terça-feira, 1 de dezembro de 2020

 

Atividade de Arte – etapa 1, 2 e 3

8º ano - Profa. Daniela

 

Etapa 1

 

Leia atentamente o texto a seguir e responda das questões

 

Asdrúbal Trouxe o Trombone – Um projeto artístico de criação coletiva

 

O grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone foi criado no Rio de Janeiro, em 1974, com a liderança de Hamilton Vaz Pereira e a participação de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Patrícia Travassos, entre outros. Asdrúbal Trouxe o Trombone colocou em evidência, na história do teatro brasileiro, o processo de criação coletiva, no que se refere à concepção cênica, aos figurinos, à interpretação e à dramaturgia. O grupo tinha a singularidade de não se sentir como um grupo de “atores” que fazia teatro, e sim que fazia “Asdrúbal”. Essa marca poética parece ter sido o modo encontrado pelo grupo para preservar certa diferença de outros grupos importantes da época e de atores que faziam em cena o que era oferecido no mercado como oportunidade profissional. Um trabalho que marcou a carreira do grupo – e que, à época, trouxe um frescor à linguagem teatral – foi a criação coletiva “Trate-me leão (1977)”, uma sequência de cenas curtas sobre problemas da adolescência e da juventude. O tema de Trate-me leão é o tédio; onde ninguém tem objetivo na vida, há um sentimento de abandono, de não saber como continuar. A gênese da estrutura narrativa de “Trate-me leão” é a vivência pessoal dos integrantes do grupo. O texto ia sendo escrito em casa pelos atores, por meio da pesquisa com pessoas do prédio, da família, gerando cenas e diálogos que traziam para o palco a própria vida. Durante nove meses de criação, Hamilton Vaz Pereira, em um trabalho de colaboração entre os participantes, fez o esboço de cenas, identificando núcleos temáticos no material apresentado pelo grupo. Ao mesmo tempo, a criação de cenas emergia de improvisações e jogos coletivos que permitiam a invenção expressiva dos participantes do grupo. Esse processo de criação fazia o trabalho do Asdrúbal ser ancorado na criação coletiva, tanto na construção da narrativa textual como na composição das personagens, com base no repertório pessoal expressivo dos participantes durante as improvisações. Podemos dizer, então, que a criação coletiva do Asdrúbal era um processo criativo teatral que tinha como características: a presença da expressão de todos os integrantes do grupo; a “grupalidade”, como possibilidade de se reunir para falar de si e ouvir o outro; os pedaços da própria história de vida e a vontade de experimentar com o grupo outras possibilidades de cena e de vida; a experimentação da linguagem teatral por meio do improviso como processo de trabalho; e a necessidade de trazer para o palco a própria vida. Esse processo de criação coletiva resultava em uma encenação que deixava transparecer um jeito próprio de representar de cada um, que era descoberto durante as improvisações e os ensaios, assim como, durante a encenação, cenas inéditas poderiam aparecer no “aqui-agora” do palco, formando uma autoria coletiva. Ou seja, em vez de seguir procedimentos tradicionais calcados sobre o fator segurança (texto decorado, marcação prematura, especialização de tarefas), o Asdrúbal, em seu processo de criação coletiva, arriscava adentrar o terreno dos lapsos, das falhas, do inesperado que revela aspectos desconhecidos durante os improvisos. A construção estética teatral dos espetáculos do Asdrúbal era feita do aproveitamento de materiais. A iluminação era caseira e precária, os cenários grafitados e os figurinos, com indumentária das roupas de rua. Os atores traziam ao palco interpretações que mostravam a espontaneidade dos intérpretes, dando ação a uma dramaturgia escrita com base nos trechos de diários, na narração de casos de família, na recitação da poesia do amigo, na cena da briga de namoro, nas trilhas sonoras roqueiras de contestação à família e ao teatro comercial. O teatro de grupo dos anos 1970, portanto, era feito do e no trabalho coletivo. No final dessa década, já estava claro que a criação coletiva não era um movimento nem um estilo de época, mas um método de trabalho marcado pelo mesmo dinamismo que caracterizava o modo de fazer teatro contemporâneo no que hoje é chamado de “processos colaborativos”.

 Fonte: Texto elaborado pelos autores para o São Paulo Faz Escola.

 

RESPONDA

1. Vocês conseguiram compreender as características dos processos artísticos coletivos e colaborativos teatrais?

2. Nesses processos, a função dos profissionais se modifica? Comente.

3. Como o uso das tecnologias e recursos digitais mudou o modo de acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos? Justifique?

4. De que maneira podemos acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos de modo reflexivo, ético e responsável?

 5. É prática comum, antes do início de um espetáculo teatral, os responsáveis avisarem se o espetáculo pode ser fotografado ou filmado. Porém, muitas pessoas desobedecem esse aviso, registrando e publicando cenas em redes sociais. Qual é sua opinião sobre o fato? Quais soluções você indicaria para resolver esse problema?

 

Etapa 2

 

Assista a aula do CMSP no seguinte link

https://www.youtube.com/watch?v=P5JwkGoLyMw

 

 

Etapa 3

 

Assista também a aula do CMSP no seguinte link

https://www.youtube.com/watch?v=LhgggVC1IhQ

 

 

ATENÇÃO

 

- Realizar atividade e enviá-la NO E-MAIL professoradaniela.montessori@gmail.com  - NÃO ESQUEÇA, POR FAVOR, DE COLOCAR SEU NOME COMPLETO, NÚMERO E SÉRIE

 

- EM CASO DE DÚVIDAS, MANDE UM E-MAIL COM SUA PERGUNTA OU ENVIE NO GRUPO DO WHATSAPP (A COORDENAÇÃO OU A DIREÇÃO ME ENCAMINHARÁ E EU O RESPONDEREI)

 

- CASO NÃO CONSIGAM ENVIAR POR E-MAIL A ATIVIDADE REALIZADA, FAVOR ENTREGAR AS RESPOSTAS NA PRÓPRIA ESCOLA, NÃO ESQUECENDO DE COLOCAR NOME COMPLETO, NÚMERO E SÉRIE, DIZENDO TAMBÉM QUE É DA MATÉRIA ARTE.

 


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