Sociologia: 3° Bimestre
Orientações:
1.
Efetuar a leitura do texto e conceituar as definições de Trabalho;
2.
Executar as atividades conforme orientação do professor;
4.
Data de entrega: 21/08/2020
As relações de trabalho e a sociedade
O trabalho é a atividade por meio da
qual o ser humano produz sua própria existência. Essa afirmação condiz com a definição
dada por Karl Marx quanto ao que seria o trabalho. A ideia não é que o ser
humano exista em função do trabalho, mas é por meio dele que produz os meios
para manter-se vivo. Dito isso, o impacto do trabalho e do seu contexto exercem
grande influência na construção do sujeito. Assim, existem áreas do
conhecimento dedicadas apenas a estudar as diferentes formas em que se
constituem as relações de trabalho e seus desdobramentos na vida de cada um de
nós.
Não seria difícil, então, de se imaginar que,
quando as relações de trabalho alteram-se no fluxo de nossa história, as nossas
estruturas sociais também são alteradas, principalmente a forma como se
estruturavam nossas relações, posições na hierarquia social, formas de
segregação e, em grande parte, aspectos culturais erguidos em torno das
relações de trabalho.
O trabalho no
decorrer da história
Tomemos como exemplo o rápido processo de
mudança que atingiu os países europeus no início do século XVIII, o qual hoje
chamamos de Primeira
Revolução Industrial. As
relações de trabalho, anteriormente, eram fortemente agrárias, constituídas
dentro do âmbito familiar. O ofício dos pais era geralmente passado aos filhos,
o que garantia a construção de uma forte identidade ligada ao labor a que o
sujeito se dedicava. O indivíduo estava ligado à terra, de onde tirava seu
sustento e o de sua família. A economia baseava-se na troca de serviços ou de produtos
concretos, e não no valor fictício agregado a uma moeda. Da mesma forma, o
trabalho também estava agregado à obtenção direta de bens de consumo, e não a
um valor variável de um salário pago com uma moeda de valor igualmente
variável. A estrutura social era rígida, com pouca ou nenhuma mobilidade para
os sujeitos, ou seja, um camponês nascia e morria camponês da mesma forma que
um nobre nascia e morria nobre.
As mudanças trazidas pelo surgimento da
indústria alteraram profundamente o sentido estabelecido para o trabalho e para
a relação do sujeito com ele. A impessoalidade nas linhas de montagem que a adoção
do Fordismo trouxe, em que milhares de pessoas
amontoavam-se diante de uma atividade repetitiva em uma linha de montagem, sem
muitas vezes nem ver o resultado final de seu esforço, passou a ser a principal
característica do trabalho industrial.
O trabalho
presente e futuro
As transformações de nossas relações de
trabalho não pararam na Revolução Industrial, pois ainda hoje o caráter de
nossas atividades modifica-se. Contudo, as forças que motivam essas mudanças
são outras. A globalização é um dos fenômenos mais significativos
da história humana e, da mesma forma que modificou nossas relações sociais mais
íntimas, modificou também nossas relações de trabalho. A possibilidade de
estarmos interconectados a todo momento encurtou
distâncias e
alongou nosso período de trabalho. O trabalho formal remunerado, que antes
estava recluso entre as paredes das fábricas e escritórios, hoje nos persegue
até em casa e demanda parte de nosso tempo livre, haja vista a crescente
competitividade inerente ao mercado de trabalho.
A grande flexibilidade e a exigência por uma
mão de obra cada vez mais especializada fazem com que o trabalhador dedique
cada vez mais tempo de sua vida para o aperfeiçoamento profissional. Essa é uma
das origens das grandes desigualdades sociais da sociedade contemporânea, uma
vez que apenas aqueles que dispõem de tempo e dinheiro para dedicar-se ao
processo de formação profissional, caro e exigente, conseguem subir na
hierarquia social e econômica.
A introdução da automação na produção de bens
de consumo tornou, em grande parte, a mão de obra humana obsoleta, aumentando o
tamanho do exército de trabalhadores e diminuindo o valor da força de trabalho
nos países que dispõem de grande população, mas com baixa especialização. Como
resultado, a situação do trabalho só piora, pois se preocupar com o bem-estar
do empregado é algo caro e, na concepção que prioriza o lucro monetário, não é
um investimento que garanta renda imediata.
Fonte: RODRIGUES, Lucas de Oliveira. "As relações
de trabalho e a sociedade"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-trabalho-futuro.htm.
Acesso em 14 de agosto de 2020.
ATIVIDADE
1) O QUE
É TRABALHO?
2) COMO
SE COMPUNHA AS RELAÇÕES DE TRABALHO ANTES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?
3) QUAIS
AS MUDANÇAS NO TRABALHO APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL?
4) PORQUE
A GLOBALIZAÇÃO É UM DOS FENÔMENOS MAIS SIGNIFICATIVOS DA HISTÓRIA HUMANA?
5) PODEMOS
DIZER QUE O TRABALHO NO MODELO CAPITALISTA DE PRODUÇÃO É A “EXPLORAÇÃO DO
HOMEM, PELO HOMEM”. JUSTIFIQUE?