Atividade
de Arte – etapa 1, 2 e 3
8º
ano - Profa. Daniela
Etapa
1
Leia
atentamente o texto a seguir e responda das questões
Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um
projeto artístico de criação coletiva
O grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone
foi criado no Rio de Janeiro, em 1974, com a liderança de Hamilton Vaz Pereira
e a participação de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e
Patrícia Travassos, entre outros. Asdrúbal Trouxe o Trombone colocou em
evidência, na história do teatro brasileiro, o processo de criação coletiva, no
que se refere à concepção cênica, aos figurinos, à interpretação e à
dramaturgia. O grupo tinha a singularidade de não se sentir como um grupo de
“atores” que fazia teatro, e sim que fazia “Asdrúbal”. Essa marca poética
parece ter sido o modo encontrado pelo grupo para preservar certa diferença de
outros grupos importantes da época e de atores que faziam em cena o que era
oferecido no mercado como oportunidade profissional. Um trabalho que marcou a
carreira do grupo – e que, à época, trouxe um frescor à linguagem teatral – foi
a criação coletiva “Trate-me leão (1977)”, uma sequência de cenas curtas sobre
problemas da adolescência e da juventude. O tema de Trate-me leão é o tédio;
onde ninguém tem objetivo na vida, há um sentimento de abandono, de não saber
como continuar. A gênese da estrutura narrativa de “Trate-me leão” é a vivência
pessoal dos integrantes do grupo. O texto ia sendo escrito em casa pelos
atores, por meio da pesquisa com pessoas do prédio, da família, gerando cenas e
diálogos que traziam para o palco a própria vida. Durante nove meses de
criação, Hamilton Vaz Pereira, em um trabalho de colaboração entre os
participantes, fez o esboço de cenas, identificando núcleos temáticos no
material apresentado pelo grupo. Ao mesmo tempo, a criação de cenas emergia de
improvisações e jogos coletivos que permitiam a invenção expressiva dos
participantes do grupo. Esse processo de criação fazia o trabalho do Asdrúbal
ser ancorado na criação coletiva, tanto na construção da narrativa textual como
na composição das personagens, com base no repertório pessoal expressivo dos
participantes durante as improvisações. Podemos dizer, então, que a criação
coletiva do Asdrúbal era um processo criativo teatral que tinha como
características: a presença da expressão de todos os integrantes do grupo; a
“grupalidade”, como possibilidade de se reunir para falar de si e ouvir o
outro; os pedaços da própria história de vida e a vontade de experimentar com o
grupo outras possibilidades de cena e de vida; a experimentação da linguagem
teatral por meio do improviso como processo de trabalho; e a necessidade de
trazer para o palco a própria vida. Esse processo de criação coletiva resultava
em uma encenação que deixava transparecer um jeito próprio de representar de
cada um, que era descoberto durante as improvisações e os ensaios, assim como,
durante a encenação, cenas inéditas poderiam aparecer no “aqui-agora” do palco,
formando uma autoria coletiva. Ou seja, em vez de seguir procedimentos
tradicionais calcados sobre o fator segurança (texto decorado, marcação
prematura, especialização de tarefas), o Asdrúbal, em seu processo de criação
coletiva, arriscava adentrar o terreno dos lapsos, das falhas, do inesperado
que revela aspectos desconhecidos durante os improvisos. A construção estética
teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita do aproveitamento de materiais. A
iluminação era caseira e precária, os cenários grafitados e os figurinos, com
indumentária das roupas de rua. Os atores traziam ao palco interpretações que
mostravam a espontaneidade dos intérpretes, dando ação a uma dramaturgia
escrita com base nos trechos de diários, na narração de casos de família, na
recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro, nas trilhas sonoras
roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O teatro de grupo dos
anos 1970, portanto, era feito do e no trabalho coletivo. No final dessa
década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem um
estilo de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que
caracterizava o modo de fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de
“processos colaborativos”.
Fonte: Texto elaborado pelos autores para o
São Paulo Faz Escola.
RESPONDA
1. Vocês conseguiram compreender
as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos teatrais?
2. Nesses processos, a função dos
profissionais se modifica? Comente.
3. Como o uso das tecnologias e
recursos digitais mudou o modo de acessar, apreciar, produzir, registrar e
compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique?
4. De que maneira podemos acessar,
apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos
de modo reflexivo, ético e responsável?
5. É prática comum, antes do início de um
espetáculo teatral, os responsáveis avisarem se o espetáculo pode ser
fotografado ou filmado. Porém, muitas pessoas desobedecem esse aviso,
registrando e publicando cenas em redes sociais. Qual é sua opinião sobre o
fato? Quais soluções você indicaria para resolver esse problema?
Etapa 2
Assista a aula do CMSP no seguinte
link
https://www.youtube.com/watch?v=P5JwkGoLyMw
Etapa 3
Assista também a aula do CMSP no
seguinte link
https://www.youtube.com/watch?v=LhgggVC1IhQ
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A ATIVIDADE REALIZADA, FAVOR ENTREGAR AS RESPOSTAS NA PRÓPRIA ESCOLA, NÃO
ESQUECENDO DE COLOCAR NOME COMPLETO, NÚMERO E SÉRIE, DIZENDO TAMBÉM QUE É DA
MATÉRIA ARTE.
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