terça-feira, 29 de setembro de 2020

Prof. Sandro R. Espinoli

Matéria: Língua Portuguesa                                    Série: 8°B - 8°C

e-mail: esinoli2020@bol.com.br


Alunos e alunas,

Leiam o texto para responder às questões de interpretação.  Essa aula tem como finalidade a interpretação textual, valendo nota para o 3° bimestre.



                                                          Altamente confidencial


Quem observa o trabalho de um hacker hoje pode ter a impressão de que a arte de inventar e quebrar códigos secretos é algo extremamente moderno… Ledo engano! O jogo das mensagens cifradas já desafiava a imaginação pelo menos desde a Idade Média.

    Nessa época, a troca de mensagens era assunto delicado, como mostra o bispo Gregório de Tours, que no século VI escreveu uma história do reino dos francos. Segundo ele, em pleno alvorecer da Idade Média, dois mensageiros de um certo Godovaldo, que reivindicava o trono, foram presos e torturados por homens do rei Gontrão ao tentarem transmitir uma mensagem secreta.

    O caso mostra que nesse período a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação. Uma carta podia parar com facilidade em mãos inimigas e, por isso, os emissários não apenas levavam consigo documentos oficiais manuscritos, mas também decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários. Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada o trabalho dos historiadores, e por isso é preciso ter cuidado quando se fala das técnicas de codificação utilizadas na Europa medieval.

    No século XVI, o abade alemão Johannes Trithemius, autor de uma das primeiras grandes obras de criptografia do Ocidente, afirmou que reis francos como Faramundo e Carlos Magno já utilizavam alfabetos secretos em suas correspondências. Por mais fascinantes que sejam esses códigos, porém, eles parecem ter saído da imaginação do próprio Trithemius. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, e é pouco provável que tenha inventado novos alfabetos.


                                                EXERCÍCIOS


Questão 1 – Registra-se uma opinião sobre um fato em:

a) “Ledo engano!”

b) “[…] a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação.”

c) “[…] Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada […]”

d) “Carlos Magno mal sabia ler e escrever, e é pouco provável que tenha inventado […]”

 

Questão 2 – “Nessa época, a troca de mensagens era assunto delicado […]”. A que época o texto se refere?

 

 

Questão 3 – Na Idade Média, “a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação.”. Assinale a alternativa que justifica esse fato:

a) “Uma carta podia parar com facilidade em mãos inimigas […]”

b) “[…] os emissários não apenas levavam consigo documentos oficiais manuscritos […]”

c) “[…] decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários.”

d) “Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada […]”

Questão 4 – Em “Segundo ele, em pleno alvorecer da Idade Média […]”, o pronome “ele” substitui, considerando-se o contexto:

a) o bispo Gregório de Tours.

b) um certo Godovaldo.

c) o rei Gontrão.

d) o abade alemão Johannes Trithemius.

 

Questão 5 – No segmento “O jogo das mensagens cifradas já desafiava a imaginação pelo menos desde a Idade Média.”, o verbo sublinhado aponta para um fato:

a) totalmente concluído.

b) que poderá acontecer.

c) em realização no passado.

d) que está acontecendo.

Questão 6 – A palavra “hacker” aparece em itálico no texto porque:

a) não foi empregada no sentido literal.

b) é de origem estrangeira.

c) é pouco conhecida.

d) foi escrita incorretamente.

 

Questão 7 – No trecho “[…] mas também decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários.”, a expressão em destaque indica a ideia de:

a) oposição

b) adição

c) causa

d) comparação

 

Questão 8 – “Por mais fascinantes que sejam esses códigos, porém, eles parecem ter saído da imaginação do próprio Trithemius.”. Indique palavras que poderiam substituir “porém”:


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