Matéria: Língua Portuguesa Série: 8°B - 8°C
Foco
narrativo: é a
forma que a história vai ser narrada.
Foco narrativo em 1° pessoa: o narrador é um dos personagens da
história.
Foco narrativo em 3° pessoa: o narrador não participa diretamente
dos acontecimentos narrados.
Quando decidimos que o narrador participará da história, temos um foco
narrativo em 1° pessoa. Nesse tipo de texto, o narrador será também um
personagem, que pode ser protagonista (personagem principal) ou coadjuvante
(personagem secundário)
Entretanto, quando queremos que o nosso narrador não participe da
história, adotamos o foco narrativo em terceira pessoa. Dessa forma, o narrador
não está presente nos acontecimentos narrados e, por isso, assume uma postura objetiva
diante dos eventos ocorridos.
No foco narrativo em 3° pessoa, o
narrador pode ser um mero espectador da história e apresentar os acontecimentos
como se fosse uma câmera “filmando” os fatos conforme eles vão ocorrendo. Por
isso, ele é chamado de narrador observador.
Porém, há um tipo de narrador que
conhece toda a história. Seu conhecimento vai além daquilo que se observa nas
cenas da narrativa. Ele sabe tudo sobre o cenário, os fatos e os personagens,
incluindo os pensamentos destes. Esse é o narrador onisciente.
Exercício
1) Leia os dois textos e identifique o
foco narrativo de cada um. E justifique sua resposta.
Texto 1
Continho
Era
uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na
soalheira danada do meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho,
imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo.
- Você aí, menino, para onde vai está estrada?
- Ela não vai não: nós é que vamos nela.
- Engraçadinho duma figa! Como se chama?
- Eu não me chamo não, os outros que me chama.
(Campos, Paulo Mendes)
Texto 2
(...)
E eu? Eu fiquei, imóvel no meu lugar de uma fila que não mais existia. A
final, eu tinha conseguido o segundo lugar, não tinha? Pois aquilo tinha de
significar que eu merecia pelo menos o segundo prêmio do concurso, não tinha?
Não tinha. A professora, vendo que nada mais havia a fazer, parou de
berrar e pôs as mãos na cintura, num suspiro de desalento. De repente, deu pela
presença daquele menininho ali, disciplinadamente imóvel, e falou:
- Vá, menino! Va procurar os ovinhos.
Saí correndo, já com a boca salivando na
expectativa do chocolate.
(...).
Resposta:
e-mail: espinoli2020@bol.com.br
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