ENVIE AS RESPOSTAS PARA O EMAIL: elizabethaugusto@prof.educacao.sp.gov.br
Responda às questões:
Questão 1
A tecnologia está, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja para consultar informações, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares não saem das mãos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. O problema, dizem os especialistas, é o usuário conseguir diferenciar a dependência do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares são ferramentas profissionais e de estudo.
MATSUURA, S. O. O Globo, 10 jun. 2013 (adaptado).
O desenvolvimento da sociedade está relacionado ao avanço das tecnologias, que estabelecem novos padrões de comportamento. De acordo com o texto, o alerta dos especialistas deve-se à:
A) insegurança do usuário, em razão do grande número de pessoas conectadas às redes sociais.
B) falta de credibilidade das informações transmitidas pelos meios de comunicação de massa.
C) comprovação por pesquisas de que os danos ao cérebro são muito maiores do que se pode imaginar.
D) subordinação das pessoas aos recursos oferecidos pelas novas tecnologias, a ponto de prejudicar suas vidas.
E) possibilidade de as pessoas se isolarem socialmente, em razão do uso das novas tecnologias de comunicação.
Questão 2
Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão.
Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é:
A) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91).
B) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101).
C) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93).
D) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62).
E) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95).
Questão 3
Iscute o que tô dizendo,
Seu dotô, seu coroné:
De fome tão padecendo
Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefa pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dêxe deserdado
Daquilo que Deus me deu
PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2008 (fragmento).
A partir da análise da linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu lírico revela-se como falante de uma variedade linguística específica. Esse falante, em seu grupo social, é identificado como um falante:
A) escolarizado proveniente de uma metrópole.
B) sertanejo e morador de uma área rural.
C) idoso que habita uma comunidade urbana.
D) escolarizado que habita uma comunidade no interior do país.
E) estrangeiro que habita uma comunidade do sul do país.
Questão 4
Entrei numa lida muito dificultosa. Martírio sem fim o de não entender nadinha do que vinha nos livros e do que o mestre Frederico falava. Estranheza colosso me cegava e me punha tonto. Acho bem que foi desse tempo o mal que me acompanha até hoje de ser recanteado e meio mocorongo. Com os meus, em casa, conversava por trinta, tinha ladineza e entendimento. Na rua e na escola – nada; era completamente afrásico. As pessoas eram bichos do outro mundo que temperavam um palavreado grego de tudo.
Já sabia ajuntar as sílabas e ler por cima toda coisa, mas descrencei a pedir a influência de ir à escola, porque diante dos escritos que o mestre me passava e das lições marcadas nos livros, fiquei sendo uma quarta-feira de marca maior. Alívio bom era quando chegava em casa.
BERNARDES, C. Rememórias dois. Goiânia: Leal, 1969
O narrador relata suas experiências na primeira escola que frequentou e utiliza construções linguísticas próprias de determinada região, constatadas pelo:
A) registro de palavras como “estranheza” e “cegava”.
B) emprego de regência não padrão em “chegar em casa”.
C) uso de dupla negação em ‘não entender nadinha”.
D) emprego de palavras como “descrencei” e “ladineza”. E uso do substantivo “bichos” para retomar “pessoas”.