segunda-feira, 22 de junho de 2020

Prof. Sandro R. Espinoli
Matéria: Língua Portuguesa                            Série: 8°B - 8°C               





  
Foco narrativo: é a forma que a história vai ser narrada.



Foco narrativo em 1° pessoa: o narrador é um dos personagens da história.

Foco narrativo em 3° pessoa: o narrador não participa diretamente dos acontecimentos narrados.



   Quando decidimos que o narrador participará da história, temos um foco narrativo em 1° pessoa. Nesse tipo de texto, o narrador será também um personagem, que pode ser protagonista (personagem principal) ou coadjuvante (personagem secundário)


   Entretanto, quando queremos que o nosso narrador não participe da história, adotamos o foco narrativo em terceira pessoa. Dessa forma, o narrador não está presente nos acontecimentos narrados e, por isso, assume uma postura objetiva diante dos eventos ocorridos.


   No foco narrativo em 3° pessoa, o narrador pode ser um mero espectador da história e apresentar os acontecimentos como se fosse uma câmera “filmando” os fatos conforme eles vão ocorrendo. Por isso, ele é chamado de narrador observador.


   Porém, há um tipo de narrador que conhece toda a história. Seu conhecimento vai além daquilo que se observa nas cenas da narrativa. Ele sabe tudo sobre o cenário, os fatos e os personagens, incluindo os pensamentos destes. Esse é o narrador onisciente.



                                                                      Exercício



1)     Leia os dois textos e identifique o foco narrativo de cada um. E justifique sua resposta.



Texto 1

          Continho

   Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada do meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo.

 - Você aí, menino, para onde vai está estrada?

 - Ela não vai não: nós é que vamos nela.

 - Engraçadinho duma figa! Como se chama?

 - Eu não me chamo não, os outros que me chama.

(Campos, Paulo Mendes)



Texto 2



(...)



  E eu? Eu fiquei, imóvel no meu lugar de uma fila que não mais existia. A final, eu tinha conseguido o segundo lugar, não tinha? Pois aquilo tinha de significar que eu merecia pelo menos o segundo prêmio do concurso, não tinha?

  Não tinha. A professora, vendo que nada mais havia a fazer, parou de berrar e pôs as mãos na cintura, num suspiro de desalento. De repente, deu pela presença daquele menininho ali, disciplinadamente imóvel, e falou:

 - Vá, menino! Va procurar os ovinhos.

 Saí correndo, já com a boca salivando na expectativa do chocolate.

(...).



Resposta:


e-mail: espinoli2020@bol.com.br




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