relativos: QUE, O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS; QUEM; ONDE, AONDE, DE ONDE (DONDE); CUJO(S), CUJA(S); COMO; QUANTO.
Em primeiro lugar, veja a capacidade de retomada e de substituição desses pronomes:
Pegue os livros que estão sobre a mesa.
A oração em negrito é adjetiva. Observe que ela caracteriza livros (os livros estão sobre a mesa) e quem retoma e substitui livros é o pronome relativo que.
A cidade aonde Pedro vai fica no interior de Goiás.
O pronome relativo aonde retoma e substitui cidade (Pedro vai à cidade).
A garota da qual nós falamos mora nesta rua.
O pronome relativo a qual retoma e substitui garota (nós falamos da garota).
São pronomes que eram originalmente usados para posicionar espacialmente um objeto em relação às três pessoas do discurso, principalmente em relação a quem fala e a quem ouve. Também são usados para a marcação de tempo (passado, presente e futuro) e para o estabelecimento de referências anafóricas e catafóricas em um texto.
⇒ Pronomes demonstrativos variáveis:
1ª pessoa: este, esta, estes, estas – indicam um objeto sob posse da 1º pessoa;
2ª pessoa: esse, essa, esses, essas – indicam um objeto sob posse da 2º pessoa;
3ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas – indicam um objeto sob posse de um 3º ou distante da 1º e da 2º pessoa.
⇒ Pronomes demonstrativos invariáveis: referem-se a coisas ou objetos de forma indefinida. Espacialmente, possuem a mesma utilização dos anteriores.
1ª pessoa: isto
2ª pessoa: isso
3ª pessoa: aquilo
  • Pronomes de tratamento

São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiar ou respeitosamente. Embora o pronome de tratamento dirija-se à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a terceira pessoa. Assim, usa-se VOSSA quando conversamos com a pessoa e SUA quando falamos da pessoa.

Veja:
Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas obrigações e não com as de Sua Excelência, o Governador, que está em viagem.
Observe na tabela a seguir alguns exemplos de pronomes de tratamento:
Destinatário
Tratamento
Abreviação
Vocativo
Presidente da República
Vossa
Excelência
Não se usa
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Reitor de Universidade
Vossa Magnificência
Não se usa
Magnífico Reitor,
Papa
Vossa Santidade
Não existe
Santíssimo Padre,
Juízes
Vossa Excelência
V.Exa.
Senhor Juiz,
Membros da Câmara dos Deputados
Vossa
Excelência
V.Exa.
Senhor Deputado,
Membros do Senado Federal
Vossa
Excelência
V.Exa.
Senhor Senador,
  • Pronomes indefinidos

Referem-se à terceira pessoa do discurso de forma indefinida, genérica e imprecisa. Podem ou não se flexionarem em gênero e número.
⇒ Variáveis:
Qualquer/Quaisquer
Qual/Quais
Bastante/Bastantes
Um(ns)/Uma(s)
Pouco(s)/Pouca(s)
Nenhum(ns)/Nenhuma(s)
Outro(s)/Outra(s)
Todo(s)/Toda(s)
Certo(s)/Certa(s)
Muito(s)/Muita(s)
Tanto(s)/Tanta(s)
Algum(ns)/Alguma(s)
Quanto(s)/Quanta(s)
⇒ Invariáveis:
Alguém
Ninguém
Quem
Algo
Tudo
Nada
Cada
Mais
Menos
Demais
Outrem
  • Pronomes interrogativos

Pronomes interrogativos são aqueles empregados em orações interrogativas diretas ou indiretas. São eles: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas.
Exemplos de orações interrogativas diretas:
“Que horas são?”
“Quem é você?”
“Qual seu nome?”
“Quanto custa o livro?”
Exemplos de orações interrogativas indiretas:
“Eu perguntei que horas são.”
“Ana quer saber quem é você.”
“O juiz questionou qual seu nome.”
“Pedro indagou quanto custava o livro.”
Que e quem não se flexionam. Já o pronome qual é variável em número, e o pronome quanto concorda em gênero com o termo a que se refere.

MATERIAL DE APOIO :







Boas férias
Prof. Tali

PROF. TALI- PORT.- MATERIAL DE APOIO FIGURAS DE LINGUAGEM

FIGURAS DE LINGUAGEM MAT. DE APOIO.


PARTE 1



PARTE 2




2° B, C ,D- PROF TALI - PORT. -REVISÃO

IMPRIMA, COLE OU COPIE NO CADERNO


FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva, ela traduz sensibilidade e particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases, organizando orações, afastando a estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos.
 As figuras de linguagem costumam ser classificadas em figuras de somfiguras de construção e figuras de palavras ou semânticas.

Para dominarmos o uso das figuras de linguagem de maneira correta, estudaremos, de modo sintetizado, os conceitos de denotação e conotação.

Denotação
Ocorre denotação quando a palavra é empregada em sua significação usual, literal, referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária.
Já é a quinta vez que perco as chaves do meu armário
Aquela sobremesa estava muito azeda, não gostei.

Conotação
Ocorre a conotação quando a palavra é empregada em sentido figurado, associativo, possibilitando várias interpretações. Ou seja, o sentido conotativo tem a propriedade de atribuir às palavras significados diferentes de seu sentido original.
chave da questão é você ser feliz independente do momento

Margarida é uma mulher azeda, está sempre de péssimo humor.
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o emissor quis transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir novos significados ao sentido denotativo da palavra.

Figuras de som ou sonoras

As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais
Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá dduro, dá ddentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

Assonância: consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.
O que o vago e incógnito desejo/de seeu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

Paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e Renato Teixeira)

Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de blá-blá-blá-blá!
É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Figuras de construção ou sintaxe

As figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal do período. Elas ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.

Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)

Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na elipse de um termo que antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)

Pleonasmo: é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
E rir meu riso e derramar meu pranto....” (Vinicius de Moraes)

Assíndeto: é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados
Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)
Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.

Polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
...e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)


Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.

Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco)

Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.

Hipérbato ou Inversão: consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.

São como cristais suas lágrimas.
Batia acelerado meu coração.

Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:
Suas lágrimas são como cristais.
Meu coração batia acelerado.

Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma frase:
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)


Anáfora: é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos.
Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)

Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:

De gênero:
Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)

De número:
Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)

De pessoa:
Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do plural “concorda” com “somos”)

Figuras de palavras ou semânticas

Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia.

Comparação ou símile: ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qualassim comoque nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e a metáfora é a presença dos nexos comparativos.
E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

Metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo.
Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.
pé da mesa estava quebrado.
Não sente no braço do sofá.

Metonímia: assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido. Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)
O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).

Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.
A cidade eterna (em vez de Roma)

Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.
Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)

Antítese: é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.
Os jardins têm vida e morte.

Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.
Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.
Porque gado a gente marca,/ tangeferraengorda e mata,/ mas com gente é diferente.

Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede!
Não vejo você há séculos!

Prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.
Estou cego, mas agora consigo ver.

Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.
ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.
Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

Ironia: é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.
Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.
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Referências bibliográficas:
TERRA, Ernani. Minigramática.São Paulo: Scipione, 2007.
ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos. São Paulo: Saraiva, 2009.