Na última
semana, o gênero estudado no centro de mídias foi o apólogo, uma narrativa cujo
foco é uma lição moral. Além disso, o apólogo trabalha com a figura de
linguagem chamada personificação.
Com base
nisso, abaixo consta duas atividades que deverão ser feitas e entregues no
email elizabethaugusto@prof.educacao.sp.gov.br
1ª
atividade: pesquisar a figura de linguagem personificação
(o que é, em quais textos usamos, e exemplos)
2ª
atividade: leia o apólogo abaixo e explique-o com suas palavras (que mensagem
ou lição ele quer passar)
O VELHO POTE
RACHADO
Um carregador de água, na Índia, levava dois potes grandes, ambos pendurados
em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um
dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava
cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do Senhor para quem
o carregador trabalhava. O pote rachado sempre chegava com água apenas pela
metade.
Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e
meio de água na casa de seu Senhor. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de
suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição.
Sentia-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que lhe havia
sido designado fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote
rachado, um dia, falou para o carregador à beira do poço:
— Estou envergonhado. Quero lhe pedir desculpas.
— Por quê? — perguntou o homem. — De que você
está envergonhado?
— Nesses dois anos — disse o pote — eu fui capaz de
entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz
com que a água vaze por todo o caminho que leva à casa de seu Senhor. Por causa
do meu defeito você não ganha o salário completo dos seus esforços.
O carregador ficou triste pela situação do velho pote, e, com compaixão,
falou:
— Quando retornarmos à casa do meu Senhor, quero que observes as
flores ao longo do caminho.
De fato. À medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou
muitas e belas flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas,
no fim da estrada, o velho pote ainda se sentia mal, porque, mais uma vez,
tinha vazado a metade da água, e, de novo, pediu desculpas ao carregador por
sua falha.
O carregador, então, disse ao pote:
— Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho?
Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por
dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu Senhor. Sem você
ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua
casa.
Disponível em: http://paginas.fe.up.pt/~fsilva/port/pote.htm
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