quinta-feira, 25 de junho de 2020

2ºA (Clayton - Português)




Gerações Românticas no Brasil

          A produção literária dos autores brasileiros do Romantismo é subdividida em três gerações. São as chamadas gerações românticas no Brasil.
          A primeira geração é denominada nacionalista ou indianista. A segunda geração romântica foi batizada de "geração do mal-do-século" e a terceira de "geração condoreira".


          Também chamada de geração nacionalista ou indianista, foi marcada pela exaltação à natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação do herói nacional na figura do índio.
          Essa alusão ao indígena deu origem ao nome dessa fase da literatura brasileira.
          O sentimento e a religiosidade também são características marcantes da produção literária dos autores da primeira geração.
          Entre os principais poetas podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.


          É a geração do mal-do-século, que foi intensamente influenciada pela poesia de Lord Byron e Musset. Por esse motivo, é também chamada de "geração byroniana".
          As obras dessa fase da literatura são impregnadas de egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida, desilusão adolescente e tédio constante.
          São essas as características do ultra-romantismo, o verdadeiro mal-do-século.
          O tema preferido é a fuga da realidade, que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na exaltação da morte.
          Os principais poetas dessa geração foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.


          A Geração Condoreira foi caracterizada pela poesia social e libertária. Nela estão refletidas as lutas internas da segunda metade do reinado de Dom Pedro II.
          Essa geração sofreu intensamente a influência das ideias de Victor Hugo, de sua poesia político-social.
          Em consequência dessa ligação, essa fase da literatura também é chamada de "geração hugoana".
          O termo condoreirismo é consequência do símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos: o condor, águia que habita o alto da cordilheira dos Andes.
          Seu principal representante foi Castro Alves, seguido por Sousândrade.

Romantismo no Brasil

          O início do Romantismo no Brasil é classificado pela chegada da família real, em 1808. É um período de grande e intensa urbanização, que permite a divulgação de um campo livre de ideias para as novas tendências europeias.
          O romantismo no Brasil é influenciado pelas ideias liberais da Revolução Francesa e a Independência dos EUA.
          Ao mesmo tempo, o país caminhava rumo à própria independência. São os ideais que fazem crescer, após 1822, o nacionalismo, o retorno ao passado histórico, a valorização das coisas da terra e a exaltação da natureza.
          As obras consideradas como marco do Romantismo no Brasil são a Revista Niterói e o livro de poesias Suspiros Poéticos e Saudades, que foram publicadas em 1836 por Gonçalves Magalhães.
          Leia também: Prosa Romântica no Brasil.

Gerações do Romantismo na Europa

          O Romantismo na Europa é marcado pela publicação na Alemanha em 1774 do romance Werther, de Goethe. Essa obra lança as bases do sentimentalismo romântico, do escapismo pelo suicídio.
          Também influenciam diretamente as ideias da poesia ultra-romântica de Lord Byron e Ivanhoé, de Walter Scott, na Inglaterra.

Gerações Românticas em Portugal

          O Romantismo em Portugal é subdividido em duas gerações: a Primeira Geração e a Segunda Geração.
          A primeira geração romântica em Portugal é caracterizada por autores que ainda utilizavam o modelo do Neoclassicismo, como Almeida Garret e Alexandre Herculano.
          Já a segunda geração romântica em Portugal é representada por uma produção literária enquadrada no ultra-romantismo.
          Esse modelo pode ser visto nas obras de Camilo Castelo Branco e Soares de Passos.

Gerações Românticas na Poesia

          A poesia está entre as principais formas de manifestações literárias das gerações românticas no Brasil. Há representação de autores em todas as gerações.

Gonçalves Dias

          O autor Gonçalves Dias (1823-1864) é considerado o responsável pela consolidação do Romantismo no Brasil.
          Apresenta uma poesia nacionalista que idealiza a figura do índio, como em I-Juca-Pirama.

"Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi"

          Leia também Canção do Exílio.

Álvares de Azevedo

          A poesia de Álvares de Azevedo (1831-1853) é marcada pelas falas de amor, de morte, de donzelas ingênuas, da virgem sonhadora, filhas do céu, mulheres misteriosas em seus sonhos de adolescentes. São comuns as frustrações, o sofrimento, a dor e morte.

Lembrança de Morrer
Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece o vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste pensamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro (...)

Castro Alves

          Diferente dos poetas da primeira geração romântica, Castro Alves (1847-1871) amplia o universo antes intimista e trata, além do amor, da mulher, do sonho, a coletividade, o abolicionismo e as lutas de classe.

          É assim em O Navio Negreiro, poema declamado em 7 de setembro de 1868, na faculdade de Direito do Largo de São Francisco. O poema exalta o povo africano.

E existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! Meu deus! Mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio!... Musa! Chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...

Contribuição: Daniela Diana

2°B,D TECNOLOGIA PROF TALI

VOCÊ PODE
FAZER NO CADERNO
IMPRIMIR E COLAR
OU SALVAR O CONTEÚDO
# O IMPORTANTE É VOCÊ SABER E APRENDER

HASHTAG 
Hashtag é um composto de palavras-chave, ou de uma única palavra, que é precedido pelo símbolo cerquilha (#). Tags significam etiquetas e referem-se a palavras relevantes, que associadas ao símbolo # se tornam hashtags que são amplamente utilizadas nas redes sociais, em especial no Twitter, onde a adesão delas as tornaram tão populares.
Esse tipo de marcação, utilizada nas redes sociais e em outros meios, serve para associar uma informação a um tópico ou discussão. Geralmente essas hashtags tornam-se links indexáveis pelos mecanismos de busca. Isso permite que os demais usuários possam clicar nelas ou procurá-las e visualizarem todas as informações, imagens, vídeos etc relacionados a elas.
No Twitter, onde as hashtags são utilizadas com grande frequência pelos usuários, elas ficam agrupadas nos "Trending Topics" ou "Assuntos do Momento". Na timeline da rede social é possível verificar as hashtags mais utilizadas e, assim, os termos mais comentados no Twitter. Outras redes sociais na internet também utilizam as hashtags para organizarem seus conteúdos e facilitar a procura dos usuários. O Facebook, oInstagram, o Tumblr, o Pinterest e o Google+ estão nesta lista, o que comprova a importância dessa ferramenta para o universo digital.
Ao contrário do que muitos pensam, as hashtags não nasceram junto com o Twitter. Chris Messina, um dos criadores da hashtag, apresentou a ideia a um desenvolvedor do Google. Messina sugeriu então que ela representasse a divisão de "grupos" no Twitter.
Por meio das hashtags é possível que pessoas e empresas alcancem um público maior com as informações que divulgam nas redes sociais. Também, devido a utilização delas, é mais fácil conseguir mensurar e ter mais controle sobre o que está sendo publicado sobre um determinado tema. Por isso, as hashtags devem ser utilizadas como indexadores, com a finalidade de melhorar as buscas futuras dos usuários. 

Como e quando usar hashtag

Para utilizar uma hashtag é muito simples. Basta utilizar o sinal de cerquilha (#), ou jogo da velha, como é conhecido no Brasil.
E, logo após, inserir a palavra-chave que você achar que classificará melhor o seu post. Não se esqueça de que os espaços não são identificados, portanto escreva todas as palavras juntas.
Voltando ao nosso exemplo, para falar sobre Marketing de Conteúdo, por exemplo, basta adicionar a hashtag #contentmarketing ou  #marketingdeconteúdo e você garantirá que o seu comentário esteja incluído no universo de pesquisa do tema.
DICAS

1. Não coloque todo o conteúdo em uma hastag

Se você quer saber o que as pessoas estão achando sobre o filme, utilize a hashtag com o nome dele, e não #OQueAsPessoasEstãoAchandoSobreOFilme, pois isso restringirá muito a pesquisa, diminuindo o volume de conteúdo encontrado.

2. Não use uma hashtag pra cada palavra

Esta dica é oposta à anterior. Se você adicionar as hashtags #o #que #as #pessoas #estão#achando #sobre #o #filme, você adicionará o seu conteúdo em diversos grupos de pesquisa, não necessariamente no que você planejava inicialmente.

3. Use uma hashtag que esteja de acordo com o tema do post

Usar alguma hashtag só porque ela está sendo altamente pesquisada mas sem falar sobre o assunto da hashtag vai ser pouco eficaz para a disseminação do conteúdo.
4. Confira a ortografia
Um erro simples de ortografia (ou até mesmo de digitação) pode fazer com que a hashtag seja um fracasso, pois é muito pequena a chance de que várias pessoas cometam o mesmo erro no momento de criar a hashtag.
MATERIAL DE APOIO

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Narrativas digitais 

Narrativas digitais na escola. Uma experiência que pode ser fantástica

O que em inglês se denomina Digital Storytelling, no Brasil estamos chamando de narrativa digital. Em sua essência trata-se de fazer uso de tecnologias digitais para contar estórias ou histórias.
Contar e ouvir histórias sempre fez parte da história da humanidade. Provavelmente aquele que chamamos de homem “pré-histórico” assentava-se ao redor de fogueiras e contava histórias, também crescemos com nossos pais nos contando histórias. 
Contar histórias é uma característica universal de cada país e de cada cultura.
 Nosso cérebro reage de forma diferente às narrativas.
CerébroAs pesquisas em Neurobiologia revelam que, quando ouvimos alguém que usa uma apresentação gerada no PowerPoint, ativamos as áreas de Broca e de Wernicke do nosso cérebro.
Mas quando nos contam uma história, as coisas no nosso cérebro mudam drasticamente. Como revelam as pesquisas, não são apenas as áreas de processamento da linguagem em nosso cérebro que são ativadas quando ouvimos histórias. Outras áreas em nosso cérebro serão ativadas enquanto lidamos com os eventos da história. Por exemplo, se o contador de historias fala de uma comida gostosa, nosso córtex sensitivo como que acende. Se o contador de histórias fala as palavras “lavanda” ou “sabão” nossa área do cérebro que lida com odores será ativada.
O cérebro, pelo que parece, não faz muita distinção entre ouvir o relato de uma experiência e encontra-la na vida real. Nesses casos, as mesmas regiões neurológicas são estimuladas. Mas o essencial é que somos afetados por ambos.
Há muito tempo se reconhece que ler uma boa literatura nos faz melhores como seres humanos. A neurociência vem revelando que essa afirmação é mais verdadeira do que poderíamos imaginar. Ouvir histórias também faz bem, como ler.
storytellerA proposta da narrativa digital é combinar a antiga arte de contar histórias com recursos das chamadas tecnologias digitais de informação e comunicação. As narrativas são elaboradas na perspectiva de linguagens múltiplas, lançado mão de recursos de multimídia [texto, fotografia, vídeo, áudio, gráfico]. É possível ainda a narração, que deve ser gravada pelo contador de estórias. Prontas, as narrativas são publicadas na internet e tornam-se acessíveis a muitos.
Se na narrativa tradicional a forma de comunicação é praticamente apenas a fala do contador de histórias, as histórias digitais são contadas com recursos das linguagens múltiplas, criadas em computador e colocadas na internet.
As histórias digitais podem variar em tamanho. Porém, na sua maioria, as histórias utilizadas na educação geralmente duram algo entre 2 e 10 minutos. Com esse tempo consideramos o chamado ciclo de atenção, que, segundo alguns pesquisadores, nos adultos é de 15 a 20 minutos e nas crianças atuais parece ser menor, particularmente quando se trata de aprendizagem visual ou oral. Há que afirme que o ciclo de atenção [em inglês, attention span] das crianças hoje em dia seria da ordem de apenas 8 minutos. Há quem responsabilize, ou culpe, a televisão e a internet por essa significativa redução.
Na narrativa digital aplicada à educação, temos relatos de eventos históricos, histórias de vida – pessoal, da comunidade escolar ou do entorno dela. O essencial é que seja sempre algo que tenha significado para o aluno.


VÍDEO DE APOIO





RETROSPECTIVA 







REFERENCIAS 
 canaltech.com.br/produtos/O-que-e-hashtag/ 
//rockcontent.com/blog/o-que-e-hashtag/
marinhos.wordpress.com/2013/05/30/narrativas-digitais-na-escola-uma-experiencia-que-pode-ser-fantastica/
youtube.com;narrativadigital

6º Anos: A,B,C (Clayton - Português)



DENOTAÇÃO

          É o que chamamos de sentido literal da palavra, ou seja, seu significado real no mundo. Quando afirmo que crianças morrem de fome ao redor do mundo, não é mera força de expressão para afirmar que sentem muita fome. Elas, de fato, estão morrendo por problemas de inanição e outros ocasionados pela alimentação precária ou mesmo falta dela. 
Mais um exemplo:

Meu primo tem um papagaio. (sentido real, meu primo tem uma ave)

CONOTAÇÃO

          É o que chamamos de sentido figurado da palavra, o que significa que temos uma força de expressão, um modo de dizer. Este sentido está muito presente em figuras de linguagem como metáfora ou hipérbole, esta última sendo o caso da frase “estou morrendo de fome” para apontar estar sentindo muita fome. Eu posso afirmar que não tomei o café da manhã e agora estou morrendo de fome, por exemplo. 
Mais um exemplo:
 Meu primo é um papagaio. (sentido figurado, meu primo não para de falar)

          Após relembrarmos rapidamente os dois sentidos, vamos às questões. 

1. O termo (ou expressão) destacado que está empregado em seu sentido próprio, “denotativo”, ocorre em:

A (     )
“(….)
É de laço e de nó
De gibeira o jiló
Dessa vida, cumprida a sol (….)”

(Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos. setembro de 1992.)

B (     ) “Protegendo os inocentes
é que Deus, sábio demais,
põe cenários diferentes
nas impressões digitais.”

(Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)

C (     ) “O dicionário-padrão da língua e os dicionários unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários. Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de consumo obrigatório para as nações civilizadas e desenvolvidas.”

(Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da língua. Alfa (28), 2743, 1974 Supl.)

2.  Assinale a alternativa em que não foram utilizadas palavras no sentido figurado”:

A. (     ) O vento acariciava meus cabelos.

B. (     ) Minha vida é um livro aberto.

C. (     ) Estou com uma fome de leão.

D. (     ) A propaganda é a alma do negócio.

E. (     ) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta.

3. Assinale a alternativa que contenha as expressões utilizadas em seu sentido “conotativo”:
  1. (     ) “Você vai comer asfalto” e “estou morto”.
  2. (     ) “No quinto período, seu babaca” e “você vai comer asfalto”.
  3. (     ) “Ameaça terrorista” e “aula de educação física”.
  4. (     ) “Ameaça terrorista” e “estou morto”.
4. Assinale a alternativa em que não foram utilizadas palavras no sentido figurado:

A. (     ) O vento acariciava meus cabelos.
B. (     ) Minha vida é um livro aberto.
C. (     ) Estou com uma fome de leão.
D. (     ) A propaganda é a alma do negócio.
E. (     ) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta.

6º Anos: A,B,C (Clayton - Português)

Denotação e Conotação
          Denotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido literal, dicionarizado. A conotação é a forma de uso e manifestação da linguagem em seu sentido figurado. 
          A linguagem é o maior instrumento de interação entre sujeitos socialmente organizados. Isso porque ela possibilita a troca de ideias, a circulação de saberes e faz intermediação entre todas as formas de relação humanas. Quando queremos nos expressar verbalmente, seja de maneira oral (fala), seja na forma escrita, recorremos às palavras, expressões e enunciados de uma língua, os quais atuam em dois planos de sentido distintos: o denotativo, que é o sentido literal da palavra, expressão ou enunciado, e o conotativo, que é o sentido figurado da palavra, expressão ou enunciado.

          Vejamos mais detalhadamente cada um deles:

DENOTAÇÃO
          Quando a linguagem está no sentido denotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido literal, ou seja, o sentido que carrega o significado básico das palavras, expressões e enunciados de uma língua. Em outras palavras, o sentido denotativo é o sentido real, dicionarizado das palavras.
          De maneira geral, o sentido denotativo é utilizado na produção de textos que tenham função referencial, cujo objetivo é transmitir informações, argumentar, orientar a respeito de diversos assuntos, como é o caso da reportagem, editorial, artigo de opinião, resenha, artigo científico, ata, memorando, receita, manual de instrução, bula de remédios, entre outros. Nesses gêneros discursivos textuais, as palavras são utilizadas para fazer referência a conceitos, fatos, ações em seu sentido literal.

Exemplos:

·         A professora pediu aos alunos que pegassem o caderno de Geografia.
·         A polícia capturou os três detentos que haviam fugido da penitenciária de Santa Cruz do Céu.
·         O hibisco é uma planta que pode ser utilizada tanto para ornamentação de jardins quanto para a fabricação de chás terapêuticos a partir das suas flores.
·         Amor: forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais.
CONOTAÇÃO
          Quando a linguagem está no sentido conotativo, significa que ela está sendo utilizada em seu sentido figurado, ou seja, aquele cujas palavras, expressões ou enunciados ganham um novo significado em situações e contextos particulares de uso.    O sentido conotativo modifica o sentido denotativo (literal) das palavras e expressões, ressignificando-as.
          De maneira geral, é possível encontrarmos o uso da linguagem conotativa nos gêneros discursivos textuais primários, ou seja, nos diálogos informais do cotidiano. Entretanto, são nos textos secundários, ou seja, aqueles mais elaborados, como os literários e publicitários, que a linguagem conotativa aparece com maior expressividade. A utilização da linguagem conotativa nos gêneros discursivos literários e publicitários ocorre para que se possa atribuir mais expressividade às palavras, enunciados e expressões, causando diferentes efeitos de sentido nos leitores/ouvintes.

Exemplo:

          Leia um trecho do poema Amor é fogo que arde sem se ver, de Luiz Vaz de Camões, e observe a maneira como o poeta define a palavra/sentimento 'amor' utilizando linguagem conotativa:

Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;

É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luís Vaz de Camões, séc. XVI)

Por Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo