sexta-feira, 29 de maio de 2020

Prof. Sandro R. Espinoli                       ELETIVA - OFINA  DE ESCRITA
Eletiva: Oficina de escrita

Olá turma!

                                                      O texto dissertativo-argumentativo 

      Nesta aula, introduz-se o aluno no mundo do texto dissertativo-argumentativo, cobrado pelo Enem desde a sua primeira prova de Redação. Por isso, é importante que vocês compreendam os elementos básicos de produção desse modelo textual. Essa orientações fazem parte da competência 2 da prova: "compreender a proposta de redação."

Elementos essenciais do texto dissertativo-argumentativo

Estrutura
     Basicamente, o texto dissertativo é composto de três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada uma cumpre funções bem especificas e, somadas, elas representam o todo da redação. Normalmente, há de quatro a seis parágrafos, divididos de forma lógica na introdução, apresenta-se o tema, contextualizando-o para o leito; no desenvolvimento, as ideias são apresentadas e defendidas; na conclusão, reafirma-se o ponto de vista e dá-se o encerramento do texto.

Linguagem
     Em geral, na dissertação, trabalha-se no nível impessoal da linguagem. Isso significa evitar marcas de pessoalidade, sendo o mais distanciado possível nesse sentido.
     Pode-se entender isso, primeiro, de maneira lógica. Se o texto é de autoria de alguém, não há necessidade de reafirmar esse fato linguisticamente. Quem lê já espera que ali estejam contidos as ideias, o ponto de vista, a opinião do autor. Marcar a pessoalidade é, então, quase uma questão de obviedade e redundância. Além disso, há outras questões: o uso de uma linguagem menos pessoal dá um peso maior, um teor de verdade à informação. Portanto, também é uma questão de força argumentativa. Com esse distanciamento, aquilo que poderia soar como uma simples opinião dá a sensação de fato, de veracidade.
     Note a diferença nos exemplos abaixo:

1) Deve-se tentar, a priori, acabar com a fome, nossa maior mazela social.
2) Devemos tentar, a priori, acabar com a fome, nossa maior mazela social.

     No caso 1, a impressão que se tem é de quem deve tentar resolver o problema da fome são outras pessoas, fora do discurso, e não quem escreve ou quem lê. Já no caso 2, a ordem parece clara: todos - o leitor o autor e quem mais puder - precisam fazer algo para acabar com a fome.
     Desse modo, a opção mudará de acordo com cada texto. Cabe avaliar qual será mais adequada, de acordo com o que está sendo dito e o que se pretende atingir.

Observação: no Enem, os alunos e as alunas devem optar pelo primeiro exemplo - frases sem marca de pessoalidade.

Norma padrão
  Como não poderia deixar de ser, posto que se trata de um texto escrito em língua portuguesa, há uma preocupação grande das comissões avaliadoras dos vestibulares com a maneira como cada redação é escrita. Portanto, torna-se obrigatório o uso da norma-padrão. Isso implica bom conhecimento de gramática por parte do autor da redação, desde regras de acentuação e pontuação até regência verbal e concordância.
    Ao mesmo tempo, também é essencial a inserção do chamado registro formal. O registro compreende a escolha adequada de termos em relação ao contexto do discurso. O que significa dizer, entre outras coisas, que temos orais e coloquiais devem ser evitados na redação.

Bem, na próxima postagem, vou dar continuidade ao mesmo assunto. 

Dúvidas só encaminhar um e-mail para espinoli2020@bol.com.br

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