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terça-feira, 22 de setembro de 2020

1°F - GREGÓRIO DE MATOS - BARROCO

 Gregório de Matos Guerra:

o Boca do Inferno ( não precisa copiar - usar para os exercícios)
    Nasceu em Salvador (BA) e morreu em Recife (PE). Estudou no colégio dos jesuítas e formou-se em Direito em Coimbra (Portugal). Recebeu o apelido de Boca do Inferno, graças a sua irreverente obra satírica.     Firmou-se como o primeiro poeta brasileiro: cultivou a poesia lírica, satírica, erótica e religiosa. O que se conhece de sua obra é fruto de inúmeras pesquisas, pois Gregório não publicou seus poemas em vida. Por essa razão, há dúvidas quanto à autenticidade de muitos textos que lhe são atribuídos "O poeta religioso" A preocupação religiosa do escritor revela-se no grande número de textos que tratam do tema da salvação espiritual do homem. No soneto a seguir, o poeta ajoelha-se diante de Deus, com um forte sentimento de culpa por haver pecado, e promete redimir-se. Observe: Soneto a Nosso Senhor Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinquido Vos tem a perdoar mais empenhado. Se basta a voz irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história. Eu sou, Senhor a ovelha desgarrada, Recobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. "O poeta satírico" Amplamente conhecido por suas críticas à situação econômica da Bahia, especialmente de Salvador, graças à expansão econômica chegando a fazer, inclusive, uma crítica ao então governador da Bahia . Além disso, suas críticas à Igreja e a religiosidade presente naquele momento. Triste Bahia Triste Bahia! ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi abundante. A ti tricou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando e, tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante. "O poeta lírico" Em sua produção lírica, se mostra um poeta angustiado em face à vida, à religião e ao amor. Na poesia lírico-amorosa, o poeta revela sua amada, uma mulher bela que é constantemente comparada aos elementos da natureza. E ao mesmo tempo que o amor desperta os desejos corporais, o poeta é roubado pela culpa e pela angústia do pecado. À mesma d. Ângela Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós, se uniformara: Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama fluorescente; E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. "O poeta erótico" Também alcunhado de profano, o poeta exalta a sensualidade e a volúpia das amantes que conquistou na Bahia, além dos escândalos sexuais envolvendo os conventos da cidade. Necessidades Forçosas da Natureza Humana Descarto-me da tronga, que me chupa, Corro por um conchego todo o mapa, O ar da feia me arrebata a capa, O gadanho da limpa até a garupa. Busco uma freira, que me desemtupa A via, que o desuso às vezes tapa, Topo-a, topando-a todo o bolo rapa, Que as cartas lhe dão sempre com chalupa. Que hei de fazer, se sou de boa cepa, E na hora de ver repleta a tripa, Darei por quem mo vase toda Europa? Amigo, quem se alimpa da carepa, Ou sofre uma muchacha, que o dissipa, Ou faz da mão sua cachopa.

SIGA PARA OS EXERCÍCIOS :

À mesma d. Ângela Anjo no nome, Angélica na cara! Isso é ser flor, e Anjo juntamente: Ser Angélica flor, e Anjo florente, Em quem, senão em vós, se uniformara: Quem vira uma tal flor, que a não cortara, De verde pé, da rama fluorescente; E quem um Anjo vira tão luzente, Que por seu Deus o não idolatrara? Se pois como Anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu Custódio, e a minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares. Mas vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os Anjos nunca dão pesares, Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. ANALISANDO O POEMA ACIMA RESPONDA NO SEU CADERNO E ENVIE A FOTO:
1- QUAL O TIPO DE POESIA, DENTRE AS QUAIS O POETA GREGÓRIO É CLASSIFICADO, SE ENCAIXA NO POEMA APONTADO.



2- QUAL O TEMA APONTADO NO POEMA?



3- QUAL AS CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM DO POEMA?


4- QUAL O RÓTULO DADO A GREGÓRIO E POR QUE?






OBG
PROF TALI

1°F O Barroco no Brasil

 O Barroco no Brasil 

fim do século XVI e XVIII                                                        (copiar no caderno)

Barroco no Brasil foi introduzido por intermédio dos jesuítas, no fim do século XVI. Só partir do século XVII, generaliza-se nos grandes centros de produção açucareira, especialmente na Bahia, através das igrejas.

Passada a fase do Barroco baiano, suntuoso e pesado, o estilo atingiu no século XVIII a província de Minas Gerais. Foi ali que Aleijadinho (1738-1814) elaborou uma arte profundamente nacional. O escultor de Ouro Preto (MG) é situado em um período de transição entre o barroco e o rococó. Há estudiosos que o classificam como representante do barroco mineiro.

Além de Ouro Preto, os traços barrocos também são encontrados em esculturas na Igreja e Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro. A obra foi edificada entre 1633 e 1691 e exibe anjos e pássaros talhados ao estilo do barroco português. Nessa época, não havia no Brasil condições para o desenvolvimento de uma atividade literária propriamente dita. O que se viu foi alguns escritores se espelhando nas fontes estrangeiras, geralmente nos portugueses e espanhóis.


06 PRINCIPAIS OBRAS DE ALEIJADINHO- PESQUISE

https://circuitodoouro.tur.br/blog/2017/03/11/conheca-as-6-principais-obras-de-aleijadinho-em-minas-gerais/

Principais Autores Barrocos do Brasil

  • Bento Teixeira (1561-1618)
  • Gregório de Matos (1633-1696)
  • Manuel Botelho de Oliveira (1636-1711)
  • Frei Vicente de Salvador (1564-1636)
  • Frei Manuel da Santa Maria de Itaparica (1704-1768)

MAIOR REFERÊNCIA : "Gregório de Matos " conhecido como “Boca do Inferno” pois, escrevia muitas poesias satíricas, onde ironizava diversos aspectos da sociedade. Além das satíricas, Gregório produziu poesias líricas, religiosas e eróticas, reúne mais de 700 textos de poemas.

O contexto histórico do barroco: resumo

Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, causou grandes reformas no Catolicismo, em resposta à Reforma Protestante de Martinho Lutero. Assim, a autoridade da Igreja de Roma foi vigorosamente reafirmada, depois de perder muitos fiéis. ( LUTERO COLOCA AS 96 TESES NA PORTA DA IGREJA)

Companhia de Jesus, reconhecida pelo papa em 1540, passa a dominar quase que inteiramente o ensino.

A Inquisição que se estabeleceu na Espanha a partir de 1480 e em Portugal a partir de 1536, ameaçava a liberdade de pensamento. O clima era de austeridade e repressão.

Foi nesse contexto que se desenvolveu o movimento artístico chamado Barroco, numa arte eclesiástica que desejava propagar a fé católica.

Em nenhuma época se produziu um número tão grande de igrejas e capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais.

Em quase todas as partes, a Igreja se associava ao Estado. Assim, a arquitetura barroca, antes só religiosa, surge também na construção de palácios, com o objetivo de causar admiração e poder.

Principais características

As principais características do Barroco, também chamado de seiscentismo, a riqueza de detalhes e o exagero.

Na literatura barroca, os textos refletem elementos quase sempre extravagantes.

A linguagem desse movimento tentou unir os valores medievais aos da cultura grega e latina, os quais foram evidenciados com o Renascimento.

De modo geral, o barroco na literatura é marcado por características que evidenciam o jogo de palavras e de ideias. Além disso, é marcante o uso das figuras de linguagem como a metáfora, inversões, hipérbole, paradoxo e antítese.

BONS ESTUDOS

PROF TALI



1°F - BEM VINDO AO BARROCO

 BEM VINDO AO BARROCO ( COPIAR NO CADERNO APENAS O CONTEXTO E BARROCO EM PORTUGAL )


CONTEXTO:
O Barroco é um estilo que dominou a arquitetura, a pintura, a literatura e a música na Europa do século XVII. Por isso, toda a cultura desse período, incluindo costumes, valores e relações sociais, é chamada de "barroca". Essa época surgiu no final do Renascimento e manifestava-se através de grande ostentação e extravagância entre os grupos beneficiados pelas riquezas da colonização. As principais características do Barroco Arte rebuscada e exagerada; Valorização do detalhe; Dualismo e contradições; Obscuridade, complexidade e sensualismo; Barroco literário: cultismo e conceptismo. Veja também: Cultismo e Conceptismo A arte barroca na Europa O estilo barroco teve início na Itália sendo, posteriormente, desenvolvido em outros países europeus na pintura, na arquitetura, na escultura, na música e na literatura. O BARROCO NA ITÁLIA A Itália foi considerada o berço do Renascimento e da arte barroca onde diversos artistas se destacaram. 1. Caravaggio (1571-1610) Caracterizado pela rudez de suas obras, Caravaggio pintou temas religiosos onde explorava o contraste entre luz e sombras.

A Ceia de Emaús (1601), de Caravaggio

2- Destacam-se: "A Captura de Cristo", "Flagelação de Cristo", "A Morte da Virgem", "A Ceia de Emaús", "Davi com a cabeça de Golias", "Flagelação de Cristo".
Bernini foi um escultor e arquiteto italiano. Suas obras encontram-se em Roma e no Vaticano, entre elas: a "Praça de São Pedro", "Catedral de São Pedro", "O Êxtase de Santa Teresa", "Busto de Paulo V" e "Castelo de Santo Ângelo".

Êxtase de Santa Teresa (1647-1652), de Bernini


3. Borromini (1599-1667) Francesco Borromini foi arquiteto e escultor italiano.
Entre suas obras destacam-se: a "Catedral de São Pedro", "Sant'Agnese in Agone", "Palazzo Spada", "Palazzo Barberini", "Sant'Ivo alla Sapienza" e a "Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane".

Sant'ivo alla
Sapienza (1642-1660), de
Borromini

4. Andrea Pozzo (1642-1709) Pozzo foi arquiteto, pintor e decorador italiano.
Entre suas obras estão: "Glorificação de Santo Inácio", "Anjo da Guarda", "A Apoteose de Hércules", o teto do "Salão Nobre do Palácio Liechtenstein", em Viena, e a "Falsa Cúpula de São Francisco Xavier".


Falsa Cúpula de São Francisco de Xavier (1676), de Andrea Pozzo

O BARROCO NA ESPANHA A Espanha foi o centro dos poetas barrocos, dos quais se destacaram: Quevedo, Gôngora, Cervantes, Lope de Vega, Calderón, Tirso de Molina, Gracián e Mateo Alemán. Eles que fizeram a melhor literatura do século XVII, assimilada pelo resto da Europa a partir da segunda metade do século XVII. Além da literatura, o barroco espanhol foi um dos mais marcantes desse período, onde se destaca o pintor Diego Velázquez e as obras: "As meninas", "Velha fritando ovos", "Retrato de um homem" e "Cristo Crucificado".


As Meninas (1656), de Diego Velásquez



O BARROCO EM PORTUGAL Em Portugal, o Barroco vai de 1508 a 1756. Padre Antônio Vieira é o principal autor do Barroco literário no país, no entanto, passou a maior parte de sua vida no Brasil. Sua Principal obra "Os Sermões" constituem um mundo rico e contraditório. Revelam sua inteligência voltada para as coisas sacras e, simultaneamente, para a vida social portuguesa e brasileira. Vieira foi uma espécie de cronista da história imediata. Assim, ele elaborava os sermões dentro da técnica medieval, explicitando as metáforas da linguagem bíblica. Além de Vieira, merecem destaque: o padre Manuel Bernardes, D. Francisco Manuel de Melo, Francisco Rodrigues Lobo, soror Mariana Alcoforado e Antônio José da Silva. Na pintura do barroco português, merece destaque a pintora Josefa de Óbidos, que embora tenha nascido na Espanha, viveu e desenvolveu sua arte em Portugal. Dentre suas obras mais destacadas estão: "Maria Madalena confortada pelos Anjos", "Calvário", "A Sagrada Família" e "Santa Maria Madalena".


Sagrada Família (1664), de Josefa de Óbidos















MOBILIÁRIO BARROCO


Bons estudos
Prof Tali

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

1°F - PORT/ LIT - INTERTEXTUALIDADE - IRONIA OU MENSAGEM IMPLÍCITA?

 AULA 11.09


A MENSAGEM TRANSMITIDA PELA INTERTEXTUALIDADE É CLASSIFICADO COMO IRONIA OU MENSAGEM IMPLÍCITA?


ANALISE ESSE QUADRINHO DA TURMA DA MONICA, E RESPONDA:







1-A MENSAGEM TRANSMITIDA PELA INTERTEXTUALIDADE É CLASSIFICADO COMO IRONIA OU MENSAGEM IMPLÍCITA? 2-QUAL A MENSAGEM QUE FOI PASSADA, O QUE VOCÊ ENTENDEU?



BONS ESTUDOS!!
PROF TALI

1°F - PORT/LIT - IRONIA e IMPLÍCITOS

LIÇÃO 11.09


 IRONIA e IMPLÍCITOS

IRONIA: Ironia é o ato de invocar palavras ou situações que trazem um sentido contrário ao que carrega naturalmente. Com isso, se executa um pensamento contrário daquilo que se quer dizer ou fazer. Em geral, é usada em situações para resgatar o humor ou, de forma irônica, também fazer o contrário."a famosa cutucação". Cabe ressaltar que embora vise inicialmente o humor, a ironia também serve para fazer condenações. Como dito acima, valorizamos alguma coisa com o intuito de desvalorizá-la e diminuí-la. Isso pode ser visto no gestual e até na voz, já que esta costuma assumir um tom diferente do habitual. MENSAGEM IMPLÍCITA: Mensagem implícita demanda de nós um pouco mais de atenção e análise, pois não se encontra na superfície textual, visto que não fornece para o leitor elementos que possam ser imediatamente explicitados ou seja sua mensagem não é direta . Sendo assim, pedem de nós uma maior capacidade de realizar analogias e inferências, fazendo com que o leitor reative conhecimentos preservados em sua memória para então compreender integralmente o texto lido. " famosa reflexão"









BONS ESTUDOS!!
PROF TALI


segunda-feira, 31 de agosto de 2020

1°F - ATV. LITERATURA DE INFORMAÇÃO

ATIVIDADE


LEIA :

TRECHOS DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA:

"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma."

"Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos."
"Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali.
Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele.
Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados.
Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora.
Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais.
Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora.
Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo."


RESPONDA NO CADERNO:


1-QUEM FOI PERO VAZ DE CAMINHA?


2-QUANTAS PÁGINAS COMPUNHA A CARTA ?


3-A QUEM FOI DESTINADA A CARTA? 


4- E SEU CONTEÚDO FALAVA A RESPEITO DO QUE?


5-POR QUE PODEMOS DIZER QUE A CARTA ERA LITERATURA DE INFORMAÇÃO?


6- DO QUE SE TRATAVA A LITERATURA DE FORMAÇÃO?


7-NESTE TRECHO PERO VAZ FAZ UMA ESPÉCIE DE DESCRIÇÃO, EXPLIQUE AO QUE SE REFERIA?

 "Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos."

8- COM QUAL INTUITO OS PORTUGUESES QUERIAM CATEQUIZAR OS ÍNDIOS?

9- PESQUISE QUEM FOI MARQUÊS DE POMBAL, QUAL O PAPEL DELE DURANTE ESSA "EDUCAÇÃO" IMPOSTA



 BATER FOTO E ENVIAR POR EMAIL.
OBG
PROF. TALI




1°F PORT. LITERATURA DE INFORMAÇÃO , QUINHENTISMO

Quinhentismo 
Literatura de informação

Quinhentismo, no Brasil e em Portugal, designa uma importante fase da história da literatura desses países, apesar de ter se expressado de modo diferente em um e outro. No Brasil, designa o conjunto de textos e autores do período colonial, compreendendo os três primeiros séculos desde a conquista portuguesa. Dividido em duas vertentes, uma caracterizada pela ocorrência de textos de informação e outra pela ocorrência de textos de caráter catequizador, esse período inicial de germinação das letras no nascente território brasileiro é de fundamental importância para se conhecer a história do país e sua tradição literária.

Contexto histórico do Quinhentismo

Nos primeiros três séculos do Brasil, a vida social e, consequentemente, a esfera econômica e cultural desenvolveram-se em torno da relação entre a colônia e a metrópole. Essa relação deu-se de modo que a colônia fosse extremamente explorada pela metrópole, o que fez com que a preocupação imediata dos primeiros colonos, ou seja, habitantes do território, fosse ocupar a terra, explorar o pau-brasil, cultivar a cana-de-açúcar, extrair o ouro.



Desenho do centro histórico de Salvador, Bahia, durante o período colonial.
Desenho do centro histórico de Salvador, Bahia, durante o período colonial.
Essa postura exploratória foi determinante para que houvesse no território núcleos urbanos surgidos a partir dos ciclos de exploração dessas matérias-primas destinadas à metrópole europeia. (Fase em que nossa terra foi explorada, e saqueada pelos portugueses)

Assim, formaram-se, no Brasil, ilhas sociais, mais precisamente as seguintes: Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Características do Quinhentismo
As manifestações da literatura quinhentista podem ser divididas em dois grupos, os quais, apesar de traços comuns, têm características que os distinguem: a literatura de informação e a literatura de formação ou de catequese. Vejam suas respectivas características:

→ Literatura de informação





Desembarque de Cabral em Porto Seguro retratado por Oscar Pereira da Silva, 1904.
Desembarque de Cabral em Porto Seguro retratado por Oscar Pereira da Silva, 1904.
Os primeiros registros escritos do Brasil têm como característica a documentação do processo colonizador que marcou os primeiros anos de povoamento. São informações que viajantes e missionários europeus anotaram sobre o homem e a natureza das terras que conheciam naquele contexto. Esses registros descritivos não pertencem à categoria literária, já que não havia uma preocupação estética em organizá-las em prol de um deleite advindo de uma leitura de fruição, ou seja, voltada ao prazer, como os gerados por uma obra ficcional.
Assim, a embrionária produção intelectual do Brasil Colônia, materializada nos relatos dos viajantes e dos missionários católicos, tem valor não só histórico de registro de uma época, como também serviu de material temático inspirador à produção literária posterior, que teve como princípio a construção de uma literatura verdadeiramente do Brasil, estabelecendo-se como contraponto à produzida em Portugal.
  • Principais obras e autores de textos de informação
As principais produções do Brasil Colônia, escritas nos séculos XVI e XVII, categorizadas como informativas são:
  • a Carta, de Pero Vaz de Caminha a el-Rei Dom Manuel, referindo o descobrimento de uma nova terra e as primeiras impressões da natureza e do indígena (1500);
  • Diário de Navegação de Pero Lopes e Sousa, escrivão do primeiro grupo colonizador, o de Martim Afonso de Sousa (1530);
  • Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo (1576);
  • Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil, do jesuíta Fernão Cardim (1583);
  • Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587);
  • os Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);
  • as cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese (registradas posteriormente em antologias, como em As Cartas Jesuíticasde 1933);
  • as Duas viagens ao Brasil, de Hans Staden (1557);
  • Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry (1578);
  • História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador (1627).

Literatura de formação ou de catequese

Paralelamente às obras de informação escritas por leigos viajantes que desbravavam a colônia, foram produzidas, também, obras de cunho pedagógico e moral, a chamada literatura de formação ou de catequese, produzida pelos missionários jesuítas. Vindos de Portugal, esses religiosos, que tinham a missão de catequizar os índios, deixaram cartas, tratados, crônicas e poemas, os quais se tornaram registros não só de uma prática religiosa de difusão do catolicismo, mas também registros de textos com um certo refinamento estético.

A Primeira Missa no Brasil retratada por Victor Meirelles, 1861.

A Primeira Missa no Brasil retratada por Victor Meirelles, 1861.
  • Principais obras e autores de textos de formação ou de catequese

Os autores mais significativos dessa vertente são os padres Manuel da Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta.
  • Manuel da Nóbrega (1517-1570)

Nasceu em Alijó, Portugal, e morreu no Rio de Janeiro. Chegou à Bahia em 29 de março de 1549 e participou da primeira missa celebrada nessa localidade. Foi um dos fundadores das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro.
Nas cartas que escreveu a Portugal, encontra-se a descrição do início do povoamento das terras brasileiras. Além disso, como catequizador, seus escritos contribuíram para o estudo dos costumes da sociedade indígena tupinambá. Em sua primeira carta do Brasil, ao padre Simão Rodrigues, provincial em Portugal, expressa uma postura típica dos jesuítas a respeito da conversão do indígena e a tentativa de eliminar de sua cultura certos hábitos, como o canibalismo e a poligamia.

 A Narrativa epistolar de uma viagem e missão jesuítica, foi publicado em 1847, em Lisboa, por Francisco Adolfo de Varnhagen. Há, nessas obras, o predomínio de uma descrição entusiasmada da fauna e da flora do país, segundo ele:
“Este Brasil já é outro Portugal, e não falando no clima que é muito mais temperado e saio, sem calmas grandes, nem frios, e donde os homens vivem muito com poucas doenças”.4

  • José de Anchieta (1534-1597)

Nasceu nas Ilhas Canárias, Espanha, e faleceu na cidade de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no estado do Espírito Santo. No Brasil, participou da fundação da cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Notabilizou-se, no período colonial, como poeta e dramaturgo, mas também publicou crônicas históricas e uma gramática da língua tupi, a Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595). Na dramaturgia, publicou autos inspirados nos autos de Gil Vicente, como o auto Na festa de São Lourenço, encenado pela primeira vez em 1583. 
Apesar de o teor religioso, destinado à edificação do índio e do branco, permear sua obra poética, assim como permeou suas outras obras, nota-se em seus poemas um cuidado estético mais acentuado. Observe este fragmento do poema “Do Santíssimo Sacramento”:
Ó que pão, ó que comida,
ó que divino manjar
se nos dá no santo altar
                   cada dia!
[...]
Este dá vida imortal,
este mata toda fome,
porque nele Deus e homem
                  se contêm.
A presença dos símbolos religiosos, comuns nos textos de catequese do Quinhentismo, evidencia-se em todas as estrofes. O pão, elemento eucarístico, representa o corpo de Cristo e, como no texto bíblico, no poema, é alçado a símbolo capaz de suprir as imperfeições humanas.
Enquanto acontecia esse momento de transição no Brasil em Portugal acontecia o Quinhentismo ou Classicismo em Portugal, lembrando que precisamos levar em conta sempre o que acontece na Europa, devido as tendências literárias sempre virem de lá.
Quinhentismo ou Classicismo é como se nomeia o conjunto de obras literárias produzidas durante o Renascimento, movimento artístico, literário e científico inspirado na cultura greco-latina que vigorou na Europa no século XVI, marcado por profundas transformações sociais, econômicas, culturais e religiosas, o Classicismo promoveu a substituição da fé medieval pelo culto à racionalidade, o cristianismo pela mitologia greco-latina e, sobretudo, elevou o homem à centralidade de tudo (antropocentrismo).

GUIMARãES, Leandro. "Quinhentismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/quinhentismo-brasileiro.htm. Acesso em 31 de agosto de 2020.